30 de setembro de 2010

MORREU DOM ARMINDO LOPES COELHO

Comunicado do Bispo do Porto sobre o falecimento de D. Armindo Lopes Coelho
Na Casa da Mão Poderosa e junto dos restos mortais do Senhor D. Armindo Lopes Coelho, Bispo Emérito do Porto, há pouco falecido, cumpro o dever de comunicar o doloroso facto à Diocese do Porto, bem como à de Viana do Castelo e a todas em geral.

O Senhor D. Armindo foi um fiel e generoso pastor da Igreja, com abnegada dedicação à causa do Evangelho em todos os importantes cargos que lhe foram confiados. A todos nos deixa um grande exemplo de serviço eclesial, que nos cabe agradecer e continuar.

Pedindo a Deus a feliz recompensa dos seus muitos méritos, informo que os seus restos mortais estarão na Sé do Porto a partir desta tarde, sendo celebrada Missa Exequial amanhã, Quinta-feira, às 16 horas.

+ Manuel Clemente, Bispo do Porto

29 de setembro de 2010

OFÍCIO DE LEITURA-QUINTA FEIRA-PRIMEIRA LEITURA

DA EPÍSTOLA AOS FILIPENSES(3,1-16)

O exemplo de São Paulo

Irmãos , alegrai-vos no Senhor! A mim não me custa e a vós é proveitoso que vos escreva as mesmas coisas:"Cuidado com os cães, cuidado com os maus operários, cuidado com os falsos circuncidados"
Porque nós é que somos os verdadeiros circuncidados, nós que pelo Espírito de Deus, Lhe prestamos culto e nos gloriamos em Jesus Cristo, sem confiarmos na carne,
É verdade que eu também poderia confiar na carne. Se alguém julga poder fazê-lo, quanto mais eu que fui circuncidado após oito dias, sou da raça de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu, filho de hebreus; quanto à Lei, fui fariseu; quanto ao zelo, persegui a Igreja; quanto à Justiça, segundo a Lei,vivi irrepreensívelmente. Mas tudo isto, que era para mim lucro, considerei-o como perda por amor de Cristo!
Mais ainda: considero todas as coisas como preluízo comparando-as com o bem supremo que é conhecer Jesus Cristo, meu Senhor. Por Ele renunciei a todas as coisas, considerei-as como lixo, para ganhar a Cristo e n'Ele me encontrar, não com a minha justiça,que vem da Lei, mas com a que se recebe pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus e se funda na Fé. Assim poderei conhecer Cristo, a força da Sua Ressurreição e a participação nos seus sofrimentos, configurando-me à Sua morte, para ver se posso chegar à ressurreição dos mortos.
Não que eu tenha já chegado à meta, ou já tenha atingido a perfeição. Mas continuoa correr, para ver se a alcanço, uma vez que também fui alcançado por Cristo Jesus. Não penso, irmãos, que já o tenha conseguido. Só penso numa coisa: esquecendo o que fica para trás, lançar-me para a frente, continuar a correr para a meta , em vista do prémio que Deus, lá do alto, me chama em Cristo Jesus.
Todos nós, portanto, que somos perfeitos, assim devemos sentir; se em algum ponto sentis de outro modo, Deus vô-lo há-de esclarecer. Entretanto, qualquer que seja o ponto já atingido, sigamos na mesma linha.

RESPONSÓRIO(Filip 3, 9-10; Rom 6,8)
R- Renunciei a tofas as coisas para ganhar a Cristo. Assim conheceremos o poder da Sua Ressurreição e a participação nos Seus sofrimentos.
V-Se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos. Assim conheceremos o poder da Sua Ressurreição e a participação nos Seus sofrimentos!

ONDE ESTÁ A CARIDADE?

Por altura da guerra do Vietnam, estabelece-se o seguinte diálogo entre um soldado e seus pais por telefone:
SOLDADO: Pais, estou a telefonar-lhes porque vou regressar a casa, visto ter terminado a minha missão de soldado. Por estes dias vou poder abraçá-los!
PAIS:- Que alegria. Graças a Deus que vais voltar são e salvo!
SOLDADO:- Mas eu gostava que me desséis a alegria de poder levar um colega a passar uns tempos connosco! Pode ser?
PAIS:- Claro que sim! Será bem recebido.
SOLDADO:- Fico contente com a vossa boa hospitalidade. Este meu colega sofreu um acidente em combate e ficou sem um braço e uma perna!Não tem família a não ser os pais , que não sei como ficarão quando o virem...
Pais:- Ó filho, nestas condições é difícil tê-lo em nossa casa , visto ser uma pessoa que exige muitos cuidados. Há casas especializadas para ele. O teu amigo poderá ir para lá.
SOLDADO:- Vou pensar e resolver o assunto.
.

PASSARAM-SE MESES E O FILHO NÃO DEU SINAIS DE VIDA.

CERTO DIA, DA EMBAIXADA, OS PAIS RECEBEM UM TELEGRAMA:
-OS CUMPRIMENTOS RESPEITOSOS. TEMOS O DOLOROSO DEVER DE COMUNICAR QUE O VOSSO FILHO MORREU NO VIETNAM.
OS PAIS FORAM AO LOCAL E RECONHECERAM O FILHO.
ELE ESTAVA SEM UMA PERNA E SEM UM BRAÇO.

24 de setembro de 2010

PALAVRA DO SENHOR PARA O DIA DE HOJE COM OS ARAUTOS DO EVANGELHO

Evangelho segundo São Lucas 9,18-22
Aconteceu que, 18Jesus estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então Jesus perguntou-lhes: 'Quem diz o povo que eu sou?'
Sexta-feira, 24 de Setembro de 2010.
SANTO DO DIA: Santos Andóxio, Tirso e Félix; Mártires; Beato José Raimundo Ferragud Girbés, mártir
Primeira Leitura: Eclesiaste 3,1-11
Leitura do Livro do Eclesiastes:
1Tudo tem seu tempo. Há um momento oportuno para tudo que acontece debaixo do céu. 2Tempo de nascer e tempo de morrer; Tempo de plantar e tempo de colher a planta. 3Tempo de matar e tempo de salvar; tempo de destruir e tempo de construir. 4Tempo de chorar e tempo de rir; tempo de lamentar e tempo de dançar. 5Tempo de atirar pedras e tempo de as amontoar; tempo de abraçar e tempo de se separar. 6Tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de esbanjar. 7Tempo de rasgar e tempo de costurar; tempo de calar e tempo de falar. 8Tempo de amar e tempo de odiar; tempo de guerra e tempo de paz. 9Que proveito tira o trabalhador de seu esforço? 10Observei a tarefa que Deus impôs aos homens, para que nela se ocupassem. 11As coisas que ele fez são todas boas no tempo oportuno. Além disso, ele dispôs que fossem permanentes; no entanto o homem jamais chega a conhecer o princípio e o fim da ação que Deus realiza.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus

Salmo 143
Bendito seja o Senhor, meu rochedo. Ele é meu amor, meu refúgio, libertador, fortaleza e abrigo;
2cÉ meu escudo: é nele que espero,
R: Bendito seja o Senhor, meu rochedo!
Que é o homem, Senhor, para vós? Por que dele cuidais tanto assim, e no filho do homem pensais?
4Como o sopro de vento é o homem, os seus dias são sombra que passa.
R: Bendito seja o Senhor, meu rochedo!


Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 9,18-22
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Aconteceu que, 18Jesus estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então Jesus perguntou-lhes: 'Quem diz o povo que eu sou?' 19Eles responderam: 'Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou.' 20Mas Jesus perguntou: 'E vós, quem dizeis que eu sou?' Pedro respondeu: 'O Cristo de Deus.' 21Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém. 22E acrescentou: 'O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia.'

- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor


Comentário ao Evangelho do dia feito por Teodoreto de Cyr (393-460), Bispo
Tratado sobre a Encarnação, 26-27; PG 75, 1465 (a partir da trad. breviário)
«O Filho do Homem tem de sofrer muito, ser rejeitado [...], ser morto e, ao terceiro dia, ressuscitar.»
Jesus aceitou, exclusivamente por Sua vontade, os sofrimentos anunciados pela Escritura. Tinha-os predito muitas vezes aos discípulos e tinha mesmo repreendido Pedro severamente por ter acolhido este anúncio com desagrado (Mt 16, 23); por fim, tinha-lhes mostrado que seriam para salvação do mundo. Foi por isso que Se designou a Si mesmo aos que vinham buscá-Lo: «Sou Eu» (Jo 18, 5.8). [...] Esbofetearam-No, cuspiram-Lhe em cima, foi ultrajado, torturado, flagelado, e por fim crucificado. Aceitou que dois ladrões, um à direita e outro à esquerda, fossem associados ao Seu suplício; colocado ao nível de assassinos e criminosos, recolhe o vinagre e o fel, frutos de uma vinha perversa; troçam Dele, atingindo-O com uma cana, perfuram-Lhe o lado com uma lança, e por fim depositam-No no túmulo.
E sofreu tudo isto para nos dar a salvação. [...] Por meio dos espinhos, pôs fim aos castigos infligidos a Adão, que devido ao seu pecado tinha escutado a seguinte sentença: «Maldita seja a terra por tua causa! Há-de produzir para ti espinhos e cardos» (Gn 3, 17-18). Com o fel, tomou para Si o que há de amargo e penoso na vida mortal e dolorosa dos homens; com o vinagre, aceitou a degenerescência da natureza humana e concedeu-lhe a restauração num estado melhor. Por meio da púrpura, simbolizou a Sua realeza; pela cana, sugeriu quão fraco e frágil é o poder do demónio. Pela bofetada, proclamou a nossa libertação [como se fazia aos escravos]; suportou as violências, as correcções e as chicotadas que nos eram devidas.
Foi atingido no lado, fazendo lembrar Adão. Porém, ao invés da fazer sair dele a mulher que, por meio do pecado, deu à luz a morte, fez jorrar uma fonte de vida (Gn 2, 21; Jo 19, 34), que vivifica o mundo através de uma dupla corrente: a primeira renova-nos e reveste-nos da veste da imortalidade no baptistério; a segunda, após este nascimento, alimenta-nos à mesa de Deus, como se dá de mamar aos recém-nascidos

23 de setembro de 2010

PALAVRA DO SENHOR PARA O DIA DE HOJE COM OS ARAUTOS DO EVANGELHO

Evangelho segundo São Lucas 9,7-9
Naquele tempo: 7O tetrarca Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo, e ficou perplexo, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos
Quinta-feira, 23 de Setembro de 2010.
SANTO DO DIA: São Pio de Pietrelcina, Sacerdote; Beata Bernadina Jablonska, virgem
Primeira Leitura: Eclesiastes 1,2-11
Leitura do Livro do Eclesiastes:
2'Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades! Tudo é vaidade.' 3Que proveito tira o homem de todo o trabalho com o qual se afadiga debaixo do sol? 4Uma geração passa, outra lhe sucede, enquanto a terra permanece sempre a mesma. 5O sol se levanta, o sol se deita, apressando-se para voltar ao seu lugar, donde novamente torna a levantar-se. 6Dirigindo-se para o sul e voltando para o norte, ora para cá, ora para lá, vai soprando o vento, para retomar novamente o seu curso. 7Todos os rios correm para o mar, e contudo o mar não transborda; voltam ao lugar de onde saíram para tornarem a correr. 8Tudo é penoso, difícil para o homem explicar. A vista não se cansa de ver, nem o ouvido se farta de ouvir. 9O que foi, será; o que aconteceu, acontecerá: 10não há nada de novo debaixo do sol. Uma coisa da qual se diz: 'Eis aqui algo de novo', também esta já existiu nos séculos que nos precederam. 11Não há memória do que aconteceu no passado, nem também haverá lembrança do que acontecer, entre aqueles que viverão depois.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus

Salmo 89
Vós fazeis voltar ao pó todo mortal, quando dizeis: 'Voltai ao pó, filhos de Adão!' Pois mil anos para vós são como ontem, qual vigília de uma noite que passou.
R: Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós.
Eles passam como o sono da manhã, são iguais à erva verde pelos campos: De manhã ela floresce vicejante, mas à tarde é cortada e logo seca.
R: Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós.
Ensinai-nos a contar os nossos dias, e dai ao nosso coração sabedoria! Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis? Tende piedade e compaixão de vossos servos!
R: Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós.
Saciai-nos de manhã com vosso amor, e exultaremos de alegria todo o dia! Que a bondade do Senhor e nosso Deus repouse sobre nós e nos conduza!Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho.
R: Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós.


Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 9,7-9
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo: 7O tetrarca Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo, e ficou perplexo, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos. 8Outros diziam que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. 9Então Herodes disse: 'Eu mandei degolar João. Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?'
E procurava ver Jesus.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor


Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Agostinho (354-430)
Bispo de Hipona (África do Norte) e Doutor da Igreja
Sermões sobre a primeira carta de São João, I, 3 (a partir da trad. SC 75, p. 117)
«E procurava vê-lO»
Escreve São João: «Anunciamos-vos a Vida eterna que estava junto do Pai e que se manifestou a nós; o que nós vimos e ouvimos, isso vos anunciamos» (1Jo 1, 2-3). Estai bem atentos: «Anunciamos-vos o que nós vimos e ouvimos». Eles viram o próprio Senhor presente em carne, ouviram da boca do Senhor as Suas palavras e anunciaram-no-las. E nós ouvimos, seguramente, mas não vimos. Seremos então menos felizes do que os que viram e ouviram? Por que razão, então, acrescenta São João estas palavras: «Anunciamo-la também a vós para que, vós também, estejais em comunhão connosco». Eles viram, mas nós não, e no entanto estamos em comunhão com eles, porque temos a mesma fé.
Ao discípulo que pediu para tocar para poder crer [...] disse o Senhor, para nos consolar, a nós que não podemos tocar mas que podemos, pela fé, alcançar a Cristo: «Felizes os que crêem sem terem visto!» (Jo 20, 29). É de nós que Ele fala, é a nós que Ele designa. Que se cumpra então em nós esta bem-aventurança prometida pelo Senhor! Acreditemos com todas as nossas forças naquilo que não vemos; os que viram anunciam-nO a nós para que com eles estejamos em comunhão e tenhamos a «plenitude da alegria» (v. 4).

ORAÇÃO DA NOITE COM O SENHOR DE TODAS AS HORAS

CORRE A ÁGUA PELAS CATARATAS NUMA TOADA CONSTANTE .
BATEM-SE AS ONDAS CONTRA OS ROCHEDOS NUMA TOADA CONSTANTE.
MOVEM-SE AS ONDAS, NUM VAIVEM, NUMA TOADA CONSTANTE.
BAILAM AS FLORES NUMA DANÇA CONSTANTE AO SABOR DO VENTO .

DESFAZEM-SE ICEBERGS NUMA TOADA CONSTANTE.
BEIJAM AS ONDAS OS ROCHEDOS ENTRE ESPUMAS CONSTANTES.
ENGOLEM AS AREIAS ,O BEIJO DAS ONDAS CONSTANTES.
VÃO E VÊM AS AREIAS DAS PRAIAS NUM MOVER CONSTANTE.
.
AS CATARATAS SOU EU NUM DEIXAR QUE A ÁGUA CORRA E ME LAVEM
OS ROCHEDOS SOU EU MAIS CIENTE DA MINHA PEQUENEZ.
AS ONDAS NO VAI E VEM, SOU EU NESTA IMPRECISÃO DE VIDA.
OS ICEBERGS SOU EU NESTE DESFAZER FRIO DA VIDA AO SOM DO MAR CONSTANTE.
AS AREIAS SOU UM COM UM CONJUNTO DE NINHARIAS QUE O MAR VAI LAVANDO.
A TOADA CONSTANTE DE TUDO O QUE SUCEDE, ESTÁ EM MIM ENQUANTO A ÁGUA NÃO ACABAR O SEU CICLO VICIOSO.
ENTÃO O SILÊNCIO VIRÁ E TUDO TEM UMA TOCA ONDE TU ATRAIRÁS TUDO A TI.
ENTRETANTO A TUA AUSÊNCIA É O DESIQUILÍBRIO DAS MINHAS ALUSÕES E ILUSÕES.
VEM SENHOR JESUS, PELO CANTO DOS PÁSSAROS, MOVIMENTO DOS PEIXES PASSANDO SILENCIOSO, E PELAS ALGAS BALOUÇANDO NA TRANSPARÊNCIA CAUDALOSA, AO SABOR DA CORRENTE, NUM CRESCER DE FÉ! AMEN.

20 de setembro de 2010

ANGELUS-ORAÇÃO DO MEIO DIA

EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO.

V-O anjo do Senhor anunciou a Maria!
R- E ela concebeu pelo Espírito Santo.
AVÉ MARIA...

V Eis aqui a escrava do Senhor!
R- Faça-se em mim segundo a vossa palavra.
AVÉ MARIA...

V- O Verbo Divino encarnou!
R- E habitou entre nós.

ORAÇÃO
Infundi, Senhor, a Vossa graça em nossas almas,Vo-lo suplicamos, a fim de que, tendo conhecimento pela Anunciação do Anjo, da encarnação de Jesus Cristo,vosso Filho, em vosso seio,pelos merecimentos da Sua Paixão e Morte, sejamos conduzidos à glória da Ressurreição. Por Cristo, Senhor nosso. Amen.
GLÓRIA AO PAI, AO FILHO E AO ESPÍRITO SANTO,
COMO ERA NO PRINCÍPIO. AGORA E SEMPRE. AMEN.
As almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz. Amen

PALAVRA DO SENHOR PARA O DIA DE HOJE COM OS ARAUTOS DO EVANGELHO

Evangelho segundo São Lucas 8,16-18
Naquele tempo, disse Jesus
à multidão: 16Ninguém acende uma lâmpada para cobri-la com uma vasilha ou colocá-la debaixo da cama
Segunda-feira, 20 de Setembro de 2010.


SANTO DO DIA: Beato Francisco de Posadas, Dominicano; Santo André Kim Tae-gon, presbítero, Paulo Chong Hásang e companheiros, mártires ; Santa Teresa Kim Im-i, mártir
Primeira Leitura: Livro dos Provérbios 3,27-34
Leitura do Livro dos Provérbios:
Meu filho: 27Não recuses um favor a quem dele necessita, se tu podes fazê-lo. 28Não digas ao próximo: 'Vai embora, volta amanhã, então te darei', quando podes dar logo! 29Não trames o mal contra o próximo, quando ele vive contigo cheio de confiança. 30Não abras processo contra alguém sem motivo, se não te fez mal algum! 31Não invejes o homem violento, e não escolhas nenhum de seus caminhos, 32porque o Senhor detesta o perverso, mas reserva sua amizade aos íntegros. 33O Senhor amaldiçoa a casa do ímpio, mas abençoa a morada dos justos. 34Ele zomba dos zombadores, mas concede o seu favor aos humildes.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus

Salmo 14
Aquele que caminha sem pecado e pratica a justiça fielmente; que pensa a verdade no seu íntimo
3be não solta em calúnias sua língua.
R: O justo habitará no monte santo do Senhor.
Que em nada prejudica o seu irmão, nem cobre de insultos seu vizinho; que não dá valor algum ao homem ímpio, mas honra os que respeitam o Senhor.
R: O justo habitará no monte santo do Senhor.
Não empresta o seu dinheiro com usura, nem se deixa subornar contra o inocente. Jamais vacilará quem vive assim!
R: O justo habitará no monte santo do Senhor.


Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 8,16-18
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 16Ninguém acende uma lâmpada para cobri-la com uma vasilha ou colocá-la debaixo da cama; ao contrário, coloca-a no candeeiro, a fim de que todos os que entram, vejam a luz. 17Com efeito, tudo o que está escondido deverá tornar-se manifesto; e tudo o que está em segredo deverá tornar-se conhecido e claramente manifesto. 18Portanto, prestai atenção à maneira como vós ouvis! Pois a quem tem alguma coisa, será dado ainda mais; e àquele que não tem, será tirado até mesmo o que ele pensa ter.'

- Palavra do Senhor.
- Glória a Vós, Senhor



Comentário ao Evangelho do dia feito por São Josemaría Escrivá de Balaguer (1902-1975), presbítero, fundador
Homilia «Trabalho de Deus», em «Amigos de Deus», §§ 61-62
Pôr a candeia no candelabro
«Cristo», escreve um Padre da Igreja, «escolheu-nos para que fôssemos como lâmpadas; para que nos convertêssemos em mestres dos demais; para que actuássemos como fermento; para que vivêssemos como anjos entre os homens, como adultos entre crianças, como espirituais entre gente somente racional; para que fôssemos semente; para que produzíssemos fruto. Não seria necessário abrir a boca, se a nossa vida resplandecesse desta maneira. Sobrariam as palavras, se mostrássemos as obras. Não haveria um só pagão, se nós fôssemos verdadeiramente cristãos.»
Temos de evitar o erro de considerar que o apostolado se reduz ao testemunho de algumas práticas piedosas. Tu e eu somos cristãos mas, ao mesmo tempo e sem solução de continuidade, cidadãos e trabalhadores, com obrigações bem nítidas que temos de cumprir exemplarmente, se deveras queremos santificar-nos. É Jesus Cristo que nos estimula: «Vós sois a luz do mundo. Não se pode ocultar uma cidade situada sobre um monte. Nem se acende uma candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas sim sobre o candelabro, e assim alumia quantos estão em casa. Brilhe do mesmo modo a vossa luz diante dos homens, a fim de que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem vosso Pai que está nos céus» (Mt 5, 14-16).
Seja qual for, o trabalho profissional converte-se numa luz que ilumina os vossos colegas e amigos. Por isso, costumo repetir [...]: que me importa que me digam que fulano de tal é um bom filho meu - um bom cristão -, se é mau sapateiro?! Se não se esforçar por aprender bem o seu ofício, ou por executar o seu trabalho com esmero, não poderá santificá-lo nem oferecê-lo ao Senhor. Ora, a santificação do trabalho ordinário constitui como que o fundamento da verdadeira espiritualidade para aqueles que, como nós, estão decididos a viver na intimidade de Deus, imersos nas realidades temporais

19 de setembro de 2010

"O CORAÇÃO FALA DO CORAÇÃO"

O Santíssimo Padre, deixa saudades onde permanece uns tempos! Estou ainda a ver deslizar o avião no aeroporto através do canal Sky News. Acompanhei a passo e passo a permanência de Deus em solo britânico com um coração apreensivo mas sempre confiante de que Deus o tomaria em seus braços.
Assim sucedeu e creio que a missão dum"Coração que falou com o Coração" foi mais uma vez cumprida.
Através do canal da Canção Nova tive a oportunidade de me aperceber do discurso na vigília da beatificação do Cardeal Newman.Através do canal 2 português, associei-me à mensagem durante a santa Missa.Fiquei feliz pelo catolicismo existente na Inglaterra. Que Deus seja louvado!
A santidade tem de ser uma exigência de todo o filho de Deus.
Que Deus seja louvado e abençôe o santo Padre, em quem vejo um santo em concreto na terra , pela humildade, simplicidade, compreensão, paciência e verdade.
Senhor Jesus, preserva-o do perigo, protege-o e continua a deixá-lo permanecer no meio de nós. como chefe da Santa Igreja Católica.Glória!

