23 de agosto de 2009

NO FINDAR DUM NOVO DIA







Final do dia.
Que final ?
Se a vida é continuidade quer dormamos quer estejamos acordados... Há que prosseguir numa interligação entre passado e presente, o presente e o agora, o já ,noite e dia, hoje e amanhã, dores e alegrias, passagens permanentes nos mesmos lugares sem outra novidade que não seja o sempre novo em toda e qualquer ocasião. A rotina é escuridão, é obstáculo para essa novidade que o Espírito Santo nos dá a conhecer.
Ainda outro dia ouvia falar duma peregrinação à Terra Santa na Canção Nova. De momento senti tristeza por nela não participar.
Começou o desenrolar das caminhadas, dos encontros meditados nos diversos locais por onde passaram os peregrinos. Quando me apercebi, já participava com eles em tudo, como se ali estivesse. Rezei pelo cansaço que já sentiam e o meu desejo era que levassem a bom termo esta mensagem de Amor.
No final, sem que deixasse a casa, pareceu-me que também eu fora. Já Santa Teresinha, sem deixar o Carmelo estava em todo o mundo.
Conto este episódio porque nem todos precisam do exterior com a mesma intensidade.
Neste final do dia estou em paz. Calei e amei, perdoei, pedi perdão e fui perdoada. Que mais é necessário se procurei servir?
Somente o abandono, a continuação do barro nas mãos do OLEIRO e sem outras aspirações de que o Amor sejam a única viagem que assinale os meus caminhos.
Que Deus seja louvado a cada momento com a cruz que ele nos envia a cada instante.
O barro nas mão do Oleiro

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