28 de novembro de 2012

ADVENTO

Começamos novo Ano Litúrgico e um novo ciclo da liturgia com o Advento, tempo de preparação para o nascimento de Jesus Cristo no Natal. É hora de renovação das esperanças, com a advertência do próprio Cristo, quando diz: “Vigiai!”, para não sermos surpreendidos.



A chegada do Natal, preparado pelo ciclo do Advento, é a realização e confirmação da Aliança anunciada no passado pelos profetas. É a Aliança do amor realizada plenamente em Jesus Cristo e na vida de todos aqueles que praticam a justiça e confiam na Palavra de Deus.

Estamos em tempo de educação de nossa fé, quando Deus se apresenta como oleiro, que trabalha o barro, dando a ele formas diversas. Nós somos como argila, que deve ser transformada conforme a vontade do oleiro. É a ação de Deus em nossa vida, transformando-a de Seu jeito.

Neste caminho de mudanças, Deus nos deu diversos dons conforme as possibilidades de cada um. E somos conduzidos pelas exigências da Palavra de Deus. É uma trajetória que passa pela fidelidade ao Todo-poderoso e ao próximo, porque ninguém ama a Deus não amando

também o seu irmão.

O Advento é convocação para a vigilância. A vida pode ser cheia de surpresas e a morte chegar quando não esperamos. Por isso é muito importante estar diuturnamente acordado e preparado, conseguindo distanciar-se das propostas de um mundo totalmente afastado de Deus.

Outro fato é não desanimar diante dos tipos de dificuldades e de motivações que aparecem diante nós. Estamos numa cultura de disputa por poder, de ocupar os primeiros lugares sem ser vigilantes na prestação de serviço. Quem serve, disse Jesus, é “servo vigilante”.

Confiar significa ter a sensação de não estar abandonado por Deus. Com isso, no Advento vamos sendo moldados para acolher Jesus no Natal como verdadeiro Deus. Aquele que nos convoca a abandonar o egoísmo e seguir Jesus Cristo.

Preparar-se para o Natal já é ter a sensação das festas de fim de ano. Não sejamos enganados pelas propostas atraentes do consumismo. O foco principal é Jesus Cristo como ação divina em todo o mundo.



Dom Paulo Mendes Peixoto

Bispo de São José do Rio Preto

13 de novembro de 2012

A VIDA CONTINUA

QUE SAUDADES QUE JÁ TINHA
 DESTE MEU BELO CANTINHO
AONDE SÓ TU E EU...
A FALAR SÓ TU E EU...
DAS NOSSAS ÂNSIAS DE VIDA
ONDE O ELO DAS LIDAS
ERA SEMPRE O AMOR DO CÉU...

E AQUI, HOJE ESTOU
A CONTAR-TE  COMO VOU
DEPOIS DE TANTO CALAR!...

MAIS SILENTE E ACABADA,
MAIS SÓ E ABANDONADA,
MAS CONTENTE SEM MAIS NADA!

21 de junho de 2012

SÃO JOÃO BATISTA

CARTA DE UM NACITURO

CARTA DE UM NACITURO ABORTADO

Oi mamãe, tudo bom?Eu estou bem, graças a Deus faz apenas alguns dias que você me concebeu em sua barriguinha. Na verdade, não posso explicar como estou feliz em saber que você será minha mamãe, outra coisa que me enche de orgulho é ver o amor com que fui concebido.


Tudo parece indicar que eu serei a criança mais feliz do mundo!!!!!

Mamãe, já passou um mês desde que fui concebido e já começo a ver como o

meu corpinho começa a se formar. Quer dizer… Não estou tão lindo como você, mas me dê uma oportunidade. Estou muito feliz!!!!!!

Mas tem algo que me deixa preocupado…

Ultimamente me dei conta de que há algo na sua cabeça que não me deixa dormir. Mas tudo bem. Isso vai passar, não se desespere.

Mamãe, já passaram dois meses e meio. Estou muito feliz com minhas novas mãos e tenho vontade de usá-las para brincar…

Mamãezinha me diga o que foi. Por que você chora tanto todas as noites?? Porque quando você e o papai se encontram gritam tanto um com o outro? Vocês não me querem mais ou o que? Vou fazer o possível para que me queiram…

Já passaram 3 meses mamãe. Te noto muito deprimida, não entendo o que está acontecendo. Estou muito confuso. Hoje de manhã fomos ao médico e ele marcou uma visita amanhã. Não entendo… Eu me sinto muito bem…. Por acaso você se sente mal mamãe?

Mamãe, já é dia, onde vamos? O que está acontecendo mamãe?? Porque choras?? Não chore, não vai acontecer nada…

Mamãe, não se deite, ainda são 2 horas da tarde, não tenho sono, quero continuar brincando com minhas mãozinhas.

Ei!!!!!! O que esse tubinho está fazendo na minha casinha?? É um brinquedo novo?? Olha!!!!!! Ei, porque estão sugando minha casa?? Mamãe!!!! Espere, essa é a minha mãozinha!!!! Moço, porque a arrancou?? Não vê que me machuca??

Mamãe, me defenda!!!!!! Mamãe, me ajude!!!!!!!! Não vê que ainda sou muito pequeno para me defender sozinho??

Mãe, a minha perninha, estão arrancando. Diga para eles pararem, juro a você que vou me comportar bem e que não vou mais te chutar. Como é possível que um ser humano possa fazer isso comigo? Ele vai ver só quando eu for grande e forte! >:(

Ai….. Mamãe, já não consigo mais…

Ai….. Mamãe, mamãe, me ajude………..

Mamãe, já se passaram 17 anos desde aquele dia e eu daqui de cima observo como ainda te machuca ter tomado aquela decisão.

Por favor, não chore! Lembre-se que te amo muito e que estarei aqui te esperando com muitos abraços e beijos.

Te amo muito



Seu bebê.”



10 de junho de 2012

O VALOR DOS PAIS



· .O VALOR DOS PAIS!

Um jovem de nível académico excelente, candidatou-se à posição de gerente de uma grande empresa.

Passou a primeira entrevista e o director fez a última, tomando a última decisão.

O director descobriu, através do currículo, que as suas realizações académicas eram excelentes em todo o percurso, desde o secundário até à pesquisa da pós-graduação e não havia um ano em que não tivesse pontuado com nota máxima.

O director perguntou, "Tiveste alguma bolsa na escola?"

O jovem respondeu, "nenhuma".

O director perguntou, "Foi seu pai quem pagou as suas mensalidades ?" o jovem respondeu, "O meu pai faleceu quando eu tinha apenas um ano, foi a minha mãe quem pagou as minhas mensalidades."

O director perguntou, "Onde trabalha a sua mãe?" - e o jovem respondeu: "A minha mãe lava roupa."

O director pediu que o jovem lhe mostrasse as suas mãos. O jovem mostrou um par de mãos macias e perfeitas.

O director perguntou, "Alguma vez ajudou sua mãe lavar as roupas?" - o jovem respondeu: "Nunca, a minha mãe sempre quis que eu estudasse e lesse mais livros. Além disso, a minha mãe lava a roupa mais depressa do que eu."

O director disse, "Eu tenho um pedido. Hoje, quando voltar, vá e limpe as mãos da sua mãe e depois venha ver-me amanhã de manhã."

O jovem sentiu que a hipótese de obter o emprego era alta. Quando chegou em casa, pediu, feliz, à mãe que o deixasse limpar as suas mãos. A mãe achou estranho, estava feliz, mas com um misto de sentimentos e mostrou as suas mãos ao filho.

O jovem limpou lentamente as mãos da mãe. Uma lágrima escorreu-lhe enquanto o fazia. Era a primeira vez que reparava que as mãos da mãe estavam muito enrugadas e havia demasiadas contusões nas suas mãos. Algumas eram tão dolorosas que a mãe se queixava quando limpava com água.

Esta era a primeira vez que o jovem percebia que este par de mãos que lavavam roupa todo o dia tinham-lhe pago as mensalidades. As contusões nas mãos da mãe eram o preço a pagar pela sua graduação, excelência académica e o seu futuro.

Após acabar de limpar as mãos da mãe, o jovem silenciosamente lavou as restantes roupas pela sua mãe.

Nessa noite, mãe e filho falaram por um longo tempo.

Na manhã seguinte, o jovem foi ao gabinete do director.

O director percebeu as lágrimas nos olhos do jovem e perguntou, "Diz-me, o que fez e que aprendeu ontem em sua casa?"

O jovem respondeu, "Eu limpei as mãos da minha mãe e ainda acabei de lavar as roupas que sobraram."

O director pediu, "Por favor, diz-me o que sentiu."

O jovem disse "Primeiro, agora sei o que é dar valor. Sem a minha mãe, não haveria um eu com sucesso hoje. Segundo, ao trabalhar e ajudar a minha mãe, só agora percebi a dificuldade e dureza que é ter algo pronto. Em terceiro, agora aprecio a importância e valor de uma relação familiar."

O director disse, "Isto é o que eu procuro para um gerente. Eu quero recrutar alguém que saiba apreciar a ajuda dos outros, uma pessoa que conheça o sofrimento dos outros para terem as coisas feitas e uma pessoa que não coloque o dinheiro como o seu único objectivo na vida. Está contratado."