DISCURSO DO SANTO PADRE NA VIGILIA DA BEATIFICAÇÃO DO CARDEAL NEWMAN

, 19 de setembro de 2010 - 6h18Home / Papa - Reino Unido Altera letra Sábado, 18 de setembro de 2010, 19h58
Discurso do Papa durante vigília da Beatificação do Cardeal Newman
Bollettino della Sala Stampa della Santa Sede
(tradução de Rodrigo Luiz - Comunidade Canção Nova)

Queridos irmãos e irmãs em Cristo,

esta é uma noite de alegria, de imensa alegria espiritual para todos nós. Estamos reunidos aqui nesta vigília de oração em preparação para a missa de amanhã, durante a qual um grande filho da nação, o Cardeal John Henry Newman, será beatificado. Muitas pessoas, na Inglaterra e no mundo todo, esperaram por este momento! Até mesmo para mim, pessoalmente, é uma grande alegria partilhar esta experiência convosco. Como sabeis, Newman teve, há muito tempo, uma importante influência na minha vida e no meu pensamento, como o foi também para muitas pessoas que estão distantes destas terras. O drama da vida de Newman convida-nos a analisar nossa vida, a percebê-la no contexto do vasto horizonte do plano de Deus e a crescer em comunhão com a Igreja de todos os tempos e de todos os lugares: a Igreja dos Apóstolos, a Igreja dos Mártires, a Igreja dos Santos, a Igreja que Newman amou e a cuja missão consagrou a própria vida.

Agradeço ao Arcebispo Peter Smith pelas suas gentis palavras de boas-vindas pronunciadas em nome de todos vós. Alegro-me por ver muitos jovens presentes nesta vigília. Nesta noite, no contexto da oração comum, desejo refletir convosco alguns aspectos da vida de Newman que considero importantes para nossa vida de fiéis e para a vida da Igreja hoje.

Permitam-me começar recordando que Newman, segundo seu próprio relato, refez o trajeto de toda a sua vida à luz de uma experiência poderosa de conversão, que ocorreu quando ele era jovem. Foi uma experiência imediata da verdade da Palavra de Deus, da realidade objetiva da revelação cristã, transmitida pela Igreja. Essa experiência, ao mesmo tempo religiosa e intelectual, inspirou sua vocação para ser ministro do Evangelho, seu discernimento da fonte de ensinamento autêntico da Igreja de Deus e seu zelo pela renovação da vida eclesial na fidelidade à tradição apostólica. No final da vida, Newman teria descrito seu próprio trabalho como uma luta contra a tendência crescente de tratar a religião como um fato puramente particular e subjetivo, uma questão de opinião pessoal. Aqui está a primeira lição que podemos aprender com a sua vida: em nossos dias, quando um relativismo intelectual e moral ameaça enfraquecer os fundamentos da nossa sociedade, Newman nos lembra que, enquanto homens e mulheres criados à imagem e semelhança de Deus, fomos criados para conhecer a verdade, para encontrar nela a nossa liberdade definitiva e o cumprimento das mais profundas aspirações humanas. Em uma palavra, nós fomos pensados para conhecer a Cristo, que é ele mesmo "o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14, 6).

A existência de Newman também nos ensina que a paixão pela verdade, pela honestidade intelectual e pela conversão genuína comportam um grande preço a ser pago. A verdade que nos torna livres não pode ser guardada para nós mesmos; exige testemunho, precisa ser ouvida, e seu poder de convencer vem dela própria e não da eloquência ou argumentos estabelecidos. Não muito longe daqui, em Tyburn, um grande número de nossos irmãos e irmãs morreram por causa da fé; o testemunho de sua lealdade até o fim foi bem mais poderoso do que as palavras inspiradas que muitos deles disseram ao abandonar tudo pelo Senhor. Em nosso tempo, o preço a ser pago pela fidelidade ao Evangelho pode não ser o enforcamento, afogamento ou esquartejamento, mas muitas vezes implica ser considerado irrelevante, ridículo ou ridicularizado. No entanto, a Igreja não pode se esquivar do dever de proclamar Cristo e o seu Evangelho como a verdade salvífica, fonte de nossa felicidade definitiva como indivíduos e base para uma sociedade justa e humana.

Finalmente, Newman nos ensina que, uma vez que acolhemos a verdade de Cristo e consagramos nossa vida a Ele, não pode haver separação entre o que cremos e o modo como vivemos. Nosso pensamento, palavra e ação devem ser dirigidos para a glória de Deus e a propagação do seu Reino. Newman entendeu isso e foi o grande incentivador da ação profética do laicato cristão. Ele viu claramente que não devemos aceitar a verdade tanto como um ato puramente intelectual, mas sim recebê-la mediante uma dinâmica espiritual que penetra as mais profundas fibras do nosso ser. A verdade não é transmitida apenas por meio do ensino formal, embora isso seja importante, mas também através do testemunho da vida vivida plenamente, fielmente e santamente; aqueles que vivem da e na verdade reconhecem instintivamente o que é falso e, porque é falso, é inimigo da beleza e da bondade que acompanham o esplendor da verdade, Veritatis Splendor.

A primeira leitura desta noite é a magnífica oração com a qual São Paulo pede que nos seja dado a conhecer "o amor de Cristo, que supera todo entendimento" (cf. Ef 3,14-21). O apóstolo pede para que Cristo habite em nossos corações através da fé (cf. Ef 3:17) e para que possamos chegar a "compreender, com todos os santos, qual é a largura e comprimento, a altura e a profundidade” daquele amor. Por meio da fé, chegamos a ver a palavra de Deus como uma lâmpada para nossos passos e luz para o nosso caminho (cf. Sl 119, 105). Como inúmeros santos que o precederam no caminho do discipulado cristão, Newman ensinou que a "luz gentil" da fé leva-nos a perceber a verdade sobre nós mesmos, sobre nossa dignidade de filhos de Deus, e o sublime destino que nos espera no céu. Permitindo que esta luz da fé brilhe em nossos corações e abandonando-nos nela mediante a cotidiana união ao Senhor na oração diária e participação nos sacramentos da Igreja, doadores de vida, nos tornamos luz para aqueles que estão ao nosso redor; exercitamos nosso “serviço profético”; muitas vezes, sem saber, atraímos as pessoas para mais perto do Senhor e à sua verdade. Sem a vida de oração, sem a transformação interior que acontece através da graça dos sacramentos, não podemos - nas palavras de Newman - “irradiar Cristo”; nos tornamos apenas “címbalos que retinem” (1 Cor 13,1) em um mundo que já está cheio de crescente rumor e confusão, cheio de falsos caminhos que só levam à dor profunda do coração e à decepção.

Uma das meditações mais amadas pelo Cardeal contém estas palavras: "Deus me criou para lhe prestar um serviço específico. Confiou-me um certo trabalho que ele não confiou a outros” (Meditações sobre a Doutrina Cristã). Vemos aqui o realismo cristão preciso de Newman, o ponto em que a fé e a vida inevitavelmente se cruzam. A fé é destinada a produzir fruto na transformação do nosso mundo pelo poder do Espírito Santo que trabalha na sua vida e na atividade daquele que crê. Ninguém que olhe de forma realista para o nosso mundo hoje pode continuar a fazer as coisas cotidianas ignorando a profunda crise de fé que ameaça a sociedade, ou simplesmente confiando que o patrimônio dos valores transmitidos ao longo dos séculos cristãos possa continuar a inspirar e plasmar o futuro da nossa sociedade. Sabemos que em tempos de crise e de rebeliões Deus fez surgir grandes santos e profetas para a renovação da Igreja e da sociedade cristã; nós confiamos na Sua providência e rezamos para que ela continue a nos guiar. Mas cada um de nós, de acordo com seu estado de vida, é chamado a trabalhar para difundir o Reino de Deus, comprometendo a vida temporal dos valores do Evangelho. Cada um de nós tem uma missão, cada um é chamado a mudar o mundo, a trabalhar por uma cultura forjada pelo amor e pelo respeito à dignidade de cada pessoa humana. Como o Senhor nos ensina no Evangelho que ouvimos, a nossa luz deve brilhar diante de todos para que, vendo nossas boas obras, glorifiquem nosso Pai celeste (cf. Mt 5, 16).

Aqui, desejo dizer uma palavra especial aos numerosos jovens presentes. Queridos jovens amigos: somente Jesus conhece qual “serviço específico” tem em mente para vós. Estejam abertos a sua voz que ressoa no profundo do vosso coração: também agora o coração d'Ele fala ao vosso coração. Cristo precisa de famílias que lembrem ao mundo a dignidade humana e a beleza da vida familiar. Ele precisa de homens e mulheres que dediquem suas vidas à nobre tarefa da educação, cuidando dos jovens e formando-os de acordo com os caminhos do Evangelho. Ele precisa de muitos que consagrem a própria vida a perseguir a caridade perfeita, seguindo-o na castidade, pobreza e obediência, e servindo-o no menor dos nossos irmãos e irmãs. Ele precisa de amor poderoso dos religiosos contemplativos que sustentam o testemunho e a atividade da Igreja por meio da oração constante. E precisa de padres, bons e santos sacerdotes, homens dispostos a dar a vida por seu rebanho. Perguntai o que Deus tem em mente para vós! Peçais a Ele a generosidade para dizer sim! Não tenha medo de dar-se totalmente a Jesus. Ele vos dará a graça necessária para cumprir seu chamado. Permitam-me concluir estas breves palavras e convidar-vos a se unirem a mim no próximo ano em Madri para a Jornada Mundial da Juventude. É sempre uma esplêndida oportunidade para crescer no amor de Cristo e ser incentivado em vossa vida alegre da fé junto de milhares de outros jovens. Espero ver muitos de vós lá!

E agora, queridos amigos, vamos continuar esta vigília de oração preparando-nos para encontrar Cristo, presente entre nós no Santíssimo Sacramento do Altar. Juntos, no silêncio da nossa adoração comum, abramos nossas mentes e corações à sua presença, ao seu amor, ao poder convincente de sua verdade. De maneira especial, agradecendo-lhe pelo testemunho constante da verdade oferecida pelo Cardeal John Henry Newman. Confiando em suas orações, pedimos a Deus para iluminar os nossos passos e os da sociedade britânica, com a luz gentil da sua verdade, do seu amor, da sua paz. Amém

DISCURSO DO SANTO PADRE NA VIGI

19 de setembro de 2010 - 6h18Home / Papa - Reino Unido Altera letra Sábado, 18 de setembro de 2010, 19h58
Discurso do Papa durante vigília da Beatificação do Cardeal Newman
Bollettino della Sala Stampa della Santa Sede
(tradução de Rodrigo Luiz - Comunidade Canção Nova)

Queridos irmãos e irmãs em Cristo,

esta é uma noite de alegria, de imensa alegria espiritual para todos nós. Estamos reunidos aqui nesta vigília de oração em preparação para a missa de amanhã, durante a qual um grande filho da nação, o Cardeal John Henry Newman, será beatificado. Muitas pessoas, na Inglaterra e no mundo todo, esperaram por este momento! Até mesmo para mim, pessoalmente, é uma grande alegria partilhar esta experiência convosco. Como sabeis, Newman teve, há muito tempo, uma importante influência na minha vida e no meu pensamento, como o foi também para muitas pessoas que estão distantes destas terras. O drama da vida de Newman convida-nos a analisar nossa vida, a percebê-la no contexto do vasto horizonte do plano de Deus e a crescer em comunhão com a Igreja de todos os tempos e de todos os lugares: a Igreja dos Apóstolos, a Igreja dos Mártires, a Igreja dos Santos, a Igreja que Newman amou e a cuja missão consagrou a própria vida.

Agradeço ao Arcebispo Peter Smith pelas suas gentis palavras de boas-vindas pronunciadas em nome de todos vós. Alegro-me por ver muitos jovens presentes nesta vigília. Nesta noite, no contexto da oração comum, desejo refletir convosco alguns aspectos da vida de Newman que considero importantes para nossa vida de fiéis e para a vida da Igreja hoje.

