O drama como nós hoje o entendemos, é, no fundo, a tragédia clássica transformada sob a influência do romantismo.
A influência romântica é, porém, de origem religiosa:- Na Idade Média, primeiro os clérigos dentro das próprias igrejas, depois sociedades de actores laicos, representavam por piedade e para edificar os fiéis, dramas sagrados (milagres ou mistérios), pondo em cena os principais factos do Antigo Testamento, da vida de Cristo, da História do Cristianismo.
Estes dramas tinham, pois, um carácter, acentuadamente religioso e ainda assim é , nos nossos dias, nas representações decenais d'Oberammergam, na Baviera.
Na França, o mistério foi o grande e o supremo esforço da Idade Média, embora não apareça uma única obra prima. O mesmo se deu nas outras nações.
Só a literatura neerlandesa tem a glória de possuir modelos:"Lúcifer" de Vondel, é o tipo do mistério. Xavier Marmier, disse algures, que "Lúcifer"(esta grande e bela obra) "seria suficiente para arrancar a lieratura holandesa do esquecimento".
Vondel, o príncipe da literatura holandesa, fez no "Lúcifer" um drama que ele próprio expõe no prefácio da sua obra. Ele via na rebelião de "Lúcifer" contra o decreto divino, a rebelião- tipo de que nasceram todas as outras.
Ele quis pôr em cena o carácter desse acontecimento sobrenatural: Dum lado a hipocrisia dos factores da desordem simulando os seus intuitos pérfidos, sob a máscara da legalidade .e. do outro lado a acção da Providência que esmaga e sustenta o poder legítimo por ela estabelecido para o bem dos povos.
Como nos outros povos, a origem do drama inglês é também religiosa; Os servidores da igreja explicavam ao povo, por meio de espectáculos, a religião cristã e foram padres e monges os primeiros animadores. As mais antigas peças do teatro inglês são escritas em latim e francês e ascendem ao século XII. A laicisação deu-se em fins do século XIV, quando os burgueses se apoderaram dos mistérios, se bem que estes espectáculos, até Shakespeare, nunca desmentissem a sua origem religiosa, visto que continuavam a representar-se em dias santos: Natal, Páscoa e Pentecostes.
Compreende-se que o cómico penetrasse nos espectáculos: A par do princípio do bem existe o do mal- Deus e o Diabo.
Este desempenhava no antigo teatro inglês um papel importante como personagem cómico, palhaço que o povo "Temia" e do qual se vingava naquelas ocasiões, rindo e troçando-o.
O máximo realismo dos mistérios era regra,pois naqueles tempos, não havia nada mais verdadeiro do que as narrações da Bíblia.
Além disto verifica-se também a adaptação das cenas à época(quando os Judeus acusam Jesus a Pilatos, este diz-lhes que apresentem a acusação em Parlamento.
O drama religioso representou-se durante mais de quatro séculos e foram representadas entre outros lugares, perante a rainha Isabel, em Conventry.
Segundo informações da época, os habitantes dos arredores levavam os filhos aos espectáculos, sendo possível que o pai de Shakespeare,o Burgomestre de Conventry,assistisse a eles e levasse o filho.
A evolução dos mistérios não parou,mantendo-se a par das representações seculares e dando depois origem ás moralidades.
O entusiasmo porém foi decaindo e morreu com a reforma e com a tradução da Bíblia tornando-a acessível ao povo. O drama popular liberta-se de todo da igreja. Começam então, nas moralidades, a aparecer personificações em alegorias: a virtude, a alma, a morte, o vício, etc
Os milagres e peças morais, com todas as deficiências, eram contudo admiráveis de elevação e de ideal, pelos temas assombrosos e que influenciavam a sociedade.
Uma parte da dissertação para licenciatura em Germânicas, na Universidade em Coimbra a quando minha mãe defendeu tese em 1926, sobre "Shahespeare no teatro inglês", reparamos como a Igreja, através dos tempos, foi evoluindo e como era forte a sua acção na sociedade.