Mais tarde, este jovem trabalhou arduamente e recebeu o respeito dos seus subordinados. Todos os empregados trabalhavam diligentemente e como equipe. O desempenho da empresa melhorou tremendamente.

Uma criança que foi protegida e teve habitualmente tudo o que quis se desenvolverá mentalmente e sempre se colocará em primeiro. Ignorará os esforços dos seus pais e quando começar a trabalhar, assumirá que todas as pessoas o devem ouvir e quando se tornar gerente, nunca saberá o sofrimento dos seus empregados e sempre culpará os outros. Para este tipo de pessoas, que podem ser boas academicamente, podem ser bem sucedidas por um tempo, mas eventualmente não sentirão a sensação de objectivo atingido. Irão resmungar, estar cheios de ódio e lutar por mais.

Se somos esse tipo de pais, estamos realmente a mostrar amor ou estamos a destruir o nosso filho?

Pode-se deixar seu filho viver numa grande casa, comer boas refeições, aprender piano e ver televisão num grande TV em plasma. Mas quando cortar a grama, por favor, deixe-o experimentar isso. Depois da refeição, deixe-o lavar o seu prato juntamente com os seus irmãos e irmãs. Deixe-o guardar seus brinquedos e arrumar sua própria cama. Isto não é porque não tem dinheiro para contratar uma empregada, mas porque o quer é amar e ensinar como deve de ser. Quer que ele entenda que não interessa o quão ricos os seus pais são, pois um dia ele irá envelhecer, tal como a mãe daquele jovem. A coisa mais importante que os seus filhos devem entender é a apreciar o esforço e experiência da dificuldade e aprendizagem da habilidade de trabalhar com os outros para fazer as coisas.

Quais são as pessoas que ficaram com mãos enrugadas por mim?

O valor de nossos pais ...

Um dos mais bonitos textos sobre educação familiar que já li. Leitura obrigatória para nós pais e, principalmente, para os filhos

3 de junho de 2012

25 de maio de 2012

Capítulo XI



Explicação dos Três Versos da Canção


1. Esta inflamação de amor de modo ordinário não é sentida logo no princípio da noite, seja por causa da impureza do natural que lhe não permite manifestar-se, ou seja, porque a alma, não compreendendo esse novo estado, não lhe dá pacífica entrada. Entretanto, às vezes, — exista ou não esse obstáculo, — logo começa a alma a sentir-se com desejo de Deus; e quanto mais vai adiante, mais se vai aumentando nela esta afeição e inflamação de amor divino, sem que a própria alma entenda nem saiba como ou donde lhe nasce o amor e afeto. Chega por vezes a crescer tanto, no seu íntimo, essa chama e inflamação, que o espírito com ânsias de amor deseja a Deus. Realiza-se na alma, então, o que David, estando nesta noite, disse de si mesmo, com estas palavras: “Porque se inflamou o meu coração” (Sl 72, 21), — a saber, em amor de contemplação — “meus rins foram também mudados”, isto é, meus gostos e apetites sensíveis foram transformados, transportando-se da via sensitiva à espiritual, nesta secura e desaparecimento de todos eles, de que vamos falando. “E fui reduzido a nada, e aniquilado, e nada mais soube”: porque, como já dissemos, a alma, sem saber por onde vai, se vê aniquilada acerca de todas as coisas do céu e da terra nas quais costumava deleitar-se; apenas se sente enamorada, sem saber como. Algumas vezes, por crescer muito a inflamação de amor no espírito, tornam-se tão veementes as ânsias da alma por Deus, que os ossos parecem sacar-se com esta sede. A natureza desfalece perdendo seu calor e força, pela vivacidade de tão amorosa sede; pois, na verdade, a alma experimenta como esta sede de amor é cheia de vida. Era a mesma sede que David sentia e tinha dentro de si, quando disse: “Minha alma teve sede do Deus vivo” (SI 41, 3), isto é, viva foi a sede que minha alma sentiu. E sendo viva, pode-se dizer que esta sede mata. É preciso, porém, advertir que a veemência de tal sede não é contínua, senão intermitente, embora de ordinário a alma sempre a sinta algum tanto.






2. Deve-se notar bem, conforme já ficou dito, que não se experimenta desde o início este amor, mas sim a secura e vazio já referidos. Neste tempo, em vez da inflamação de amor que irá depois aumentando, sente a alma, em meio àquelas securas e vazios das potências, um constante cuidado e solicitude por Deus, com pena e receio de O não servir. Nem é pouco aceitável aos olhos de Deus este sacrifício em que o espírito está atribulado e solícito por Seu Amor. Esta solicitude e cuidado provém daquela secreta contemplação, que, depois de ter por algum tempo purificado a parte sensitiva, nas suas forças e apegos naturais, por meio das securas, vem enfim a inflamar no espírito o amor divino. Enquanto não chega a este ponto, está a alma como doente, submetida a tratamento: tudo se resume em padecer nesta obscura e árida purificação do apetite, em que se vai curando de numerosas imperfeições, e ao mesmo tempo se exercitando em grandes virtudes, para tornar-se capaz do amor de Deus, conforme diremos agora ao comentar o verso seguinte:






Oh! ditosa ventura!






1. Deus põe a alma nesta noite sensitiva a fim de purificá-la no sentido, isto é, na sua parte inferior; e assim o acomoda, submete e une ao espírito, obscurecendo o mesmo sentido em todo trabalho do discurso que lhe é então impedido. Depois, procede Deus igualmente na purificação do espírito, para o levar à união divina, pondo-o na noite espiritual de que falaremos em tempo oportuno. Destas purificações vêm à alma tão grandes proveitos, — embora a seus olhos não pareça assim, — que julga ser “grande ventura” haver saído do laço e aperto do sentido da parte inferior, mediante esta noite. E então canta o presente verso, deste modo: “Oh! ditosa ventura!” É bom assinalarmos agora quais os proveitos encontrados pela alma nesta noite escura, pois eles a levam a considerar “grande ventura” passar por tudo isso. Tais proveitos são resumidos pela alma no seguinte verso, a saber: “Saí sem ser notada”. Esta saída se refere à sujeição que a alma tinha à parte sensitiva, buscando a Deus por exercícios tão fracos, limitados e contingentes, como são os desta parte inferior. A cada passo tropeçava com mil imperfeições e ignorâncias, como já mostramos a propósito dos sete vícios capitais. De tudo a alma se liberta, pois na noite escura vão arrefecendo todos os gostos, temporais ou espirituais, e obscurecendo-se todos os raciocínios, além de lucrar outros inumeráveis bens na aquisição das virtudes, como agora vamos dizer. Será de grande satisfação e consolo para quem é levado por este caminho ver o que parece tão áspero e adverso, e tão contrário ao sabor espiritual, produzir tão grandes benefícios no espírito. Estes proveitos são conseguidos, já foi dito, quando a alma sai, segundo a afeição e operação mediante a noite, de todas as coisas criadas, elevando-se às eternas. Aí está a grande ventura e dita: de uma parte, o grande bem que é mortificar o apetite e apego em todas as coisas; de Outra parte, por serem pouquíssimas as almas que suportam e perseveram entrando por esta “porta apertada e este caminho estreito que conduz à vida”, conforme diz Nosso Senhor (Mt 7, 14). A “porta apertada” é esta noite do sentido do qual a alma é despida e despojada para poder entrar firmando-se na fé, que é alheia a todo o sentido, a fim de caminhar depois pelo “caminho estreito” que é a outra noite, a do espírito. Também nesta, continua a adiantar-se para Deus em pura fé, único meio pelo qual se une a Ele. Este caminho, por ser tão estreito, escuro e terrível, — pois não há comparação entre a noite do sentido e a obscuridade e trabalhos da noite do espírito, — é percorrido por muito poucas almas; mas em compensação, seus proveitos são incomparavelmente maiores. Começaremos agora a dizer algo sobre os benefícios da noite do sentido, com a brevidade que for possível, a fim de passar depois à outra noite.







Fonte:

Traduzido pelas Carmelitas Descalças do Convento de Santa Teresa do Rio de Janeiro.

20 de maio de 2012

NOSSA SENHORA DO BOM REMÉDIO


Nossa Senhora do Bom Remédio
1/25/2009 Estudantes Trinitários
8 de outubro


Nossa Senhora do Bom Remédio


I Celebração de Nossa Senhora do Bom Remédio


“Os religiosos Trinitários, que têm como finalidade especial honrar a Trindade divina com particular culto, promover esta fundamental devoção e exercitar as obras de misericórdia para socorrer os necessitados, já desde a origem da Ordem veneraram com singular devoção a Virgem Maria, sacrário da augusta Trindade, sob o titulo de ´Bom Remédio`... Este culto especial à Mãe de Deus, que cura os males de quantos recorrem a ela com confiança, se manteve através dos séculos..., e ainda hoje está com todo seu vigor e se mantém florescente” (Ofício das Leituras). Com estas palavras de João XXIII se sintetiza admiravelmente o modo como nós Trinitários contemplamos o mistério de Maria. Ela é antes de tudo o “Sacrário da Augusta Trindade”. Com este título se indica quem foi Maria para Deus e ante Deus. A grandeza incomparável da Virgem vem de sua especialíssima relação com Deus-Trindade.