Permitam-me começar recordando que Newman, segundo seu próprio relato, refez o trajeto de toda a sua vida à luz de uma experiência poderosa de conversão, que ocorreu quando ele era jovem. Foi uma experiência imediata da verdade da Palavra de Deus, da realidade objetiva da revelação cristã, transmitida pela Igreja. Essa experiência, ao mesmo tempo religiosa e intelectual, inspirou sua vocação para ser ministro do Evangelho, seu discernimento da fonte de ensinamento autêntico da Igreja de Deus e seu zelo pela renovação da vida eclesial na fidelidade à tradição apostólica. No final da vida, Newman teria descrito seu próprio trabalho como uma luta contra a tendência crescente de tratar a religião como um fato puramente particular e subjetivo, uma questão de opinião pessoal. Aqui está a primeira lição que podemos aprender com a sua vida: em nossos dias, quando um relativismo intelectual e moral ameaça enfraquecer os fundamentos da nossa sociedade, Newman nos lembra que, enquanto homens e mulheres criados à imagem e semelhança de Deus, fomos criados para conhecer a verdade, para encontrar nela a nossa liberdade definitiva e o cumprimento das mais profundas aspirações humanas. Em uma palavra, nós fomos pensados para conhecer a Cristo, que é ele mesmo "o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14, 6).

A existência de Newman também nos ensina que a paixão pela verdade, pela honestidade intelectual e pela conversão genuína comportam um grande preço a ser pago. A verdade que nos torna livres não pode ser guardada para nós mesmos; exige testemunho, precisa ser ouvida, e seu poder de convencer vem dela própria e não da eloquência ou argumentos estabelecidos. Não muito longe daqui, em Tyburn, um grande número de nossos irmãos e irmãs morreram por causa da fé; o testemunho de sua lealdade até o fim foi bem mais poderoso do que as palavras inspiradas que muitos deles disseram ao abandonar tudo pelo Senhor. Em nosso tempo, o preço a ser pago pela fidelidade ao Evangelho pode não ser o enforcamento, afogamento ou esquartejamento, mas muitas vezes implica ser considerado irrelevante, ridículo ou ridicularizado. No entanto, a Igreja não pode se esquivar do dever de proclamar Cristo e o seu Evangelho como a verdade salvífica, fonte de nossa felicidade definitiva como indivíduos e base para uma sociedade justa e humana.

Finalmente, Newman nos ensina que, uma vez que acolhemos a verdade de Cristo e consagramos nossa vida a Ele, não pode haver separação entre o que cremos e o modo como vivemos. Nosso pensamento, palavra e ação devem ser dirigidos para a glória de Deus e a propagação do seu Reino. Newman entendeu isso e foi o grande incentivador da ação profética do laicato cristão. Ele viu claramente que não devemos aceitar a verdade tanto como um ato puramente intelectual, mas sim recebê-la mediante uma dinâmica espiritual que penetra as mais profundas fibras do nosso ser. A verdade não é transmitida apenas por meio do ensino formal, embora isso seja importante, mas também através do testemunho da vida vivida plenamente, fielmente e santamente; aqueles que vivem da e na verdade reconhecem instintivamente o que é falso e, porque é falso, é inimigo da beleza e da bondade que acompanham o esplendor da verdade, Veritatis Splendor.

A primeira leitura desta noite é a magnífica oração com a qual São Paulo pede que nos seja dado a conhecer "o amor de Cristo, que supera todo entendimento" (cf. Ef 3,14-21). O apóstolo pede para que Cristo habite em nossos corações através da fé (cf. Ef 3:17) e para que possamos chegar a "compreender, com todos os santos, qual é a largura e comprimento, a altura e a profundidade” daquele amor. Por meio da fé, chegamos a ver a palavra de Deus como uma lâmpada para nossos passos e luz para o nosso caminho (cf. Sl 119, 105). Como inúmeros santos que o precederam no caminho do discipulado cristão, Newman ensinou que a "luz gentil" da fé leva-nos a perceber a verdade sobre nós mesmos, sobre nossa dignidade de filhos de Deus, e o sublime destino que nos espera no céu. Permitindo que esta luz da fé brilhe em nossos corações e abandonando-nos nela mediante a cotidiana união ao Senhor na oração diária e participação nos sacramentos da Igreja, doadores de vida, nos tornamos luz para aqueles que estão ao nosso redor; exercitamos nosso “serviço profético”; muitas vezes, sem saber, atraímos as pessoas para mais perto do Senhor e à sua verdade. Sem a vida de oração, sem a transformação interior que acontece através da graça dos sacramentos, não podemos - nas palavras de Newman - “irradiar Cristo”; nos tornamos apenas “címbalos que retinem” (1 Cor 13,1) em um mundo que já está cheio de crescente rumor e confusão, cheio de falsos caminhos que só levam à dor profunda do coração e à decepção.

Uma das meditações mais amadas pelo Cardeal contém estas palavras: "Deus me criou para lhe prestar um serviço específico. Confiou-me um certo trabalho que ele não confiou a outros” (Meditações sobre a Doutrina Cristã). Vemos aqui o realismo cristão preciso de Newman, o ponto em que a fé e a vida inevitavelmente se cruzam. A fé é destinada a produzir fruto na transformação do nosso mundo pelo poder do Espírito Santo que trabalha na sua vida e na atividade daquele que crê. Ninguém que olhe de forma realista para o nosso mundo hoje pode continuar a fazer as coisas cotidianas ignorando a profunda crise de fé que ameaça a sociedade, ou simplesmente confiando que o patrimônio dos valores transmitidos ao longo dos séculos cristãos possa continuar a inspirar e plasmar o futuro da nossa sociedade. Sabemos que em tempos de crise e de rebeliões Deus fez surgir grandes santos e profetas para a renovação da Igreja e da sociedade cristã; nós confiamos na Sua providência e rezamos para que ela continue a nos guiar. Mas cada um de nós, de acordo com seu estado de vida, é chamado a trabalhar para difundir o Reino de Deus, comprometendo a vida temporal dos valores do Evangelho. Cada um de nós tem uma missão, cada um é chamado a mudar o mundo, a trabalhar por uma cultura forjada pelo amor e pelo respeito à dignidade de cada pessoa humana. Como o Senhor nos ensina no Evangelho que ouvimos, a nossa luz deve brilhar diante de todos para que, vendo nossas boas obras, glorifiquem nosso Pai celeste (cf. Mt 5, 16).

Aqui, desejo dizer uma palavra especial aos numerosos jovens presentes. Queridos jovens amigos: somente Jesus conhece qual “serviço específico” tem em mente para vós. Estejam abertos a sua voz que ressoa no profundo do vosso coração: também agora o coração d'Ele fala ao vosso coração. Cristo precisa de famílias que lembrem ao mundo a dignidade humana e a beleza da vida familiar. Ele precisa de homens e mulheres que dediquem suas vidas à nobre tarefa da educação, cuidando dos jovens e formando-os de acordo com os caminhos do Evangelho. Ele precisa de muitos que consagrem a própria vida a perseguir a caridade perfeita, seguindo-o na castidade, pobreza e obediência, e servindo-o no menor dos nossos irmãos e irmãs. Ele precisa de amor poderoso dos religiosos contemplativos que sustentam o testemunho e a atividade da Igreja por meio da oração constante. E precisa de padres, bons e santos sacerdotes, homens dispostos a dar a vida por seu rebanho. Perguntai o que Deus tem em mente para vós! Peçais a Ele a generosidade para dizer sim! Não tenha medo de dar-se totalmente a Jesus. Ele vos dará a graça necessária para cumprir seu chamado. Permitam-me concluir estas breves palavras e convidar-vos a se unirem a mim no próximo ano em Madri para a Jornada Mundial da Juventude. É sempre uma esplêndida oportunidade para crescer no amor de Cristo e ser incentivado em vossa vida alegre da fé junto de milhares de outros jovens. Espero ver muitos de vós lá!

E agora, queridos amigos, vamos continuar esta vigília de oração preparando-nos para encontrar Cristo, presente entre nós no Santíssimo Sacramento do Altar. Juntos, no silêncio da nossa adoração comum, abramos nossas mentes e corações à sua presença, ao seu amor, ao poder convincente de sua verdade. De maneira especial, agradecendo-lhe pelo testemunho constante da verdade oferecida pelo Cardeal John Henry Newman. Confiando em suas orações, pedimos a Deus para iluminar os nossos passos e os da sociedade britânica, com a luz gentil da sua verdade, do seu amor, da sua paz. Amém

BENTO XVI EM LONDRES

Bento XVI aborda de novo pedofilia na homilia em Londres
Papa evocou na catedral de Westminster um dos temas dominantes da visita de quatro dias ao Reino Unido, exprimindo a sua "profunda aflição às vítimas inocentes destes crimes inomináveis".
Lusa
16:53 Sábado, 18 de Setembro de 2010

Bento XVI termina domingo em Birmingham a sua visita de Estado ao Reino Unido
Andrew Winning/Reuters
O Papa Bento XVI abordou hoje de novo em Londres o tema dos escândalos de pedofilia, evocando "o imenso sofrimento provocado pelos abusos cometidos nas crianças" e exprimindo a sua "profunda aflição às vítimas inocentes destes crimes inomináveis".

"De novo, penso no imenso sofrimento provocado pelos abusos cometidos nas crianças, especialmente no seio da Igreja e pelos seus ministros", declarou o Papa na homilia na catedral de Westminster, retomando assim um dos temas dominantes da visita de quatro dias.

"Exprimo antes de tudo a minha profunda aflição às vitimas inocentes destes crimes inomináveis, esperando que o poder da graça de Cristo e o seu sacrifício de reconciliação lhe deem uma profunda paz". "Reconheço também, convosco, a vergonha e a humilhação das quais todos sofremos por causa destes pecados", disse.


"Autoridade da Igreja não foi veloz e firme"



Desde o primeiro dia da visita, na quinta feira, Bento XVI tinha reconhecido que "a autoridade da Igreja (o Papa e os bispos) não tinha sido suficientemente veloz e firme para tomar as medidas necessárias", adiantou.

A publicação em novembro de 2009 de um relatório que revelava centenas de sevícias sexuais em crianças cometidas por padres na Irlanda, e cobertos pela hierarquia, conduziu a mais grave crise da Igreja nos últimos anos. Escândalos semelhantes surgiram, nomeadamente na Alemanha e na Bélgica.

Na sexta feira, durante um discurso perante responsáveis dos estabelecimentos católicos britânicos, o Papa pediu-lhes para "assegurarem nas nossas escolas um ambiente seguro para as crianças e para os jovens", numa nova alusão transparente aos escândalos de pedofilia envolvendo padres.

Segundo membros do Vaticano, que acompanham o Papa nesta visita de Estado, Bento XVI deverá encontrar-se em Londres ainda hoje com uma dezena de vítimas britânicas, provavelmente na nunciatura.

Bento XVI também se encontrou com vítimas de abusos sexuais nas precedentes visitas a Malta, aos Estados Unidos e à Austrália.

