20 de abril de 2008

O SACRAMENTO DO AMOR




A irmã Josefa Menéndez recebeu revelações durante a sua curta vida sobre o Amor misericordioso de Jesus. No seu livro" O caminho do Amor Divino" lemos o seguinte apelo à devoção eucarística:
"Diz aos homens que, na hora da Santa Ceia, não podendo conter o fogo que Me consome, inventei esta maravilha do Amor que é a Eucaristia. Porque a Eucaristia é a invenção do Amor!
É por amor às almas que sou Prisioneiro na Eucaristia. Ali permaneço para que possam vir com todas as suas mágoas, consolar-me junto do mais terno e melhor dos pais e do Amigo que nunca as abandona. E esse amor que não se esgota e se consome pelo bem das almas ,mas não encontra correspondência...!
À! Pobres pecadores! Não vos afasteis de Mim! Noite e dia, espero-vos no Tabernáculo... Não vos censurarei os crimes cometidos, não vo-los lançarei à face.
Não vos deixeis arrastar por mil preocupações inúteis e reservai um momento para visitar e receber o Prisioneiro do Amor!
Quando o vosso corpo está enfraquecido ou doente, não encontrais tempo para ir ao médico para vos curar ? Vinde, pois, Àquele que pode dar à vossa alma força e saúde e dai uma esmola de Amor a Este Prisioneiro divino que vos espera, chama e deseja !
Habito entre os pecadores para lhes ser a Salvação, a Vida, o Médico, e ao mesmo tempo o Remédio em todas as doenças geradas pela natureza corrompida. Em paga, eles afastam-se, ultrajam-me e desprezam-Me!
No entanto, estou no Tabernáculo toda a noite e espero. Desejo ardentemente que me venham receber, que me peçam conselho e solicitem a graça de que precisam.
Ó vós, almas queridas, porque sois tão frias e indiferentes ao meu Amor? Não tereis um instante para Me dar alguma prova de Amor e gratidão?
Tenho uma sede ardente de ser amado pelos homens no Santíssimo Sacramento, e não encontro quase ninguém que se esforce por satisfazer esse desejo e que retribua esse Amor!"

Estas palavras, Jesus dirige-as a cada um de nós...É do Sacrário da Igreja paroquial, onde Ele está encerrado, dia e noite. que também nos faz um afectuoso convite: não tens um minuto do teu dia para Me vires visitar?

Os Anjos foram criados por Deus para O adorar e glorificar. Oferecem actos de louvor a Deus de uma perfeição que não podemos, nem de longe, imaginar. Mas a Adoração desses milhões de espíritos celestes, que perdurará por toda a eternidade, nunca chegará a agradar tanto a Deus, nem merecerá d'Ele tantas graças como uma só Missa.
DO mesmo modo, nem oa Apóstolos, que tanto amaram a Deus, nem os mártires, que por amor d'Ele derramaram o sangue nomeio de atrozes suplícios, nem mesmo todos os santos com os seus milagres, penitências e orações, deram nem darão a Deus tanta glória como a de uma só Missa.
Podemos tomar por exemplo, Jó, homem de tão grande virtude que, a respeito dele, o Ou ainda se nos lembrarmos de S. Paulo, chamado pelo próprio Deus de "instrumento escolhido para levar o meu nome á nações, aos Reis e aos filhos de Israel"(Act 9-15), ele só, trabalhou mais que todos os outros Apóstolos, sofreu por Jesus Cristo imensas penas, por ele mesmo enumeradas(2 Cor 11,24-32) e foi arrebatado ao terceiro céu. Podemos, por fim, pensar em S. Antão que viveu no deserto, na solidão e na prática da mais dura e contínua penitência, ou em S.Francisco de Assis cujo Amor a Deus era tão grande que mereceu ser chamado de "SERAFIM"
Embora a vidas desses santos tenham sido contínua e fervorosa oração, uma longa série de heróicas penitências, nada são comparadas com a celebração da Eucaristia.
Porquê? Porque assim com o vasto oceano, e como uma gota de água não tem proporção com o vasto oceano, e como a fraca luz de uma vela se perde na claridade do sol, assim também nada são as orações, as boas obras, as penitência, os méritos de todas as criaturas em comparação com o menor acto do Criador, que tem sempre um valor infinito. Deus imolou todos os tesouros da sua Sabedoria,Poder e Amor, imolando-se na cruz. E O imolar-se no altar é a renovação na Cruz.

A nosa alma não pode deixar de transbordar de reconhecimento, de enlevo e de gratidão por aquilo que o Divino Salvador operou na Santa Ceia.
"O Senhor Jesus, na noite que ia ser entregue"(i Cor 11.23), instituiu o sacrifício eucarístico do seu corpo e sangue. As palavras do Apóstolo Paulo recordam-nos as circunstãncis dramáticas em que nasceu a Eucaristia. Esta tem indelevelmente inscrito nela, o evento da paixão e morte do Senhor. Não é só evocação, mas a presença sacramental. É o sacrifício da cruz que se perpectua através dos séculos.
Não pensamos que, em cada dia que passa, podemos assistir à renovação não sangrenta do que se passou no Monte do Calvário, na celebração da Santa Missa!
Façamos pois,sempre que possível, para bem da nossa alma partilhar nela, recolher os frutos da participação da Santa Eucaristia.
S. Jerónimo diz;"Sem dúvida alguma, o Senhor concede-nos quantas graças lhe pedirmos, contanto que nos sejam convenientes. E mais ainda,concede-nos até, algumas vezes,o que não pedimos nem necessitamos".

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