O Pai a elegeu e a predestinou antes de todos os séculos para realizar nela a maravilha da maternidade divina. Realmente, só Maria pode dizer “...o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor” (Lc. 1,49). O Filho do eterno Pai se fez filho do homem em seu seio virginal. A íntima e insuperável união de Maria com Deus, tem lugar através do Filho de Deus que é realmente seu próprio Filho. Se Maria é o Sacrário da Santíssima Trindade, é porque Deus habitou pessoalmente nela, isto aconteceu de um modo especial no mistério da encarnação: por sua maternidade divina a virgem guarda em seu seio o Verbo eterno, e, com Ele, em íntima e indissolúvel comunhão ao Pai e ao Espírito. Pelo Espírito Santo se realizou o mistério da encarnação: ele a fecundou com seu poder, a cobriu com sua sombra, ou seja, a revestiu de Deus para que Deus mesmo se fizesse nela homem. Por isso, “que toda língua te louve, Mãe de Deus, esposa do Espírito Santo e Filha amantíssima do Pai” (Ant. 1 das Laudes). O título com que a Ordem venera a Virgem de Nazaré expressa estupendamente sua relação conosco: ela é a Mãe do Bom Remédio. E quem é o remédio dos homens, senão Jesus Cristo, seu Filho? Ele é a saúde, a salvação, o remédio de todos os males que afligem o homem, e Maria é a mãe deste: “Maria deu à luz Jesus, nos trouxe o remédio e nos deu a salvação” (Ant. 2, I Vesp.).


Mas Maria não se contentou só em dar ao mundo o Redentor que tratasse nossas feridas e curasse todas nossas enfermidades: a Virgem esteve perto de seu Filho para adiantar a hora de sua manifestação como remédio de nossas necessidades. Assim como a vemos em Caná intercedendo diante de Jesus para que desse uma solução para a falta de vinho, também a vemos ao longo de nossa historia animando e sustentando com sua maternal solicitude a obra da redenção dos cativos. Aqui não se trata de oferecer remédio a um imprevisto de pouca relevância como em Caná, e sim de interceder contra uma grande injustiça, que colocava em perigo a fé dos cativos e os conduzia à degradação de sua dignidade humana. Se Maria é a Mãe do Bom Remédio, do remédio dos homens, isto deve manifestar-se especialmente em nosso compromisso pela libertação de toda forma de escravidão (Cf. Lc 1,79). Maria nos da o que ela tem, o bom remédio, para que nós o levemos aos irmãos que carecem dele, por que sofrem em sua carne a injustiça, cuja máxima expressão é a exploração da fé em Deus, ou vivem cativos do pecado, da pobreza e da enfermidade. Ela nos dá o bom remédio conduzindo-nos para seu Filho, infundindo em nós a confiança nele, em seu amor por nós que é mais forte que a morte “fazei o que ele vos disser” (Jo 2,5). E Cristo nos manda fazer o que ele mesmo fez, levar adiante sua missão libertadora “Para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano de graça do Senhor” (Lc 4,18 ss). Mas já antes, a Virgem Maria, dando voz ao Filho que levava no ventre, celebrou antecipadamente esta missão de Cristo, quando no Magnificat canta as grandes obras do Senhor em favor dos pequenos e oprimidos: “agiu com a força do seu braço, dispersou os homens de coração orgulhoso. Depôs poderosos de seus tronos, e a humildes exaltou. Cumulou de bens a famintos e despediu ricos de mãos vazias” (Lc 1,51-53). Maria se pôs e se põe maternalmente ao lado dos discípulos de seu Filho que passam necessidade, que sofrem perseguição e estão encarcerados, para oferecer-lhes o remédio que ela tem: a saúde, a salvação, a liberdade de seu filho Jesus Cristo. A nós cabe seguir seus passos colaborando ativamente na redenção dos homens conforme o carisma próprio: para esta missão ela veio e por isso a invocamos como Mãe do Bom Remédio.


. II Maria em nossa vocação Trinitária
Todos os Institutos Trinitários veneram a Virgem Santíssima como Mãe e Patrona, porque nós Trinitários somos e nos sentimos Igreja. E Maria é Mãe da Igreja. Neste vínculo especial que nossa família religiosa tem com a Santíssima Trindade, também olha com satisfação a Santíssima Virgem e descobre nela de um modo perfeito estreitas relações com as três Pessoas. Igualmente a Família Trinitária ao ver-se dedicada à redenção dos cativos, sabe que depois de Jesus Cristo, o Divino Redentor, ninguém como Maria tem sido remédio de quantos gemem na catividade e por isso se sente particularmente ligada à Ela que tanto fez e faz pela redenção. A Virgem do Bom Remédio, Patrona da Ordem Trinitária.Tu és nossa proteção, Tu és nosso refúgio, Tu es nosso melhor remédio, ó Maria (Ant. 3, I Vesp.). Na carta de João XXIII, que lemos nas II Leitura da festa de Nossa Senhora do Bom Remédio, se diz o seguinte: “O Capítulo Geral da Ordem da Trindade, celebrado em 1959, fazendo seus os desejos de anteriores Capítulos, pediu à Santa Sé que declarasse a Virgem do Bom Remédio Patrona da Ordem... O Papa respondeu: “Concedemos com muito gosto o que nos pedem os Trinitários, na confiança de que assim terão um motivo a mais para arder sempre no amor da Virgem Mãe, venerando-a com este título tão doce e se sentirão comprometidos a trabalhar com ímpeto em aliviar e remediar os necessitados”. E na mesma Leitura se faz um pequeno resumo da devoção Mariana que ao longo dos anos tem florescido sempre na Ordem. “Os religiosos Trinitários, que têm como fim especial honrar com peculiar culto a Santíssima Trindade e propagá-lo entre os fiéis, têm tributado desde suas origens especiais provas de veneração e de piedade à Santa Virgem, por ela ser Filha do Pai, Mãe do Filho e Esposa do Espírito Santo, Sacrário de toda a Trindade. Segundo muitos antigos documentos, as festas da Virgem eram celebradas solenemente entre os Trinitários – a mesma regra dá testemunho disso – e semanalmente, por privilégio, já desde o ano 1262, rezavam as comunidades Trinitárias o Ofócio da Virgem. Levados por este afeto para com a Santíssima Virgem muitas vezes exaltavam com seus escritos e pregações as grandezas e previlégios de Maria (especialmente o de sua Imaculada Conceição). Eram os Trinitários movidos a dar este culto especial à Virgem com as três Pessoas da Trindade, e pelo grande amor com que a virgem colaborou pela redenção do mundo, e porque freqüentemente ao realizar as redenções dos cativos, experimentaram especial ajuda da Virgem do Remédio. Tudo o que contribuiu mais e mais para que os Trinitários cada dia se distinguissem em venerar a Virgem com título do Remédio, ou do Bom Remédio, e que em sua honra erigissem confrarias, altares e imagens. E a Virgem com graças singulares deu bem a entender quanto lhe era agradável esta invocação”. Devido as habituais práticas de devoção à Virgem em todas comunidades Trinitárias, e a singular devoção de seus mais insignes filhos, se foi criando uma atmosfera Mariana em toda a Ordem. São eloqüentes as palavras que diz o instrucional de noviços: “É necessário que os noviços estejam advertidos de que um dos grandes consolos que têm nossos religiosos é o de ter por Mãe, Patrona e Advogada a Santíssima Virgem, e desde os princípios e primeiros passos na religião beber de sua afetuosa devoção e seu infinito amor, e sermos todos seus perpétuos guardiões, gastando grande parte da vida em servi-la, honrá-la e venerá-la”. (Instrucional P. 101). Desde as origens, como aparece nos livros que regiam a marcha da comunidade Trinitária, cada manhã se cantava a missa em honra à Virgem; e além do Ofício Divino Litúrgico, se rezava o Oficio Parvo (pequeno) da Virgem. Rapidamente acrescentaram o rosário, a Salve Rainha cantada nos sábados e vigílias das festividades marianas, as ladainhas durante a noite, uma especial solenidade nas festas e uma preparação especial para as mesmas festas da Virgem. A Tradição e a Historia nos transmitiram provas de particular devoção com que todos nossos santos e beatos honraram e foram honrados pela Virgem: São Felix com a lendária aparição na noite que precede a Natividade; São João de Matha com especiais intervenções em suas redenções; o Santo Reformador nos momentos de grande apuro; o inigualável devoto da Virgem São Simão de Rojas, o primeiro noviço Frei Pedro do Menino Jesus, Irmã Ângela da Conceição, etc,etc. E em nossos tempos o Bem Aventurado Domingos Iturrate do Santíssimo Sacramento e os servos de Deus Félix da Virgem e Monsenhor José Di Donna, nos dão também exemplos de singular devoção a Maria.