18 de setembro de 2010

ORAÇÃO DO CARDEAL NEWMAN ADAPTADA POR TERESA DE CALCUTÁ


Oração do Cardeal John Newman

adaptada por Madre Teresa de Calcutá
Ó Jesus, ajuda-me a difundir
a tua fragância
Por onde quer que eu vá.
Inunda a minha alma como o teu espírito
e com a tua vida.
Penetra em mim, apodera-te
do meu ser de modo tão completo
que toda a minha vida seja uma irradiação da tua.
Ilumina por meu intermédio
cada alma
e toma posse de mim de tal modo
que cada alma de que me aproxime
possa sentir a tua presença na minha alma.
Faz com que, ao ver-me,
não me veja, mas a ti.
Fica comigo.
A minha luz virá toda de ti, Senhor,
e nem sequer um raiozinho será meu.
Serás Tu a iluminar os outros
por meio de mim.
Sugere-me o louvor que mais te agrada,
iluminando outros à minha volta.
Que não te pregue com palavras,
mas com o meu exemplo,
com a influência das minhas acções,
com o fulgor visível do amor que o meu coração recebe de ti.
Amén

17 de setembro de 2010

DOMINGO XXV DO TEMPO COMUM

JOHN HENRY NEWMAN

John Henry Newman
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Venerável John Henry Newman, CO da Igreja Católica

título


COR AD COR LOQUITUR
Nascido em Londres, 21 de fevereiro de 1801
Ordenado
sacerdote 30 de maio de 1847
Consagrado
bispo
Elevado
arcebispo
Nomeado
patriarca
Funções
exercidas
Proclamado
cardeal 12 de maio de 1879 por Leão XIII
Falecimento Edgbaston, 11 de agosto de 1890
Cardeais · Todas as dioceses

Projeto Catolicismo · uso desta caixa

John Henry Cardeal Newman, CO (Londres, 21 de fevereiro de 1801 — Edgbaston, 11 de agosto de 1890) foi um sacerdote anglicano inglês convertido ao catolicismo, posteriormente nomeado cardeal pelo papa Leão XIII em 1879. No dia 19 de setembro de 2010 será beatificado pelo Papa Bento XVI.


Estudou no Trinity College de Oxford (1816) e no Oriel College (1822) e foi ordenado sacerdote da Igreja Anglicana e um dos líderes do "Movimento de Oxford". Naquela época, ele considerava o anglicanismo de seu tempo excessivamente protestante e laicizado e considerava o catolicismo corrompido em relação às origens do cristianismo. Buscou uma "via media" entre os dois, e, pesquisando sobre os primórdios da Igreja Católica, terminou por converter-se.

Depois de sua conversão ao catolicismo (1845), ele foi ordenado sacerdote da Igreja Católica em Roma (1847), abriu e dirigiu em Birmingham um oratório de São Filipe Néri e foi ainda reitor da Universidade Católica da Irlanda (1854).

Índice [esconder]
1 Pensamento e Apostolado
1.1 Sobre a infalibilidade papal
2 Homenagem e Louvor
3 Referências
4 Ligações externas

Pensamento e Apostolado
O seu pensamento é representativo da "filosofia da ação e da filosofia da vida", é considerado como integrante da corrente filosófica denominada Neoespiritualismo e Vitalismo que tem raízes no espiritualismo francês do século XIX, que surgiu para combater o positivismo e o racionalismo.

"O apostolado no campo da inteligência exercido por Newman foi intenso. As suas obras completas atingem a 37 tomos, versando sobre os mais variados assuntos — teologia, filosofia, literatura, história, espiritualidade — e os arquivos do Oratório conservam as 70.000 cartas que escreveu. As obras que publicou sobre a Universidade de Dublin, tornaram-se clássicas para a literatura católica. Os seus Sermões espelham todos eles sólida piedade e grande amor pelas almas".[1]

"Uma contribuição muito relevante de seu pensamento foi a chamada doutrina do desenvolvimento do dogma"[2] (que é uma doutrina muito diferente do pensamento modernista).

[editar] Sobre a infalibilidade papal
O cardeal Newman defendeu que “a infalibilidade da Igreja é como uma medida adotada pela misericórdia do Criador para preservar a [verdadeira] religião no mundo e para refrear aquela liberdade de pensamento que, evidentemente, em si mesma, é um dos nossos maiores dons naturais, mas que urge salvar dos seus próprios excessos suicidas.”[3]

Homenagem e Louvor

John Henry Newman em 1824."A sabedoria e a ortodoxia de Newman foram louvados por Leão XIII, Pio X e Pio XII". No séc. XX, já depois da morte do Cardeal Newman, o Papa Pio XII chegou mesmo a afirmar que Newman é a "Glória da Inglaterra e de toda a Igreja".[1]

Por ocasião da comemoração do centenário da sua morte, assim se referiu a Newman o então Cardeal Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI), Prefeito da Congregação para Doutrina da Fé, em 28 de abril de 1990:

"De Newman aprendemos a compreender a primazia do Papa: a liberdade de consciência assim ensinava Newman com a Carta ao Duque de Norfolk não se identifica de modo algum com o direito de 'dispensar-se da consciência, de ignorar o Legislador e o Juiz, e de ser independentes de deveres invisíveis'. Deste modo a consciência, no seu significado autêntico, é o verdadeiro fundamento da autoridade do Papa. De facto, a sua força vem da Revelação, que completa a consciência natural iluminada de maneira apenas incompleta, e 'a sua razão de ser é o facto de ser o campeão da lei moral e da consciência'."
E ainda:

"Newman expôs na ideia do desenvolvimento a própria experiência pessoal de uma conversão jamais concluída, e assim ofereceu-nos a interpretação não só do caminho da doutrina cristã, mas também da vida cristã. O sinal característico do grande doutor da Igreja parece-me que seja aquele que ele não ensina só com o seu pensamento e com os seus discursos, mas também com a sua vida, porque nele pensamento e vida compenetram-se e determinam-se reciprocamente. Se isto é verdade, então Newman pertence deveras aos grandes doutores da Igreja, porque ele toca ao mesmo tempo o nosso coração e ilumina o nosso

15 de setembro de 2010

SABER PERDOAR

Jesus ensinou-nos que o perdão é o primeiro passo para nos reconciliarmos com Deus.
Sua Mãe deu-nos a prova desse amor que tudo perdôa.
Ele que tanto se humilhou por nossa causa , adverte-nos também do perdão mútuo. A dívida que temos para com Ele é muito maior que a que temos para com os outros.
Nossa dívida começa desde que nascemos. Concede-nos a vida como seres humanos, uma mãe que nos cuida e nos alimenta. Um pai que nos ajuda a crescer e colabora com a mãe. Temos uma família que nos ampara.Recebemos o Santo Batismo que nos perdôa o pecado original e nos torna membros efectivos da Santa Igreja.
Ao longo do nosso percurso terreno vamos recebendo continuamente a protecção divina, embora muitas das vezes, sem delas nos apercebermos.
Porque não havemos de perdoar a quem nos ofende, a quem põe em jogo o nosso bom nome?
Maria, a santa Mãe das dores não sofreu na carne todos estes vexames?
Quem somos nós. Que pretendemos nós neste mundo?Porque nos julgamos nós com direito de negar a Deus, E A iGREJA FUNDADA POR JESUS CRISTO, com o nosso orgulho?
É certo que o perdão custa muito, perante o grau com que fomos atingido. Mas ninguém é mais que o Mestre.
A memória atraiçoa-nos muito neste campo, mas temos de rezar como o Mestre:"Perdoai-lhes , Pai, que não sabem o que fazem". Carregar continuamente o fardo da falta de perdão também custa muito!
Não queiramos ser como o servo a quem o Senhor perdoou toda a dívida e, em paga, meteu na cadeia todos os que estavam sem pagar umas ninharias.
Jesus sofreu falsas acusações, flagelação ,escárnio, ofensas, a crucificação por amor de nós que tudo perdoou.
Em Lucas 6,37-38, Jesus suplica:"Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; dai e dar-se-vos á;. Colocar-vos ão no regaço medida boa, cheia, recalcada e transbordante porque com a mesma medida com que medirdes, assim sereis medidos"
No Pai Nosso ,Jesus ensina-nos a pedir o pão de cada dia e o pedir perdão dos nossos pecados numa perpectiva de que também nós perdoemos a quem nos tenha ofendido.
Que é a Fé?
É a virtude teologal, pela qual ansiamos o perdão dos nossos pecados para que sejamos santificados.
(Actos dos Apóstolos 26, 17-18)
O perdão exige a virtude da humildade despida da vaidade que nos leva a perdoar aos que nos ofendem.O perdão é a concretização da Caridade com um coração sincero.

REZEMOS ESTA ORAÇÃO A NOSSA SENHORA PARA QUE APRENDAMOS A PERDOAR
Virgem Mãe, diante das dúvidas a teu respeito, respondeste com o perdão.
Na perseguição e muitas murmurações, respondeste com o perdão.
Diante da infãmia contra o Teus Filho, respondeste com o perdão.
Diante da traição e dor que a morte de Jesus acarretou, respondeste com o perdão.
Mãe de misericórdia, teu coração bondoso transbordante de clemência, escute a minha oração e obtenhas de Teu Filho o perdão para mim e para quantos me ofenderam.
Que a Mãe Igreja não seja sofrida pelos meus pecados e que acima deste mundo veja sempre a realeza do Teu Filho, Cristo sofredor, pelos pecados de toda a humanidade.Amen.

COROA DAS SETE DORES DE NOSSA SENHORA

Coroa das sete dores de Nossa Senhora

No início : 1 Credo, 1 Pai Nosso e 1 Ave Maria
[Primeira dor] - A dor que sentiu o Seu Coração Virginal com a Profecia de Simeão.
(1 Pai Nosso e 7 Ave Maria)

[Segunda dor] - A angústia que sentiu, ao ter que fugir, com São José e Seu Menino Deus, para o Egipto.
(1 Pai Nosso e 7 Ave Maria)

[Terceira dor] - A aflição que Ela sentiu quando perdeu por três dias o Seu tesouro: Jesus
(1 Pai Nosso e 7 Ave Maria)

[Quarta dor] - A tristeza mortal que Ela sofreu ao ver Seu Filho carregando a Cruz, por nossos pecados.
(1 Pai Nosso e 7 Ave Maria)

[Quinta dor] - O martírio do Seu Coração generoso, assistindo a Agonia que passava o Salvador.
(1 Pai Nosso e 7 Ave Maria)

[Sexta dor] - A ferida que sofreu Seu Coração, ao ver trespassado o Coração de Seu Filho.
(1 Pai Nosso e 7 Ave Maria)

[Sétima dor] - O desconsolo e desamparo que Ela sofreu, no sepultamento do Redentor.
(1 Pai Nosso e 7 Ave Maria)

No final: 1 Salve Rainha

PALAVRA DO SENHOR PARA O DIA DE HOJE COM OS ARAUTOS DO EVANGELHO

Evangelho segundo São João 19,25-27
Naquele tempo: 25Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmão da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena.
Quarta-feira, 15 de Setembro de 2010.
SANTO DO DIA: Nossa Senhora das Dores; Beato Antonio Maria Schwartz, sacerdote

Primeira Leitura:Hebreus 5,7-9
Leitura da Carta aos Hebreus:
7Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus

Salmo 30
Senhor, eu ponho em vós minha esperança; que eu não fique envergonhado eternamente! Porque sois justo, defendei-me e libertai-me apressai-vos, ó Senhor, em socorrer-me!
R: Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!
Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; por vossa honra orientai-me e conduzi-me!
R: Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!
Retirai-me desta rede traiçoeira, porque sois o meu refúgio protetor! Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me salvareis, ó Deus fiel!
R: Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!
A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio, e afirmo que só vós sois o meu Deus! Eu entrego em vossas mãos o meu destino; libertai-me do inimigo e do opressor!
R: Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!
Como é grande, ó Senhor, vossa bondade, que reservastes para aqueles que vos temem! Para aqueles que em vós se refugiam, mostrando, assim, o vosso amor perante os homens.
R: Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!

Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 19,25-27
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João:
Naquele tempo: 25Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmão da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: "Mulher, este é o teu filho". 27Depois disse ao discípulo: "Esta é a tua mãe". Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor



Comentário ao Evangelho do dia feito por Beato Guerric d'Igny (c. 1080 - 1157)
Abade cisterciense - 1.º Sermão para a Assunção; PL 185A,187 (a partir da. trad. Orval)
«Eis a tua mãe!»
Maria concebeu um filho: e, assim como este é o Filho unigénito do Pai no céu, é também o filho unigénito da Sua mãe na Terra [...]. No entanto, esta única virgem mãe, que teve a glória de dar ao mundo o Filho unigénito de Deus, beija a seu próprio Filho em todos os membros do Seu Corpo e não enrubesce quando lhe chamam a Mãe de todos aqueles em quem ela reconhece Cristo, já formado ou em vias de o estar. Eva, que outrora tinha legado aos filhos a condenação à morte, antes mesmo de estes terem visto a luz do dia, foi chamada a «mãe de todos os viventes» (Gn 3, 20) [...]. Mas, como não respondeu ao desígnio do seu nome, foi Maria quem realizou o mistério não cumprido. Tal como a Igreja, de que é símbolo, Ela é a mãe de todos os que renasceram para a vida. Ela é, na verdade, a Mãe da Vida que faz viver todos os homens; e ao concebê-lA, a essa Vida, regenerou, de alguma forma, todos os que iam viver d'Ela [...].

Esta bem-aventurada Mãe de Cristo, reconhecida como Mãe dos cristãos em virtude deste mistério, é também sua Mãe pelo cuidado que tem para com todos eles e pelo afecto que lhes testemunha. Não os trata com dureza, a todos trata como se seus filhos fossem. As suas entranhas, uma única vez fecundadas, não se esgotaram, dando constantemente à luz o fruto da bondade. «Bendito é o fruto do teu ventre» (Lc 1, 42), ó doce Mãe, que te inundou de uma bondade inesgotável: nascido de ti uma única vez, Ele permanece em ti, sempre
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14 de setembro de 2010

EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ

PALAVRA DO SENHOR PARA O DIA DE HOJE COM OS ARAUTOS DO EVANGELHO



Evangelho segundo São João 3,13-17
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: 13"Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem.
Terça-feira, 14 de Setembro de 2010.
SANTO DO DIA: Exaltação da Santa Cruz; Santo Alberto, Bispo
Primeira Leitura: Livro dos Números 21,4b-9
Leitura do Livro dos Números:
Naqueles dias: 4Os filhos de Israel partiram do monte Hor, pelo caminho que leva ao mar Vermelho, para contornarem o país de Edom. Durante a viagem o povo começou a impacientar-se, 5e se pôs a falar contra Deus e contra Moisés, dizendo: "Por que nos fizestes sair do Egito para morrermos no deserto? Não há pão, falta água, e já estamos com nojo desse alimento miserável". 6Então o Senhor mandou contra o povo serpentes venenosas, que os mordiam; e morreu muita gente em Israel. 7O povo foi ter com Moisés e disse: "Pecamos, falando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós as serpentes". Moisés intercedeu pelo povo, 8e o Senhor respondeu: "Faze uma serpente de bronze e coloca-a como sinal sobre uma haste; aquele que for mordido e olhar para ela viverá". 9Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e colocou-a como sinal sobre uma haste. Quando alguém era mordido por uma serpente, e olhava para a serpente de bronze,
ficava curado.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus

Segunda Leitura: Filipenses 2,6-11
Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses:
6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11e toda língua proclame: 'Jesus Cristo é o Senhor', para a glória de Deus Pai.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus


Salmo 77
Escuta, ó meu povo, a minha Lei, ouve atento as palavras que eu te digo; abrirei a minha boca em parábolas, os mistérios do passado lembrarei.
R: Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!
Quando os feria, eles então o procuravam, convertiam-se correndo para ele; recordavam que o Senhor é sua rocha e que Deus, seu Redentor, é o Deus Altíssimo.
R: Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!
Mas apenas o honravam com seus lábios e mentiam ao Senhor com suas línguas; seus corações enganadores eram falsos e, infiéis, eles rompiam a Aliança.
R: Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!
Mas o Senhor, sempre benigno e compassivo, não os matava e perdoava seu pecado; quantas vezes dominou a sua ira e não deu largas à vazão de seu furo
R: Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!

Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 3,13-17
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João :
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: 13"Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem. 14Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, 15para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna. 16Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele".
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor



Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo João Crisóstomo (c. 345-407)
Padre em
Antioquia, depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homília sobre «Pai, se é possível» (a partir da trad. Delhougne, Les Pères commentent, p. 72)
«Tanto amou Deus o mundo»
Foi a cruz que reconciliou os homens com Deus, que fez da terra um céu, que uniu os homens aos anjos. Ela derrubou a cidadela da morte, destruiu o poder do demónio, libertou a terra do mal, estabeleceu os fundamentos da Igreja. A cruz é a vontade do Pai, a glória do Filho, o júbilo do Espírito Santo. [...]

A cruz é mais brilhante que o sol porque, quando o sol se turva, a cruz resplandece; e o sol turva-se, não no sentido de ser aniquilado, mas de ser vencido pelo esplendor da cruz. A cruz rasgou a acta da nossa condenação, quebrou as cadeias da morte. A cruz é a manifestação do amor de Deus: «Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o Seu Filho Unigénito, a fim de que todo o que Nele crê não se perca».

A cruz abriu o paraíso, deixou que nele entrasse o malfeitor (Lc 23,43) e conduziu ao Reino dos Céus a criatura humana, destinada à morte

13 de setembro de 2010

DEUS PAI E A CRIANÇA

Uma criança estava prestes a vir ao mundo.
Então dialogou com Deus Pai:
CRIANÇA:-"Dizem que vou ser enviada para a terra amanhã...
Vou sozinha?
DEUS:- Entre muitos anjos que estão no céu, escolhi um, muito especial para ti. Lá em baixo, ele estará à tua espera para te receber.
CRIANÇA:-Eu, aqui no céu, não faço mais nada que não seja cantar e sorrir. Isto me basta para ser feliz!. Serei feliz também na terra?
DEUS:-O teu anjo cantará e sorrirá contigo.Em cada dia, a todo o instante, o amor do teu anjo tornar-te-á feliz.
CRIANÇA:- Quando não entender a linguagem dos que irão falar comigo, que me acontecerá?
DEUS:-Teu anjo, com muita paciência te ensinará a falar e a dialogar entre sorrisos.
CRIANÇA:-Que farei, quando no meio do barulho que me cerca, para poder conversar conTigo?
DEUS:-Vai ser o teu anjo que pegará em tuas mãozinhas, as juntará e te ensinará a rezar.
CRIANÇA:-Ouvi dizer que na terra há homens maus. É verdade?
DEUS:- Sim,há.O anjo, que muito te ama, certamente te defenderá, ainda que para tal seja preciso arriscar ou dar a própria vida.
CRIANÇA:-Eu ficarei muito triste desde a hora em que mais não vou voltar a ver-Te.
DEUS:-Vais ter muita sorte com o teu anjo que sempre te falará de Mim e te ensinará a melhor maneira de Me veres e ouvires, sempre que quiseres.

NESSE MOMENTO HÁ MUITA PAZ NO CÉU, MUITAS VOZES NA TERRA QUE SE PODEM OUVIR!
DEUS COLOCA MAIS UMA OBRA DO SEU AMOR NA TERRA.
A criança estende os braços para o céu,sentindo-se sem protecção
CRIANÇA:- Ó Deus, agora que me sinto já na terra,ainda não sei falar com os homens. Diz-me o nome do anjo a quem poderei pedir ajuda e socorro!
DEUS:-Meu filho, esse anjo é simplesmente tua heroica MÃE!
Não tenhas medo e confia.

PALAVRA DO SENHOR PARA O DIA DE HOJE COM OS ARAUTOS DO EVANGELHO

Evangelho segundo São Lucas 7,1-10
Naquele tempo: 1Quando acabou de falar ao povo que o escutava, Jesus entrou em Cafarnaum. 2Havia lá um oficial romano que tinha um empregado a quem estimava muito, e que estava doente, à beira da morte.
Segunda-feira, 13 de Setembro de 2010.
SANTO DO DIA: Santo Amado, Abade de Lorena, e seu amigo São Romarico; São João Crisóstomo, Bispo e doutor
a Igreja; São Maurílio, Bispo

Primeira Leitura: Primeira carta de São Paulo aos Coríntios 11,17-26.33
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:

Irmãos: 17No que tenho a dizer-vos, eu não vos louvo, pois vossas reuniões não têm sido para o vosso bem, mas para o mal. 18Com efeito, e em primeiro lugar, ouço dizer que, quando vos reunis em assembleia, têm surgido divisões entre vós. E, em parte, acredito. 19Na verdade, convém que haja até cisões entre vós, para que também se tornem bem conhecidos aqueles dentre vós que resistem à prova. 20De fato, não é para comer a Ceia do Senhor que vos reunis em comum. 21Pois cada um se apressa a comer a sua própria ceia; e enquanto um passa fome o outro se embriaga. 22Não tendes casas onde comer e beber? Ou desprezais a Igreja de Deus e quereis envergonhar aqueles que nada têm? Que vos direi? Hei-de elogiar-vos? Neste ponto, não posso elogiar-vos. 23O que eu recebi do Senhor foi isso que eu vos transmiti: Na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão 24e, depois de dar graças, partiu-o e disse: 'Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei-o em memória de mim'. 25Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: 'Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha memória'. 26Todas as vezes, de fato, que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele venha. 33Portanto, meus irmãos, quando vos reunirdes para a Ceia, esperai uns pelos outros.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus

Salmo 39
Sacrifício e oblação não quisestes, mas abristes, Senhor, meus ouvidos; não pedistes ofertas nem vítimas, holocaustos por nossos pecados, E então eu vos disse: 'Eis que venho!'
R: Irmãos, anunciai a morte do Senhor, até que ele venha!
Sobre mim está escrito no livro: Com prazer faço a vossa vontade, guardo em meu coração vossa lei!'
R: Irmãos, anunciai a morte do Senhor, até que ele venha!
Boas-novas de vossa justiça anunciei numa grande assembléia; vós sabeis: não fechei os meus lábios!
R: Irmãos, anunciai a morte do Senhor, até que ele venha!
Mas se alegre e em vós rejubile todo ser que vos busca, Senhor! Digam sempre: 'É grande o Senhor!' os que buscam em vós seu auxílio.
R: Irmãos, anunciai a morte do Senhor, até que ele venha!


Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 7,1-10
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo: 1Quando acabou de falar ao povo que o escutava, Jesus entrou em Cafarnaum. 2Havia lá um oficial romano que tinha um empregado a quem estimava muito, e que estava doente, à beira da morte. 3O oficial ouviu falar de Jesus e enviou alguns anciãos dos judeus, para pedirem que Jesus viesse salvar seu empregado. 4Chegando onde Jesus estava, pediram-lhe com insistência: 'O oficial merece que lhe faças este favor, 5porque ele estima o nosso povo. Ele até nos construiu uma sinagoga.' 6Então Jesus pôs-se a caminho com eles. Porém, quando já estava perto da casa,
o oficial mandou alguns amigos dizerem a Jesus: 'Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. 7Nem mesmo me achei digno de ir pessoalmente ao teu encontro. Mas ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado. 8Eu também estou debaixo de autoridade, mas tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Se ordeno a um : 'Vai!', ele vai; e a outro: 'Vem!', ele vem; e ao meu empregado 'Faze isto!', e ele o faz'.' 9Ouvindo isso, Jesus ficou admirado. Virou-se para a multidão que o seguia, e disse: 'Eu vos declaro que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé.' 10Os mensageiros voltaram para a casa do oficial e encontraram o empregado em perfeita saúde.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor


Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Agostinho (354-430)
Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja
Sermão 62 (a partir da trad. Brésard, 2000 ans C, p.80 rev.)
«Senhor, eu não sou digno»
Na leitura do Evangelho, ouvimos Jesus louvar a nossa fé, associada à humildade. Quando prometeu ir a casa do centurião curar-lhe o servo, este respondeu: «Não sou digno de que entres debaixo do meu tecto, mas diz uma só palavra e o meu servo será curado». Ao considerar-se indigno, revela-se digno - digno não só de que Cristo entre em sua casa, mas também no seu coração. [...]