A influência romântica é, porém, de origem religiosa:- Na Idade Média, primeiro os clérigos dentro das próprias igrejas, depois sociedades de actores laicos, representavam por piedade e para edificar os fiéis, dramas sagrados (milagres ou mistérios), pondo em cena os principais factos do Antigo Testamento, da vida de Cristo, da História do Cristianismo.
Estes dramas tinham, pois, um carácter, acentuadamente religioso e ainda assim é , nos nossos dias, nas representações decenais d'Oberammergam, na Baviera.
Na França, o mistério foi o grande e o supremo esforço da Idade Média, embora não apareça uma única obra prima. O mesmo se deu nas outras nações.
Só a literatura neerlandesa tem a glória de possuir modelos:"Lúcifer" de Vondel, é o tipo do mistério. Xavier Marmier, disse algures, que "Lúcifer"(esta grande e bela obra) "seria suficiente para arrancar a lieratura holandesa do esquecimento".
Vondel, o príncipe da literatura holandesa, fez no "Lúcifer" um drama que ele próprio expõe no prefácio da sua obra. Ele via na rebelião de "Lúcifer" contra o decreto divino, a rebelião- tipo de que nasceram todas as outras.
Ele quis pôr em cena o carácter desse acontecimento sobrenatural: Dum lado a hipocrisia dos factores da desordem simulando os seus intuitos pérfidos, sob a máscara da legalidade .e. do outro lado a acção da Providência que esmaga e sustenta o poder legítimo por ela estabelecido para o bem dos povos.
Como nos outros povos, a origem do drama inglês é também religiosa; Os servidores da igreja explicavam ao povo, por meio de espectáculos, a religião cristã e foram padres e monges os primeiros animadores. As mais antigas peças do teatro inglês são escritas em latim e francês e ascendem ao século XII. A laicisação deu-se em fins do século XIV, quando os burgueses se apoderaram dos mistérios, se bem que estes espectáculos, até Shakespeare, nunca desmentissem a sua origem religiosa, visto que continuavam a representar-se em dias santos: Natal, Páscoa e Pentecostes.
Compreende-se que o cómico penetrasse nos espectáculos: A par do princípio do bem existe o do mal- Deus e o Diabo.
Este desempenhava no antigo teatro inglês um papel importante como personagem cómico, palhaço que o povo "Temia" e do qual se vingava naquelas ocasiões, rindo e troçando-o.
O máximo realismo dos mistérios era regra,pois naqueles tempos, não havia nada mais verdadeiro do que as narrações da Bíblia.
Além disto verifica-se também a adaptação das cenas à época(quando os Judeus acusam Jesus a Pilatos, este diz-lhes que apresentem a acusação em Parlamento.
O drama religioso representou-se durante mais de quatro séculos e foram representadas entre outros lugares, perante a rainha Isabel, em Conventry.
Segundo informações da época, os habitantes dos arredores levavam os filhos aos espectáculos, sendo possível que o pai de Shakespeare,o Burgomestre de Conventry,assistisse a eles e levasse o filho.
A evolução dos mistérios não parou,mantendo-se a par das representações seculares e dando depois origem ás moralidades.
O entusiasmo porém foi decaindo e morreu com a reforma e com a tradução da Bíblia tornando-a acessível ao povo. O drama popular liberta-se de todo da igreja. Começam então, nas moralidades, a aparecer personificações em alegorias: a virtude, a alma, a morte, o vício, etc
Os milagres e peças morais, com todas as deficiências, eram contudo admiráveis de elevação e de ideal, pelos temas assombrosos e que influenciavam a sociedade.
Uma parte da dissertação para licenciatura em Germânicas, na Universidade em Coimbra a quando minha mãe defendeu tese em 1926, sobre "Shahespeare no teatro inglês", reparamos como a Igreja, através dos tempos, foi evoluindo e como era forte a sua acção na sociedade.
2 comentários:
vamo domina o site porra!pinto russiu esteve aki
sai desse site agora eleé meuuu! esse site é pequeno demais pra noiz doiz
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