III Maria em nossa vida espiritual
A Virgem, desde o princípio esteve elevada a este alto estado, e nunca teve impressa em sua alma forma de humana criatura, nem por ela se moveu; sua moção foi pelo Espírito Santo (São João da Cruz). Ninguém chegou a tão excelente altura na vida espiritual, nem tem tanto interesse em proteger-nos para que também em nós se vá aperfeiçoando a vida espiritual, como a Virgem. Ela é também nisto, nosso melhor modelo e nossa Patrona. E no processo de espiritualização, como no de cristificação, esperemos a ajuda de Maria e recorramos ao seu amparo. É na encarnação, onde se apresenta para nós a íntima união de Maria com seu Filho, é evidente a intervenção do Espírito Santo. O Espírito Santo descerá sobre ti (Cf. Lc 1,35). Maria concebeu por obra e graça do Espírito Santo. E quando o Espírito Santo desceu sobre a Igreja no dia de Pentecostes, Maria ocupou um lugar especial. Seja no Mistério de Cristo, seja no Mistério da Igreja, o Espírito Santo e Maria aparecem estreitamente unidos. O primeiro aspecto oferecido à nossa meditação no Mistério de Maria é a iniciativa do Espírito Santo que predispôs a Maria com privilégios e graças singulares. A preservou de todo pecado já desde sua Imaculada Conceição, habitou em Maria como um templo santo e adornado com grandíssima graça. Os dons de Deus nascem de seu amor; não nos esqueçamos. A cena da Encarnação, seu diálogo com o anjo, sua atitude ante a Palavra de Deus, os episódios da infância de Jesus, como a visita à sua prima Santa Isabel, o Nascimento, a apresentação no templo, o cumprimento exato de quanto a lei mandava às mães, a fuga para o Egito, a vida retirada em Nazaré, a busca durante três dias pelo Filho perdido no templo, nos mostram a que grau de santidade havia chegado Maria e sua constante e firme fidelidade – a Virgo Fidelis – às inspirações e moções do Espírito Santo. E o seu Magnificat é como uma radiografia, que nos deixa maravilhados e extasiados ante as belezas da alma de Maria. Ela que é proclamada bem aventurada porque creu, por suas virtudes teologais de fé, esperança e caridade, nos mostra como é concentrada e submergida em Deus, ou seja, em uma vida teologal e divina. Alma adoradora, eucarística, humilde e pobre, totalmente unida e submissa a Deus. Mais tarde se dirá dela: Maria conservava tudo em seu coração. É que estava cheia de Deus. Nas provas e dores, com o motivo do nascimento de seu Filho, da apresentação no templo, da fuga para o Egito, da perda do Menino Jesus, nem uma queixa; conforme o querer de Deus. Assim descreve um autor a vida de Maria: “se caracterizava por uma ação transbordante de dons do Espírito Santo, com as graças e com o exercício correspondente de virtudes que estas provocam e com os dons divinos que a aperfeiçoava modelarmente ao divino. Virtudes sobretudo de fé iluminada e de caridade ardente. Sua pureza de alma, seu equilíbrio perfeito, sua entrega total fazia com que sua vida mística fosse de um esplendor maravilhoso. Sua alma divinizada viveu praticamente em um êxtase interno constante. Ainda que toda envolta na mais humana e atraente simplicidade, ao mesmo tempo” (Jimenes Duque). O Espírito Santo foi dono e senhor absoluto e quem guiou perfeitamente a alma santíssima de Maria. Sua ação na Virgem foi sempre estupenda. São João da Cruz escreve: “Tais eram as graças da gloriosíssima Virgem Maria, a qual, estando desde o principio elevada a este alto estado nunca teve impressa em sua alma forma de humana criatura, nem por ela se moveu, sua moção foi pelo Espírito Santo”. E como o Espírito Santo é chama viva de amor, tanto ardeu em Maria que sua intensidade lhe abrasou e por fim teve de consumir a capacidade limitada da vida natural de Maria. Foi este amor que rompeu o fio da teia da vida de Maria, que morreu por amor. O Espírito Santo que interveio na encarnação de Cristo há de intervir na formação de Cristo em cada um de nós. E à medida que se vá formando Cristo em nós, iremos avançando na vida espiritual. E é também Maria que em união com o Espírito Santo fará crescer esta nossa conformidade com Cristo. Quando a cristificação em nós for mais perfeita, maior intervenção de Maria iremos ver em nossa vida espiritual.





IV Trabalhemos com Maria na Redenção



Os Trinitários, atendendo as necessidades da Igreja, estão obrigados a realizar um apostolado social e caritativo para com quantos gemem cativos da atual servidão e por isso correm perigo de perder a fé (Constituições, 93). Maria é nosso modelo e nossa Patrona na obra apostólica da redenção. Portanto, tenhamos sempre presente sua influência e tratemos de nos conformar a ela; se queremos realmente ser redentores. O amor que com tanta abundância derramou em Maria a Santíssima Trindade fez dela a melhor redimida e a mais empenhada na obra da redenção. Quanto maior for em nós o amor Trinitário, mais e melhor trabalharemos pela redenção. Como São Paulo, nos veremos obrigados a repetir: O amor de Deus nos impele. E se nossa vida alcançasse a santidade, a união transformante da Trindade, então não conheceríamos debilidades, nem desvios, nem interrupções em nossa obra redentora. Foi em Maria onde o amor Trinitário, que é amor redentor, encontrou seu grau mais excelente. Que esse amor Trinitário, redentor, cresça em nós; então nos encontraremos nas melhores disposições para ser redentores. Quanto mais semelhantes formos a Maria, tanto mais trabalharemos para redimir os homens. Tudo em Maria teve começo em sua incondicional disponibilidade à vontade de Deus. Quantas almas esperam de nosso sim, de nossa fidelidade à vontade de Deus, de nossa fidelidade à vocação redentora que a Trindade nos deu, sua redenção e sua participação na vida divina trinitária! Quanto mais e melhor formarmos em nós e nos outros a Cristo, mais contribuiremos com a redenção e a trinitarização dos homens. Por isso, com Maria, totalmente possuída pela Santa Trindade, devemos adotar a postura de uma total e generosa disponibilidade para com o mesmo Deus Uno e Trino. Este consentimento sem condições será denso em admiráveis conseqüências para redimir e fazer participar da vida Trinitária a todos os homens. Tendo em conta o modo como Maria foi associada à obra da redenção, entenderemos de que modo poderemos nos associar também à essa mesma obra. Como ao Divino Redentor e como a Maria, também a nós se pedirá o sacrifício. Como Cristo deu um sim que o levou até à cruz, e Maria deu o sim que terminou no seu calvário, nosso sim terminará também em nosso sacrifício. Sem esta atitude não seremos redimidos nem aos outros iremos redimir. As intervenções de Maria para realizar a redenção em favor dos membros da Igreja nos fazem ver igualmente de quantos modos e em quantos campos podemos dedicar a aplicação da redenção. Às vezes de nós se exigirá obras. Quem puder fazer obras não se contente com sentimentos. Isso não seria amor, senão ilusão de amor. Obras são amores. Em outras ocasiões se pedirá de nós o próprio sacrifício. Esse é desde já o modo mais conforme à redenção de Cristo. Nossos Trinitários não duvidavam em sacrificar-se a si mesmos a fim de aliviar e resgatar aos que sofriam. Sempre com a oração. Jamais os Trinitários se esqueciam em suas preces dos pobres cativos: pelos – afflictis et captivis – rogavam muitas vezes. Campos espirituais e materiais que estão esperando nossa intervenção os encontraremos por conseqüência da escravidão do pecado. Como não sentir vivissimamente que tantos, em vez de ser filhos de Deus, de viver a vida divina trinitária, estejam afastados de Deus, ou seja, como dizia Pio XII, corpos que levam uma alma morta pelo pecado? Maria, Mãe da graça, Mãe de misericórdia, defende-nos do inimigo.





Pe. João Borrego, OSST

10 de maio de 2012

Confiança e abandono




Deus ama-nos pessoalmente com um grande Amor de Benevolência, com um Amor infinito e eterno.



O Amor de Benevolência consiste em querer pura e exclusivamente o bem, e o melhor bem da pessoa amada.



Em Deus, o Amor de Benevolência é pessoal. Deus ama tal pessoa, ama cada um de nós, como estivessemos sós no mundo, porque o seu Amor é um e infinito.



Salários de amor divino



Todos os atributos de Deus estão à disposição do Amor de Benevolência que nos tem, a fim de nos santificar em seu Amor e em sua Graça, e poder comunicar-nos, na eternidade, sua Felicidade e Glória, porque o amor pede união, e a união, fim e triunfo do amor, constitui sociedade de bens e de vida. O amor não quer ser feliz a sós.



Os grandes atributos de Deus, que estão à disposição do Amor de Benevolência que ele tem à alma, são os seguintes:



A Sabedoria divina, que escolhe aquilo que melhor convém ao bem e ao estado atual da alma querida; a Prudência divina que aplica esses meios de santificação; o Poder divino, que nos ajuda, nos sustenta, nos defende; a Misericórdia divina, que dispõe sempre de um coração de mãe, para nos perdoar, nos levantar, pois a criança tem dois inimigos, isto é dois títulos à misericórdia: sua fraqueza e leviandade, sua tolice e presunção; a Providência divina, que combina todos os acontecimentos de tempo, de circunstâncias, em torno dessa alma querida, como o centro do movimento celeste e terrestre, a fim de que tudo lhe sirva para o seu fim sobrenatural.