Pois não teria sido para ele grande alegria se o Senhor Jesus tivesse entrado em sua casa sem estar no seu coração. Com efeito Cristo, Mestre em humildade pelo Seu exemplo e pelas Suas palavras, sentou-Se à mesa em casa de um fariseu orgulhoso chamado Simão (Lc 7, 36ss.). Embora Se sentasse à sua mesa, não entrou no seu coração: aí, «o Filho do Homem não tinha onde reclinar a cabeça» (Lc 9, 58). Pelo contrário, aqui não entra em casa do centurião, mas entra no seu coração. [...]

Por conseguinte, é a fé unida à humildade que o Senhor elogia neste centurião. Quando este diz: «Não sou digno de que entres debaixo do meu tecto», o Senhor responde: «Em verdade vos digo, nem em Israel encontrei tão grande fé». [...] O Senhor veio ao povo de Israel segundo a carne, para procurar primeiramente neste povo a Sua ovelha perdida (cf Lc 15, 4). [...] Nós, como homens, não podemos medir a fé dos homens. Foi Aquele que vê o fundo dos corações, Aquele a Quem ninguém engana, que testemunhou como era o coração deste homem; ao ouvir as suas palavras repletas de humildade, responde-lhe com uma palavra que cura
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12 de setembro de 2010

CASO VERÍDICO

Um pai vivia com seu filho, O filho era casado. Certa ocasião , o casal decidiu ir viver noutro apartamento contíguo. Deixou de prestar auxílio a quem precisava.
Dorido, o pai abriu-se com um amigo que lhe deu a solução para o caso,entregando-lhe um saco de moedas que ele iria contar todas as noites.Aconselhou-o ainda a que deixasse cair umas moedas de vez em quando.
Ele assim fez.
Aquele barulho da queda das moedas intrigou o filho e levou-o a pensar:
-Afinal o meu pai é rico! Todos os dias conta dinheiro! Tenho de reatar a amizade com ele...
Assim fez e voltou a cuidar do pai, agora com todos os mimos.
Chegou o dia morte do pai e o filho só se preocupou em descobrir a fortuna dele. Tudo procurou e não encontrou mais que uns falsos patacos que o pobre pai usou para angariar a caridade do filho enquanto vivo.
Tanto fazem os pais pelos filhos e, tantas vezes, são por estes, tão pouco reconhecidos!

O VALOR DO SILÊNCIO

O valor do silêncio
Três vezes por dia, tudo pára na colina de Taizé: o trabalho, os estudos bíblicos, os intercâmbios. Os sinos chamam à igreja para rezar. Centenas, por vezes milhares de jovens de países muito diversos através do mundo, rezam e cantam com os irmãos da Comunidade. A Bíblia é lida em várias línguas. No centro de cada oração comunitária, um longo tempo de silêncio é um momento único de encontro com Deus.
Silêncio e oração
Se nos deixarmos guiar pelo mais antigo livro de oração, os Salmos bíblicos, nós encontramos aí duas formas principais de oração: por um lado o lamento e o pedido de socorro, por outro o agradecimento e o louvor. De forma mais oculta, há um terceiro tipo de oração, sem súplicas nem louvor explícito. O Salmo 131, por exemplo, não é senão calma e confiança: «Estou sossegado e tranquilo… Espera no Senhor, desde agora e para sempre!»

Por vezes a oração cala-se, pois uma comunhão tranquila com Deus pode abster-se de palavras. «Estou sossegado e tranquilo, como uma criança saciada ao colo da mãe; a minha alma é como uma criança saciada.» Como uma criança saciada que parou de gritar, junto da sua mãe, assim pode estar a minha alma na presença de Deus. Então a oração não precisa de palavras, nem mesmo de reflexões.

Como chegar ao silêncio interior? Por vezes calamo-nos, mas, por dentro, discutimos muito, confrontando-nos com interlocutores imaginários ou lutando connosco mesmos. Manter a sua alma em paz pressupõe uma espécie de simplicidade: «Já não corro atrás de grandezas, ou de coisas fora do meu alcance.» Fazer silêncio é reconhecer que as minhas inquietações não têm muito poder. Fazer silêncio é confiar a Deus o que está fora do meu alcance e das minhas capacidades. Um momento de silêncio, mesmo muito breve, é como um repouso sabático, uma santa pausa, uma trégua da inquietação.

A agitação dos nossos pensamentos pode ser comparada com a tempestade que sacudiu o barco dos discípulos, no Mar da Galileia, enquanto Jesus dormia. Também nos acontece estarmos perdidos, angustiados, incapazes de nos apaziguarmos a nós mesmos. Mas Cristo também é capaz de vir em nosso auxílio. Da mesma forma que falou imperiosamente ao vento e ao mar e que «se fez grande calma», ele pode igualmente acalmar o nosso coração quando está agitado pelo medo e pelas inquietações (Marcos 4).

Fazendo silêncio, pomos a nossa esperança em Deus. Um salmo sugere que o silêncio é mesmo uma forma de louvor. Nós lemos habitualmente o primeiro verso do Salmo 65: « A ti, ó Deus, é devido o louvor ». Esta tradução segue a versão grega, mas na verdade o texto hebreu diz: «Para Vós, ó Deus, o silêncio é louvor». Quando cessam as palavras e os pensamentos, Deus é louvado no enlevo silencioso e na admiração.

A Palavra de Deus: trovão e silêncio
No Sinai, Deus falou a Moisés e aos Israelitas. Trovões, relâmpagos e um som de trompa cada vez mais forte, precediam e acompanhavam a Palavra de Deus (Êxodo 19). Séculos mais tarde, o profeta Elias volta à mesma montanha de Deus. Ali revive a experiência dos seus antepassados: tempestade, tremores de terra e fogo, e ele prontifica-se a escutar Deus falando-lhe no trovão. Mas o Senhor não está nos fenómenos tradicionais do seu poder. Quando o grande barulho pára, Elias ouve «o murmúrio de uma brisa suava», e então Deus fala-lhe (1 Reis 19).

Deus fala com voz forte ou numa brisa de silêncio? Temos de tomar como modelo o povo reunido ao pé do Sinai ou o profeta Elias? Provavelmente isto é uma falsa alternativa. Os fenómenos terríveis que acompanham o dom dos dez mandamentos sublinham a sua importância. Guardar os mandamentos ou rejeitá-los é uma questão de vida ou de morte. Quem vê uma criança correr em direcção a um carro que passa, tem muitas razões para gritar tão alto quanto consiga. Em situações análogas, os profetas anunciaram a palavra de Deus de forma a fazer zumbir as orelhas.

Palavras ditas com voz forte fazem-se ouvir, impressionam. Mas sabemos bem que elas quase não tocam os corações. Em lugar de acolhimento, elas encontram resistência. A experiência de Elias mostra que Deus não quer impressionar, mas ser compreendido e acolhido. Deus escolheu «o murmúrio de uma brisa suave» para falar. É um paradoxo:

Deus é silencioso e no entanto fala
Quando a palavra de Deus se faz «o murmúrio de uma brisa suave», ela é mais eficaz do que nunca para transformar os nossos corações. A tempestade do monte Sinai abria fendas nos rochedos, mas a palavra silenciosa de Deus é capaz de quebrar os corações de pedra. Para o próprio Elias, o silêncio súbito era provavelmente mais temível do que a tempestade e o trovão. As poderosas manifestações de Deus eram-lhe, em certo sentido, familiares. É o silêncio de Deus que desconcerta, porque é muito diferente de tudo o que Elias conhecia até então.

O silêncio prepara-nos para um novo encontro com Deus. No silêncio, a palavra de Deus pode atingir os recantos escondidos dos nossos corações. No silêncio, ela revela-se «mais penetrante do que uma espada de dois gumes, penetra até à divisão da alma e do corpo» (Hebreus 4,12). Fazendo silêncio, deixamos de esconder-nos diante de Deus, e a luz de Cristo pode atingir, curar e mesmo transformar aquilo de que temos vergonha.

Silêncio e amor
Cristo diz: «É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei» (João 15,12). Precisamos de silêncio para acolher estas palavras e pô-las em prática. Quando estamos agitados e inquietos, temos tantos argumentos e razões para não perdoar e para não amar facilmente. Mas quando temos «a nossa alma em paz e silêncio», estas razões desaparecem. Talvez por vezes evitemos o silêncio, preferindo-lhe qualquer barulho, palavras ou distracções quaisquer que elas sejam, porque a paz interior é uma questão arriscada: torna-nos vazios e pobres, dissolve a amargura e as revoltas e leva-nos ao dom de nós mesmos. Silenciosos e pobres, os nossos corações são conquistados pelo Espírito Santo, cheios de um amor incondicional. De forma humilde mas certa, o silêncio leva a amar.

Comunidade Taizé

10 de setembro de 2010

DOMINGO XXIV DO TEMPO COMUM

A MORTE NÃO É NADA

A Morte não é Nada

A morte não é nada.
Eu somente passei para
o outro lado do Caminho.

Eu sou eu, vós sois vós.
O que eu era para vós,
Eu continuarei sendo.

Dai-me o nome que sempre me deram,
Falem comigo como sempre fizeram.

Vós continuais vivendo no mundo das criaturas,
Eu estou vivendo no mundo do Criador.

Não utilizem um tom solene ou triste,
Continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos.

Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.


Que meu nome seja pronunciado
como sempre foi,
Sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra ou tristeza.

A vida significa tudo o que ela sempre significou,
O fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora de vossos pensamentos,
Agora que estou apenas fora de vossas vistas?

Eu não estou longe,
Apenas estou do outro lado do Caminho...

Vós, que aí ficais, segui em frente,
A vida continua,

linda e bela como sempre foi.



“Santo Agostinho

OS SILÊNCIOS DA VIDA.ORAÇÃO DA TARDE

Cada silêncio na vida é nascente duma semente entre areias do deserto, entre as entranhas do Oceano, onde o quente e o frio se conjugam no desconhecido como libertadores da poluição que tenta afogar o fulgor da alma.
Cada silêncio da vida traz a ascensão do brilho à alma que, aparentemente caída, se felicita a ela mesma, porque fica mais aderente ao que permanece silenciosamente activo, à realidade divina-Deus.
Cada silêncio na vida não nos acusa de solitários, mas antes, mais exigentes com a nossa união ao Autor da Vida, Único que nô-la pode purificar, numa capacidade infinda de Amor.
Cada silêncio na vida é como um balde vazio onde aos poucos Alguém vai insuflando gotas de Fé que deixam a alma perturbada mais sossegada, nos momentos em que o egoísmo a quer encher de superficialidades que O fazem esquecer,.
Cada silêncio na vida é o restauro paz depois da morte da serpente e o restauro do canto do rouxinol.
Cada silêncio na vida é a ligação da cruz aos desaires que nos acometem no peregrinar da caminhada terrena.
Cada silêncio na vida é reparar o passado, viver o presente e confiar no amanhã, num amor a dois.
Cada silêncio na vida é de graças ao Pai que continua a moldar o barro, num sentido de eternidade!
M.R.Guerra