É por isso que certas criaturas nos exercem a virtude e nos fazem sofrer, a fim de nos lembrar que estamos no exílio, no tempo de expiação, de amor crucificado com Jesus Cristo, nosso bom Salvador. Outras nos mostram o caminho durante algum tempo, e depois desaparecem, porque Deus substitui o Anjo Rafael, Moisés, Josué, . Outras são um espelho onde vemos refletidas nossas misérias (pelo menos possível) em relação ao mal e as más disposições de Adão. Outras são um livro de vida santa. Outras, pobres de Deus. Diz a Imitação que "não há criatura tão pequena e tão vil que não represente neste mundo a Bondade de Deus". não nos manifestam os próprios pecadores a Bondade de Deus, que lhes faz o bem até material, que os convida, os aguarda, pronto a perdoar?



É a Providência divina que não só nos coloca no caminho as criaturas que nos devem fazer exercer algum ato de virtude, como também determina, em sua Bondade Divina para com a alma, o estado do corpo, padecente ou são, porque é o regime indicado para o dia, a fim de glorificar a Deus deste ou daquele modo; é o boletim cotidiano assinado pela Providência divina.



Os estados naturais da alma, em se tratando das Graças que Deus dá e das obras que vai pedir, são também regidos por essa amável Providência, que ora dá mais vida ao espírito, ora ao coração, mas sempre à vontade, porque é a dona da casa, a serva de Deus.



Os estados espirituais da alma são sobretudo objeto da direção da divina Providência, porque são as verdadeiras condições de santificação.



Lei do dever



Daí se segue a grande lei de vida: devemos caminhar na direção do Sopro da Graça, devemos honrar a Deus pelos estados naturais e sobrenaturais, e nos servirmos de tudo o quanto a divina Providência nos oferece à passagem; devemos ver em tudo essa santa e amável Vontade em torno de nós e em nós, obrando sob sua direção, consultando sua inspiração, oferecendo-lhe a primeira intenção em tudo, prestando-lhe homenagem em qualquer imprevisto, em qualquer encontro, reconhecendo-a por toda a parte, supondo-a quando não a vemos nem ouvimos, pois gosta de se velar, gosta da obediência da fé e do amor de dedicação.



A conclusão segue-se:



O melhor estado para glorificar a Deus é o meu estado presente.



A melhor Graça é a Graça do momento. A lei do dever é aquela que o amor inspira e que o amor cumpre.



Guardai bem esta definição - é de Nosso Senhor discursando depois da Ceia: "AQmo o meu Pai, cumpro a sua Vontade e permaneço em seu Amor".



Ah! Permanecei no Amor de Deus, ou antes permanecei em sua Bondade, pois querer permanecer no Amor, suscitaria inúmeras tentações. Amo-o eu?



Ama-me Ele?



Permanecei pois na casa da Bondade divina e paterna de Deus qual criança que nada sabe, nada faz, tudo estraga, mas vive nessa doce Bondade.



Dai a mão a Deus



Aplicai-vos a ver em vós, em torno de vós, dentro de vós, essa Vontade de Amor de Deus que se ocupa de vós como se mais ninguém houvesse neste mundo. Adorai as razões de sua Providência divina, sempre sábia e amável. Ide a Nosso Senhor sem corpo, sem alma - deixai tudo isso na entrada, como servos - e conservai-vos sempre unida pela vontade a seu Amor. Caminhai simplismente, passo a passo, vossa mão na mão de Deus, qual cega, comendo o pão que ele vos der, qual verdadeira mendiga, vivendo de sua Graça atual, e encontrareis sempre boa pousada, boa família, boa mesa preparada pela divina Providência.



Recebei sempre com alegria e amor os bens de Deus. Notai de preferência sua Bondade, e não vossa malícia, suas Graças, e não vossos pecados, seus Benefícios, e não vossos pesares, sua Força, e não vossa fraqueza, seu Amor, e não vossa tibieza. Então, apegar-vos-ei pelo coração e pela vida a essa Bondade amável e incessante.



Vivei de gratidão, como o pobre. Esquecei vossas misérias, vossos próprios pecados, para viver um pouco como no Céu, onde há louvor e agradecimentos; onde o amor pela Santíssima Trindade é sempre novo e mais perfeito; onde os pecados são vistos somente por meio da Misericórdia de Deus, as obras por meio da sua Graça, onde a felicidade é qual raio de Beatitude Divina.



Importa servir a Nosso Senhor com alegria. Haverá algo de comparável a servi-lo com amor? E o amor produz alegria, dedicação. E nada é mais justo. Considerai sempre, por conseguinte, as inefáveis Bondades de Deus para convosco, sua Mão tão paternal, tão previdente, tão amável, até nos menores sacrifícios que vos pede. Vede a todas as coisas através do prisma divino, e tudo lhe revestirá o belo colorido! Lembrai-vos de que a tristeza natural mata corpo e espírito, e a tristeza espirítual, coração e piedade. Bem sei que há uma boa tristeza, mas nem eu a esta desejo. Prefiro ver-vos descansando no Coração de Jesus com São João, do que aos seus pés com Madalena.



Paz na confiança em Deus



Conservai, por favor, o coração e o espírito sempre ao alto, junto ao vosso bom Pai e Salvador. Quem voa não olha para os pés.



Nem sempre podemos ser felizes pelo sentimento; podemos, todavia, sê-lo pela vontade unida á de Deus.



Não descanseis, quanto ao estado da alma, nos frutos dos serviços prestados a Deus, menos ainda no sentimento do bem, porque tudo isso varia muito, e não contitui a verdade. Deveis estabelecer a vossa paz - atenção - na confiança em Deus, porque Deus é Bom e vos quer bem como a um filho.



Firmai, pois, a confiança de vida na sua Providência que vela a todo instante sobre vós. Tudo visa, em nome de Deus, cumprir uma missão de salvação junto a vós. Recebei, por conseguinte, todas as coisas como enviadas celestiais.



Firmai a confiança de vida na santa e amável Vontade de Deus, porque aquilo que Deus quer é sempre o mais conveniente para vós e o mais glorioso para ele.



Servi, pois, a Deus, em todos os estados de alma, e de corpo, em todos os deveres, com fidelidade sempre igual. Trabalhi no dia, e só par Deus. Cantai sem cessar o cântico de amor, já que Deus vos ama tanto, e vós não aspirais senão a amá-lo cada vez mais.



Firmai sobretudo a confiança no amor que Deus vos tem, Amor tão grande, tão constante, tão. paternal.



Entregai-vos a Deus de momento em momento



O santo abandono ao Amor de Deus produz na alma efeito igual ao amor do filho pela mãe, que o carrega e dele cuida. A criança dorme em paz no meio dos maiores perigos, porque nada tem a recear. Procedei da mesma forma. Tende sempre essa confiança infantil em nosso bom Pai que está no Céu; entregai-vos a ele de monmento em momento e dependei dele em todas as coisas. Deus não tem nem passado nem futuro, ele é sempre. Pois bem! Permanecei em seu Ser de Amor, em sua divina Providência atual, e confiai-lhe o futuro e o passado. Deixai-vos levar pela Bondade Divina, qual criança de um ano.



Sede indiferente a todas as coisas, amai só aquelas que Deus ama, e procurai só aquelas que são do seu bel-prazer. Quem dorme no regaço da divina Providência, dorme um sono tranqüilo, e quem é levado nas asas dessa amável Providência faz feliz viagem.



Confiai-vos a Nosso Senhor e à sua Providência toda paternal. Nada á de faltar, mormente na vida espiritual, a quem estiver bem unido ao nosso divino Esposo. Ao esposo cabe sustentar, defender e aperfeiçoar a esposa e cuidar dela.



Sob os raios do Amor Divino



Não vos afastei nunca de Jesus, o bom jesus de vosso coração. Seja qual for o tempo, sede sempre dele, pois o tempo é sempre belo para alma que vive sob os raios do Amor Divino.



E, afinal, que importa se agradamos a Nosso Senhor na doença ou na saúde, num estado de sensibilidade ou de fervor, de submissão ou de práticas piedosas, conquanto lhe agrade o que fazemos. O essencial é firmarmos na confiança em Deus, nutrir-nos de sua Verdade, dedicar-nos à sua Glória pelo nosso amor soberano, amando-o por toda parte e acima de tudo.



Observai bem esta lei do Amor Divino, de não querer senão o que Deus quer, como o quer e quando o quer. O santo abandono é o mais puro, é o maior amor.



Seja o amor a alma e o fundo de tudo, e quando dominar esse sentimento, deixai a tudo mais. Os meios são inúteis a quem já alcançou o fim.



Mas não deveis ignorar que o Amor Divino é insaciável como o fogo, e está sempre a pedir, fazendo sofrer enquanto consome tudo o quanto lhe é estranho.



Deixai-vos levar pelo bom Mestre



Guardai em paz a alma, a fim de atender aos impulsos interiores do Espírito Santo e lhe ser-lhes fiel.



E conservareis a alma em paz, colocando-a incessantemente em um estado generoso de tudo sofrer, de tudo deixar para cuidar de outra coisa, numa palavra, de contrariar a própria vontade, quando a Vontade de Deus vo-lo pedir.



É a nossa miserável vontade que nos irrita e nos contraria quando quer com demasiada energia, ou então é um sentimento de independência que teme demais o jugo santo da Cruz. Deixai-vos levar pelo Sopro da Graça do momento; a vela obediente só a essa brisa pode receber, pois todas as outras, se não vierem do alto, agitam-na.



A graça diz sempre paz e sacrifício, amor e zelo, dom e felicidade. Deixai-vos levar pelo bom Mestre, que vos leva aonde quer e pelo caminho que lhe agrada. É, aliás, sempre o melhor, embora o resultado não seja sempre patente.



Guardai sempre o coração unido ao Coração divino de Nosso Senhor, a fim de que o seu Amor se vos torne a vida, o princípio das ações, o centro do repouso.



Ide com alegria por toda partequando Deus o quiser, pois em toda parte está o Tabernáculo, o Céu, Deus, nosso Amor.



Sempre atenta à Vontade Divina



Nosso Senhor saudava os Apóstolos com as seguintes palavras; "A Paz esteja esteja convosco". Desejo-vos sinceramente essa paz, paz de confiança que se abandona filialmente a Deus e se confia tanto à sua Bondade como à sua Misericórdia.



Essa paz de consciência repousa primeiro na humildade, para suportar a própria miséria, e depois na simplicidade da obedi~encia, para obrar no espírito de Fé.



Não alcançareis essa paz de coração nem pela perturbação, nem pela inquietação, mas pelo abandono à sua divina Bondade e Misericórdia.



Ide ao encontro do bom Mestre, como a criança despida de mérito e de força, vai ao coração da mãe. Um ato de submissão e de abandono é superior a tudo quanto vos fosse possível fazer e vosso lugar querido deve ser junto ao divino Mestre, para vê-lo, ouvi-lo e sentir-vos perto dele.



Vivei de um Deus, de Nosso Senhor Eucarístico. De outro modo não podereis tornar-vos uma vítima de amor habitual. Observai com diligência a marcha da divina Providência em relação a vós. Deus faz tudo, organiza tudo, prevê tudo para vos levar a si. Não cuideis, pois, nem do passado, nem do futuro, mas do presente, atenta à Vontade de Divina do vosso bom Mestre, e ele vos levará pela mão através de todas as dificuldades, até a graça e à perfeição do seu Amor.



Lembrai-vos de que a água do riacho, do rio, aproxima-se do mar da eternidade. Nossa barquinha segue-lhe o curso, arvorando a bandeira celeste.



Renúncia a si mesmo



Todo o segredo da vida religiosa, e até da vida cristã, está neste pensamento: mortificação soberana pelo dever em primeiro lugar. É tudo. É a raiz da árvore, a seiva das virtudes e do verdadeiro amor a Deus.



Sem mortificação não há virtude



É princípio básico que sem mortificação não há virtude; sem espírito de mortificação não há progresso possível. Só chegamos à vida espiritual pela morte. A lenha que se torna carvão ardente deve sofrer, despojar-se de todo elemento estranho.



De fato, sem mortificação não haverá homens religiosos em verdade. Essas piedades de água de rosas, que descansam em sentimentos de alegria e de felicidade, assemelham-se a viagens em carros de luxo.



Não lhes tenho a menor fé nem confiança. É mister, pois, formar primeiro homens de virtude, isto é, de sacrifício. Afinal, Nosso Senhor estabeleceu as bases da perfeição evangélica: "Abneget semetipsum". Quem ama a liberdade, os confortos, a saudezinha, os pequenos privilégios, não pratica o abneget, e sim o amor de si mesmo.



Como chegar ao amor divino



Se não virtude sem mortificação, ainda menos haverá amor de Deus. A renúncia a si mesmo é a condição essencial, fundamental para amar a Deus. Vamos ao Amor Divino pela pureza do sacrifício do coração e da vontade, progredimos nesse santo Amor pela suave abnegação da vida e pela dependência contínua à sua Vontade sempre amável.



Nosso Senhor quer reinar em vós, por esse jugo contínuo da renúncia e quer que a piedade, as virtudes, o amor revistam em vós esse caráter universal. Bendizei-lhe por esse caminho, caminho rico que abrevia a marcha do deserto e oferece menos perigos. Deus é e deve ser para vós o sol de cada dia. Todos os dias levanta-se para vós, embora nem sempre do mesmo modo. Deveis amar sempre esse sol divino de justiça e de amor, quer surja radiante, quer surja velado por entre os ardores do verão, ou sujeito às influências dos gelos invernais. É sempre o mesmo Sol.



Tratai, por conseguinte, de não viver de esmolas de pessoas, de diretores, de livros, de imagens, nem mesmo de belos cânticos. Tudo isso é tão pobre em si, e se esgota rapidamente; Mas vivei de Nosso Senhor, em Nosso Senhor e por Nosso Senhor. " Quem permanece em mim e eu nele, fará grandes coisas", disse ele.



Permanecei, pois, em Nosso Senhor. Mas como? - Perguntais. Deixando-vos a vós mesmo.



Amai ternamente o divino Mestre e sofrei por amor a ele. Labutai nessa abnegação heróica da vontade, crente de que tudo quanto é feito com suave abnegação é infinitamente mais agradável a Deus do que qualquer outra ação, aparentemente mais perfeita. Lembrai-vos sempre de que as maiores Graças de Nosso Senhor, para a santificação da alma, encerram-se nas ocasiões de abnegação da própria vontade à Vontade de Deus, ou de outrém; e quando puderdes dizer: eu renunciei a mim mesmo, Nosso Senhor vos responderá: Fiseste, meu filho, um ato de perfeito amor.



Total esquecimento de si mesmo



Deixar-se, esquecer-se, renunciar-se, perder-se a si mesmo, é, ai de nós! Muito difícil. Nossa mísera natureza, caindo nas mãos de Jesus, está sempre a recear, e quer se agarrar aos abrolhos que se lhe deparam no caminho ou caem sob suas mãos.



Mas Nosso Senhor não se contenta com um dom pela metade. Ele quer o esquecimento total, o abandono absoluto de vós mesmo. Ele vos quer numa vida de abnegação e de pobreza espiritual, mas também em pleno abandono nas Mãos divinas, qual criança pequena. Todas as provações que vos tocam diariamente são as asas que vos envia para ajudar-vos a despojar o velho homem e vos entregar, em todo o vosso nada, a Jesus. Deijai-vos despojar, tudo arrancar, para poder pertencer inteiramente a Deus.



Guardai esse grande segredo da vida espiritual que vos confio: cortai a febre interiorpelo esquecimento de vós mesmo e ainda mais dos outros; ocupai-vos de Nosso Senhor e procurai agradar-lhe ao Coração, por todos os atrativos de suas Graças, por todas as jóias de seus Méritos, bem como os da Santíssima Virgem e dos Santos.



4 de maio de 2012

pensamentos de santo agostinho

Frases e Pensamentos de Santo Agostinho:







- "Se dois amigos pedirem para você julgar uma disputa, não aceite, pois você irá perder um amigo. Porém, se dois estranhos pedirem a mesma coisa, aceite, pois você irá ganhar um amigo."


- "Milagres não são contrários à natureza, mas apenas contrários ao que entendemos sobre a natureza."


- "Certamente estamos na mesma categoria das bestas; toda ação da vida animal diz respeito a buscar o prazer e evitar a dor."


- "Se você acredita no que lhe agrada nos evangelhos e rejeita o que não gosta, não é nos evangelhos que você crê, mas em você."


- "Ter fé é acreditar nas coisas que você não vê; a recompensa por essa fé é ver aquilo em que você acredita."


- "A pessoa que tem caridade no coração tem sempre qualquer coisa para dar."


- "A confissão das más ações é o passo inicial para a prática de boas ações."


- "A verdadeira medida do amor é não ter medida."


- "Orgulho não é grandeza, mas inchaço. E o que está inchado parece grande, mas não é sadio."

23 de abril de 2012

.CAPÍTULO VII- A CIDADE DE DEUS DE SANTO AGOSTINHO


Daquele que tem o propósitode amar a Deus,e também amar o próximo como a simesmo, não em conformidade com Deus, por causa desse amor, se diz corretamente que ele é de boa vontade. Esta, nas ...Sagradas Escrituras, é geralmente denominada caridade(caritas). Mas, nas mesmas Sagradas Escrituras também se lhe chama amor(amor).

o Apóstolo diz que se deve ser "Amante" do bem de quem seja eleito para governar o povo.

E o próprio Senhor, ao interrogar Pedro, dizia." Tens-me mais afeição do que estes?"

e ele respondeu:" Senhor, Tu sabes que Teamo!"