PALAVRA DO SENHOR PARA O DIA DE HOJE COM OS ARAUTOS DO EVANGELHO

Evangelho segundo São Lucas 6,39-42
Naquele tempo: 39Jesus contou uma parábola aos discípulos: 'Pode um cego guiar outro cego?
Sexta-feira, 10 de Setembro de 2010.
SANTO DO DIA: São Nicolau de Tolentino; Santo Autberto, Bispo
Primeira Leitura - Coríntios 9,16-19.22b-27
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:
Irmãos: Pregar o evangelho não é para mim motivo de glória. É antes uma necessidade para mim, uma imposição. Ai de mim se eu não pregar o evangelho! 17Se eu exercesse minha função de pregador por iniciativa própria, eu teria direito a salário. Mas, como a iniciativa não é minha, trata-se de um encargo que me foi confiado. 18Em que consiste então o meu salário? Em pregar o evangelho, oferecendo-o de graça, sem usar os direitos que o evangelho me dá. 19Assim, livre em relação a todos, eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. 22bCom todos, eu me fiz tudo, para certamente salvar alguns. 23Por causa do evangelho eu faço tudo, para ter parte nele. 24Acaso não sabeis que os que correm no estádio correm todos juntos, mas um só ganha o prêmio.? Correi de tal maneira que conquisteis o prêmio. 25Todo atleta se sujeita a uma disciplina rigorosa em relação a tudo, e eles procedem assim, para receberem uma coroa corruptível. Quanto a nós, a coroa que buscamos é incorruptível! 26Por isso, eu corro, mas não à toa. Eu luto, mas não como quem dá murros no ar. 27Trato duramente o meu corpo e o subjugo, para não acontecer que, depois de ter proclamado a boa nova aos outros, eu mesmo seja reprovado.
Palavra do Senhor.
Graças a Deus

Salmo 83
Minha alma desfalece de saudades e anseia pelos átrios do Senhor! Meu coração e minha carne rejubilam e exultam de alegria no Deus vivo!
R: Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!
Mesmo o pardal encontra abrigo em vossa casa, e a andorinha ali prepara o seu ninho, para nele seus filhotes colocar: vossos altares, ó Senhor Deus do universo! vossos altares, ó meu Rei e meu Senhor!
R: Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!
Felizes os que habitam vossa casa; para sempre haverão de vos louvar! Felizes os que em vós têm sua força, e se decidem a partir em romaria!
R: Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!
O Senhor Deus é como um sol, é um escudo, e largamente distribui a graça e a glória. O Senhor nunca recusa bem algum àqueles que caminham na justiça.
R: Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!


Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 6,39-42
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo: 39Jesus contou uma parábola aos discípulos: 'Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco? 40Um discípulo não é maior do que o mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre. 41Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio olho? 42Como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão.

- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor



Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Agostinho (354-430)
Bispo de Hipona (África do Norte) e Doutor da Igreja
Explicação do Sermão da montanha, 19 (a partir da trad. DDB 1978, p.134)
«O argueiro e a trave»
«Como podes dizer ao teu irmão: 'Irmão, deixa-me tirar o argueiro da tua vista', tu que não vês a trave que está na tua? Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e, então, verás para tirar o argueiro da vista do teu irmão». Quer isto dizer: afasta primeiro, para longe de ti, o ódio: poderás então corrigir aquele a quem amas. E Ele diz «hipócrita» justamente. Censurar os vícios deve ser a atitude própria dos homens justos e bondosos. Ao fazê-lo, os homens maus usurpam um papel; fazem lembrar comediantes que escondem por detrás de uma máscara a sua identidade [...].

Quando tivermos de censurar ou corrigir, façamos com escrupulosa preocupação esta pergunta a nós próprios: será que nunca cometemos esse erro? E ficámos curados dele? Mesmo se nunca o tivermos cometido, lembremo-nos de que somos humanos e de que podíamos tê-lo cometido. Se por outro lado o tivermos cometido no passado, lembremo-nos da nossa fragilidade para que a benevolência e não o ódio nos dite reprovação ou censura. Venha o culpado a tornar-se melhor ou pior com a nossa censura benévola - pois o resultado é incerto -, ficaremos ao menos seguros de que o nosso olhar se manteve puro. Mas se na introspecção descobrirmos em nós o mesmo defeito que pretendemos repreender, em vez de admoestar com reprimendas o culpado, choremos com ele; não lhe peçamos que nos obedeça, mas que partilhe o nosso esforço

8 de setembro de 2010

33 OS MINEIROS SOTERRADOS

OS INSTANTES DA VIDA

33 os mineiros soterrados,
33 as almas sofridas,
33 os corpos agastados,
33 as vidas choradas,
33 as famílias aos ais,
33 os benditos do Senhor,
33 as saudades inconsoláveis,
33 os desejos viáveis,
33 os corações ansiosos,
33 horrores de penar,
33 em noites perniciosas,
33 as dúvidas fatais,
33 os homens a rezar,
33 corpos em perigo vital,
33 acasos soluçantes
33 orações suplicantes
33 tristezas sem ódio
33 sóis que a luz irradia
33 heróis. noite e dia,
33 servos em fraternidade,
33 dias no duro do mês,
33 instantes de cada vez,
33 estrelas no escuro,
33 luzes fulcrando duro,
33 canções que doem,
33 rotinas que moem,
33 sonhos de vida,
33 amores em segredo,
33 olhares de medo,
33 instantes de esperança,
33 faróis em liderança,
33 almas de gente,
33 astros a clarear,
33 rostos que riem,
33 penas em tom clemente,
33 rostos de meigo olhar,
33 almas movendo o mundo,
33 cristãos de ardor profundo,
33 servos com Deus a seu lado,
33 famílias fitando os céus,
33x3 louvando a Deus,
em irmandade consumada,
em oração redobrada,
33 momentos de orada
em orações à porfia
ao coração bom de Maria!

de Maria do Rosário Guerra

PAPA ENVIA TERÇOS PARA OS MINEIROS

Chile: Papa envia terços para mineiros soterrados
O Vaticano continua a acompanhar atentamente a situação dos 33 mineiros que estão presos na mina de São José, no Chile, procurando transmitir força e esperança às vítimas e suas famílias.

Segundo a agência EFE, os 33 mineiros receberam no dia 2 um conjunto de terços benzidos pelo Papa.

O bispo de Santiago do Chile, D. Francisco Errázuriz, foi ao local levar os rosários e manteve um breve diálogo com os soterrados, incentivando-os a ultrapassar esta adversidade.

O prelado celebrou ainda uma missa, em pleno deserto de Atacama, onde a mina se encontra, congregando os familiares dos trabalhadores vítimas do acidente.

Recorde-se que os mineiros estão presos desde o dia 5 de Agosto, a 700 metros de profundidade, depois de um desmoronamento num dos túneis da mina.

Por agora, a situação das vítimas é estável, dentro do possível. Depois de um período em que fizeram um tratamento de nutrição especial, estão agora a receber alimentação normal.

Três dos mineiros apresentam lesões menores na pele, que os médicos acreditam serem motivadas pelas vacinas que receberam, contra doenças como a difteria, gripe ou tétano.

As equipas de salvamento estão a trabalhar na perfuração do túnel, para proceder ao resgate. Várias soluções de salvamento já foram debatidas, a última das quais a utilização de uma máquina utilizada na perfuração petrolífera, devido à profundidade que está em causa.

O prazo calculado para o resgate das vítimas aponta para um período de 3 a quatro meses
Evangelho segundo São Mateus 1,1-16.18-23
1Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. 2Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacó; Jacó gerou Judá e seus irmãos.
Quarta-feira, 8 de Setembro de 2010.
SANTO DO DIA: Natividade da Santíssima Virgem; Beata Serafina Sforza, religiosa
Primeira Leitura: Profecia de Miquéias 5,1-4a
Leitura da Profecia de Miquéias:
Assim diz o Senhor: 1Tu, Belém de Éfrata, pequenina entre os mil povoados de Judá, de ti há de sair aquele que dominará em Israel; sua origem vem de tempos remotos, desde os dias da eternidade. 2Deus deixará seu povo ao abandono, até ao tempo em que uma mãe der à luz; e o resto de seus irmãos se voltará para os filhos de Israel. 3Ele não recuará, apascentará com a força do Senhor e com a majestade do nome do Senhor seu Deus; os homens viverão em paz, pois ele agora estenderá o poder até aos confins da terra, 4e ele mesmo será a Paz.
-
Palavra do Senhor.
- Graças a Deus

Salmo 70
Sois meu apoio desde antes que eu nascesse, desde o seio maternal, o meu amparo: para vós o meu louvor eternamente!
R: Exulto de alegria no Senhor.
Uma vez que confiei no vosso amor, meu coração, por vosso auxílio, rejubile, e que eu vos cante pelo bem que me fizestes!
R: Exulto de alegria no Senhor.

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 1,1-16.18-23
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus:
1Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. 2Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacó; Jacó gerou Judá e seus irmãos. 3Judá gerou Farés e Zara, cuja mãe era Tamar. Farés gerou Esrom; Esrom gerou Aram; 4Aram gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson; Naasson Gerou Salmon; 5Salmon gerou Booz, cuja mãe era Raab. Booz gerou Obed, cuja mãe era Rute. Obed gerou Jessé. 6Jessé gerou o rei Davi. Davi gerou Salomão, daquela que tinha sido a mulher de Urias. 7Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; 8Asa gerou Josafá; Josafá gerou Jorão; Jorão gerou Ozias; 9Ozias gerou Jotão; Jotão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; 10Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias. 11Josias gerou Jeconias e seus irmãos, no tempo do exílio na Babilônia. 12Depois do exílio na Babilônia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel; 13Zorobabel gerou Abiud; Abiud gerou Eliaquim; Eliaquim gerou Azor; 14Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud; 15Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Mató; Mató gerou Jacó. 16Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo. 18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. 20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: "José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados". 22Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: 23"Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco".
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor

OPCIONAL:
Primeira Leitura: Carta de São Paulo aos Romanos 8,28-30
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:
Irmãos: 28Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados para a salvação, de acordo com o projeto de Deus. 29Pois aqueles que Deus contemplou com seu amor desde sempre, a esses ele predestinou a serem conformes à imagem de seu Filho, para que este seja o primogênito numa multidão de irmãos. 30E aqueles que Deus predestinou, também os chamou. E aos que chamou, também os tornou justos; e aos que tornou justos, também os glorificou.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus


Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 1,18-23
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus:
18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. 20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: "José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados". 22Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: 23"Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco".
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor




Comentário ao Evangelho do dia feito por São João Damasceno (c. 675-749)
Monge, teólogo, Doutor da Igreja - Homilia sobre a Natividade da Virgem Maria (a partir da trad. cf SC 80, p. 48)
Uma mãe digna d'Aquele que a criou
Vinde, todas as nações; vinde, homens de todas as raças, de todas as línguas, de todas as idades, de todas as dignidades. Com alegria, festejemos a natividade da alegria do mundo inteiro! Se até os pagãos honram o aniversário do seu rei [...], que não deveríamos nós fazer para honrar o da Mãe de Deus, por quem toda a humanidade foi transformada, por quem a dor de Eva, nossa primeira mãe, foi transformada em alegria! Com efeito, Eva ouviu a sentença de Deus: «Darás à luz na dor» (Gn 3, 16); e Maria: «Regozija-te, ó cheia de graça [...], o Senhor está contigo» (Lc 1, 28). [...]
Que toda a criação esteja em festa e cante o santo parto de uma santa mulher, pois ela trouxe ao mundo um tesouro indestrutível. [...] Por ela, o Verbo criador de Deus uniu-Se a toda a criação, e nós festejamos o fim da esterilidade humana, o fim da enfermidade que nos impedia de possuir o bem. [...] A natureza deu lugar à graça. [...] Como a Virgem Mãe de Deus devia nascer de Ana, a estéril, a natureza permaneceu sem fruto até que a graça deu à luz o seu fruto. Era preciso que fosse aquela que ia dar à luz «o Primogénito de todas as criaturas», em que «tudo subsiste» (Col 1, 15.17), a abrir o seio de sua mãe.

Joaquim e Ana, casal bem aventurado! Toda a criação está em dívida para convosco; por vós, ela ofereceu ao Criador o melhor dos seus dons: uma Mãe digna de veneração, a única Mãe digna d'Aquele que a criou
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