Três vezes o Senhor interpelou Pedro.

Daí concluimos que , quando o Senhor dizia "tens-me afeição", nada mais queria dizer" amas-me"

Pedro, porém,não mudou a palavra que exprimia esta única coisa. À terceira vez diz ainda:

" Senhor. Tu sabes tudo, sabes que Te amo!"

22 de abril de 2012

JESUS VIVE NO NOSSO CORAÇÃO








O cirurgião que encontrou a Jesus NO CORAÇÃO DE UMA CRIANÇA
-Amanhã de manhã eu vou abrir o teu coração. Explicava o cirurgião para uma criança. E a criança o interrompeu: -Você encontrará Jesus ali?
O cirurgião olhou para ela, e continuou: -Eu vou cortar uma parede do teu coração para ver o dano completo.
-Mas quando  abrir o meu coração, encontrará Jesus lá? A criança voltou a interrompê-lo.
O cirurgião se voltou para os pais, que estavam sentados em silêncio.
-Quando eu tiver visto todo o dano causado, planejaremos o que fazer em seguida, ainda com teu coração aberto.

-Mas você encontrará Jesus em meu coração? A Bíblia diz claramente que Ele mora ali. Todos que acreditam Nele dizem que Ele vive ali...
Então você vai encontrá-lo no meu coração!

O cirurgião pensou que era suficiente e lhe explicou:

-Após a operação, te direi o que encontrei em teu coração, de acordo?

Eu tenho certeza que encontrarei músculo cardíaco danificado, baixa resposta de glóbulos vermelhos, e fraqueza nas paredes e vasos. E, além disso, eu vou concluir se posso te ajudar ou não.

-Mas  encontrará Jesus ali também? É sua casa, Ele vive ali, sempre está comigo.

O cirurgião não tolerou mais os comentários insistentes e se foi. Em seguida, ele se sentou em seu consultório e começou a gravar seus estudos prévios para a cirurgia: aorta danificada, veia pulmonar deteriorada, degeneração muscular cardíaca massiva. Sem possibilidades de transplante, dificilmente curável.

Terapia: analgésicos e repouso absoluto..

Prognóstico: fez uma pausa e em tom triste disse:-Morte nos primeiros anos de vida. Então, parou o gravador.Mas tenho algo a mais a dizer: -Por quê? Perguntou em voz alta. Por que acontecer isso com ela? O Senhor a colocou aqui, nessa dor e já a havia condenado a uma morte precoce. Por quê?


De repente, Deus, nosso Criador respondeu:

O menino, minha ovelha já não pertencerá a teu rebanho, porque ele é parte de mim e comigo estará por toda a eternidade. Aqui no céu, em meu rebanho sagrado, já não terá nenhuma dor, será consolado de uma forma inimaginável para ti ou para qualquer outra pessoa. Seus pais, um dia, se unirão com ele, conhecerão a paz e a harmonia juntos em meu reino e meu rebanho sagrado continuará crescendo.

O cirurgião começou a chorar muito, mas sentiu ainda mais raiva, não entendia as razões. E replicou:

-Tú criastes este menino, e também seu coração para quê? Para que morresse em poucos meses?

O Senhor lhe respondeu: -Porque é tempo de regressar ao seu rebanho, sua missão na terra já se cumpriu. Há alguns anos atrás enviei uma ovelha minha com dom de médico para que ajudasse a seus irmãos, mas com tantos conhecimentos na ciência se esqueceu de seu Criador.

Então enviei outra de minhas ovelhas, o menino enfermo, não para perdê-lo, e sim para que a ovelha perdida há tanto tempo, com dotes de médico volte para mim

Então o cirurgião chorou e chorou inconsolavelmente.

Dias depois, após a cirurgia, o médico sentou-se ao lado da cama do menino, enquanto seus pais estavam a frente do médico.

O menino acordou e murmurando rapidamente perguntou:

-Abriu meu coração?


-Sim. Disse o cirurgião.

-O que encontrou? Perguntou o menino.

Tinha razão, reencontrei Jesus ali.


Deus tem muitas maneiras diferentes para que nos voltemos para o seu lado.

Leia esta mensagem até o final.

Eu quase apaguei esta mensagem, mas fui abençoado quando cheguei ao final.

Leia somente se tem tempo para Deus.

Deus, quando recebi esta mensagem pensei.... Eu não tenho tempo para isto... e realmente é inoportuno durante o horário de trabalho. Logo, eu percebi que ao pensar assim é exatamente o que tem causado muitos dos problemas em nosso mundo atual. Buscamos ter a Deus só na igreja aos domingos de manhã. Às vezes, talvez um domingo à noite... Sim, nós gostamos de tê-lo na doença... e, sobretudo, nos funerais. Mas, não temos tempo, o lugar para Ele nas horas de trabalho ou em nosso tempo livre... Porque .... Isso é na parte de nossas vidas em que pensamos: "Nós podemos e devemos controlar sozinhos"

Que Deus me perdoe por haver pensado que não há um tempo e lugar onde Ele não seja o PRIMEIRO em minha vida. Devemos sempre ter tempo para lembrar TUDO o que Ele fez e faz por nós. Jesus disse: "Se tú tem vergonha de mim, eu me envergonharei de ti diante de meu Pai".

Então me ajoelhei para orar, mas não por muito tempo, tinha muito para fazer Tive que apressar-me e ir trabalhar já que as cobranças logo estariam diante de mim. Dei um salto e meu dever cristão estava concluído.

Minha alma pode então descansar em paz. Em todo o dia não tive tempo de falar uma palavra de encorajamento, nem de falar de Jesus aos meus amigos; iriam rir de mim e eu ficaria com medo. Não há tempo, não há tempo. Há muito o que fazer. Esse era a minha reclamação constante. Não há tempo para dar-lhe as almas necessitadas, só na última hora, a hora da morte Então parei em pé diante do Senhor, o vi e permaneci de cabeça baixa, já que em Suas mãos ele segurava um livro, o livro da vida. Deus deu uma olhada no seu livro e disse: 'Não posso encontrar o teu nome, uma vez estive a ponto de anotá-lo, mas nunca encontrei o tempo!

A CIDADE DE DEUS DE SANTO AGOSTINHO

Chamamos cidade de Deus aquela de que dá testemunho a Escritura que, não devido a movimentos fortuitos dos ãnimos, mas antes , devido a uma dispostção da  Santa  Providência, ultrapassando pela sua divina autoridade todas as literaturas de todos os povos. acabou por subjugar toda a espécie de humanos engenhos. É realmente, nelaque está escrito:-
-Disseram de Ti coisas gloriosas, ó cidade de Deus!
Num outro salmo lê-se:
-O Senhor é grande e digno dos maiores na cidade do nosso Deus, na Sua montanha santa, Ele que anuncia o júbilo de toda a terra!(2)
Como ouvimos assim vimos na  Cidade do  Senhor das virtudes, na cidade do nosso Deus, Deus fundou-a para a eternidade(3)
Princípio do Capítulo I

5 de abril de 2012

COROA DAS DEZ VIRTUDES DA BEM AVENTURADA VIRGEM MARIA

Coroa das Dez Virtudes da Bem-Aventurada Virgem Maria



Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amem.
Pai Nosso... 10 Ave Marias
Em cada Ave Maria, após as palavras: "Santa Maria, Mãe de Deus" acrescenta-se uma das dez virtudes da Bem Aventurada Virgem Maria
Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco,
Bendita sois vós entre as mulheres; e
Bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus PURÍSSIMA
Rogai por nós pecadores,
Agora e na hora de nossa morte.
Amem
PRUDENTÍSSIMA
HUMILÍSSIMA
FIDELÍSSIMA
PIÍSSIMA
OBEDIENTÍSSIMA
PAUPÉRRIMA
PACIENTÍSSIMA
MISERICORDIOSÍSSIMA
DOLOROSÍSSIMA
Glória.
Pela vossa Imaculada Conceição, ó Maria,
Tornai puro o meu coração e santa a minha alma!
OREMOS: Ó Deus, que preparastes uma digna habitação para o vosso Filho pela imaculada conceição da Virgem Maria, preservando-a de todo pecado em previsão dos méritos de Cristo, concedei-nos chegar até Vós purificados também de toda a culpa, por sua materna intercessão. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amem.

2 de março de 2012

27 de fevereiro de 2012

18 de fevereiro de 2012

17 de fevereiro de 2012

CATEQUEZE SOBRE A FÉ.OPUS DEI

TEMA 3. A fé sobrenatural
A virtude da fé é uma virtude sobrenatural que capacita o homem a assentir firmemente a tudo o que Deus revelou.

2010/01/15
PDF: A fé sobrenatural
1. Noção e objecto da fé

O acto de fé é a resposta do homem a Deus que se revela (Cf. Catecismo, 142). «Pela fé o homem submete completamente a Deus a inteligência e a vontade; com todo o seu ser, o homem dá assentimento a Deus revelador» (Catecismo, 143). A Sagrada Escritura chama a este assentimento «obediência da fé» (Cf. Rm 1, 5; 16, 26).

A virtude da fé é uma virtude sobrenatural que capacita o homem – ilustrando a sua inteligência e movendo a vontade – a assentir firmemente em tudo o que Deus revelou, não pela sua evidência intrínseca, mas pela autoridade de Deus que revela. «Antes de mais, a fé é uma adesão pessoal do homem a Deus. Ao mesmo tempo, e inseparavelmente, é o assentimento livre a toda a verdade revelada por Deus» (Catecismo, 150).


2. Características da fé

- «A fé um dom de Deus, una virtude sobrenatural infundida por Ele (Cf. Mt 16, 17). Para prestar esta adesão da fé são necessários a prévia e concomitante ajuda da graça divina e os interiores auxílios do Espírito Santo» (Catecismo, 153). Não basta a razão para abraçar a verdade revelada; é necessário o dom da fé.

- A fé é um acto humano. Embora seja um acto que se realiza graças a um dom sobrenatural, «crer é um acto autenticamente humano. Não é contrário nem à liberdade nem à inteligência do homem confiar em Deus e aderir às verdades por Ele reveladas» (Catecismo, 154). Na fé, a inteligência e a vontade cooperam com a graça divina: «Crer é um acto do entendimento que assente à verdade divina por império da vontade movida por Deus mediante a graça» [1].

- Fé e liberdade. «A resposta da fé dada pelo homem a Deus, deve ser voluntária. Por conseguinte, ninguém deve ser constrangido a abraçar a fé contra vontade. Efectivamente, o acto de fé é voluntário por sua própria natureza» (Catecismo, 160) [2]. «Cristo convidou à fé e à conversão, mas de modo nenhum constrangeu alguém. Deu testemunho da verdade, mas não a impôs pela força aos seus contraditores» (ibidem).

- Fé e razão. «Muito embora a fé esteja acima da razão, nunca pode haver verdadeiro desacordo entre ambas: o mesmo Deus, que revela os mistérios e comunica a fé, também acendeu no espírito humano a luz da razão. E Deus não pode negar-Se a Si próprio, nem a verdade pode jamais contradizer a verdade» [3]. «É por isso que a busca metódica, em todos os domínios do saber, se for conduzida de modo verdadeiramente científico e segundo as normas da moral, jamais estará em oposição à fé: as realidades profanas e as da fé encontram a sua origem num só e mesmo Deus» (Catecismo, 159).

Carece de sentido tentar demonstrar as verdades sobrenaturais da fé; pelo contrário, pode-se provar sempre que é falso tudo o que pretende ser contrário a essas verdades.

- Eclesiologia da fé. “Crer” é um acto próprio do fiel enquanto fiel, ou seja, enquanto membro da Igreja. O que crê assente à verdade ensinada pela Igreja, que guarda o depósito da Revelação. «A fé da Igreja precede, gera, suporta e nutre a nossa fé. A Igreja é a Mãe de todos os crentes» (Catecismo, 181). «Ninguém pode ter a Deus por Pai se não tiver a Igreja por Mãe» [4].

- A fé é necessária para a salvação (cf. Mc 16, 16; Catecismo, 161). «Sem a fé é impossível agradar a Deus» (Hb 11, 6). «Aqueles que, ignorando sem culpa o Evangelho de Cristo, e a Sua Igreja, procuram, contudo, a Deus com coração sincero, e se esforçam, sob o influxo da graça, por cumprir a Sua vontade, manifestada pelo ditame da consciência, também eles podem alcançar a salvação eterna» [5].


3. Os motivos de credibilidade:

«O motivo de crer não é o facto de as verdades reveladas aparecerem como verdadeiras e inteligíveis à luz da nossa razão natural. Nós cremos “por causa da autoridade do próprio Deus que revela e que não pode enganar-Se nem enganar-nos”» (Catecismo, 156).

No entanto, para que o acto de fé fosse conforme à razão, Deus quis dar-nos motivos de credibilidade que mostram que «o assentimento da fé não é “de modo algum um movimento cego do espírito”» [6]. Os motivos de credibilidade são sinais certos de que a Revelação é palavra de Deus.

Estes motivos de credibilidade são, entre outros:

- a gloriosa Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, sinal definitivo da Sua Divindade e prova certíssima da verdade das Suas palavras;

- «os milagres de Cristo e dos santos (cf. Mc 16, 20; Heb 2, 4)» (Catecismo, 156) [7];

- o cumprimento das profecias (cf. Catecismo, 156), feitas sobre Cristo ou pelo próprio Cristo (por exemplo, as profecias acerca da Paixão de Nosso Senhor; a profecia sobre a destruição de Jerusalém, etc.). Este cumprimento é prova da veracidade da Sagrada Escritura;

- a sublimidade da doutrina cristã é também prova da Sua origem divina. Quem medita atentamente os ensinamentos de Cristo, pode descobrir na sua profunda verdade, na sua beleza e na sua coerência; uma sabedoria que excede a capacidade humana de compreender e de explicar o que é Deus, o que é o mundo, o que é o homem, a sua história e o seu sentido transcendente;

- a propagação e a santidade da Igreja, a sua fecundidade e estabilidade «são sinais certos da Revelação, adaptados à inteligência de todos» (Catecismo, 156).


Os motivos de credibilidade não só ajudam quem não tem fé para superar preconceitos que dificultam a sua recepção, mas também quem tem fé, confirmando-lhe que é razoável crer e afastando-o do fideísmo.


4. O conhecimento de fé

A fé é um conhecimento: faz-nos conhecer verdades naturais e sobrenaturais. A aparente obscuridade que experimenta o crente é fruto da limitação da inteligência humana diante do excesso de luz da verdade divina. A fé é uma antecipação da visão de Deus “cara a cara” no Céu (1 Co 13, 12; Cf. 1 Jo 3, 2).

A certeza da fé: «A fé é certa, mais certa que qualquer conhecimento humano, porque se funda na própria Palavra de Deus, que não pode mentir» (Catecismo, 157). «A certeza que dá a luz divina é maior do que a que dá a luz da razão natural» [8].

A inteligência ajuda a aprofundar na fé. «É inerente à fé que o desejo do crente de conhecer melhor Aquele em quem acreditou e compreender melhor o que Ele revelou; um conhecimento mais profundo exigirá, por sua vez, uma fé maior e cada vez mais abrasada em amor» (Catecismo, 158).

A teologia é a ciência da fé: esforça-se, com a ajuda da razão, por conhecer melhor as verdades que se possuem pela fé; não para as tornar mais luminosas em si mesmas – que é impossível – mas mais inteligíveis para o crente. Este afã, quando é autêntico, procede do amor a Deus e é acompanhado pelo esforço de acercar-se mais a Ele. Os melhores teólogos foram e serão sempre santos.


5. Coerência entre fé e vida

Toda a vida do cristão deve ser manifestação da sua fé. Não há nenhum aspecto que não possa ser iluminado pela fé. «O justo vive da fé» (Rm 1, 17). A fé actua pela caridade (Cf. Ga 5, 6). Sem as obras, a fé está morta (cf. Tg 2, 20-26).

Quando falta esta unidade de vida e se transige com uma conduta que não está de acordo com a fé, então a fé debilita-se necessariamente e corre-se o perigo de perder-se.

Perseverança na fé: A fé é um dom gratuito de Deus ao homem. Mas nós podemos perder este dom inestimável (cf. 1 Tm 1,18-19). «Para viver, crescer e perseverar até ao fim na fé temos de a alimentar» (Catecismo, 162). Devemos pedir a Deus que nos aumente a fé (cf. Lc 17,5) e que nos faça «fortes in fide» (1 P 5, 9). Para isto, com a ajuda de Deus, há que fazer muitos actos de fé.

Todos os fiéis católicos estão obrigados a evitar os perigos para a fé. Entre outros meios, devem abster-se de ler publicações que sejam contrárias à fé ou à moral – quer tenham sido assinaladas expressamente pelo Magistério, quer se uma consciência bem formada o detecta – a menos que exista um motivo grave e se verifiquem os pressupostos que tornem essa leitura inócua.

Difundir a fé. «Não se acende uma candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas no candelabro... Assim brilhe a vossa luz diante dos homens» (Mt 5, 15-16). Recebemos o dom da fé para o propagar não para o ocultar (cf. Catecismo, 166). Não se pode prescindir da fé na actividade profissional [9]. É preciso informar toda a vida social com os ensinamentos e o espírito de Cristo.




Francisco Díaz

14 de fevereiro de 2012

ONDE ESTÁS ,SENHOR?

ONDE ESTÁS ,SENHOR?



ONDE ESTÁS, SENHOR?
“Estejam sempre alegres. Permaneçam sempre em oração.
Sejam sempre agradecidos, haja o que houver, porque esta é à
vontade de Deus para com vocês que pertencem a Cristo
Jesus”. 1 Ts 5.16-18
sta semana recebi uma ligação que me
deixou apreensiva. Saí do telefone com a
sensação de estar andando em círculos
com uma pessoa. Você já teve esta sensação?
Algumas semanas atrás dois pastores da igreja
onde congrego falaram sobre “lavar os pés”.
Aquela palavra ficou vários dias em minha
mente e quando foi na terça-feira, após a
ligação, esta mensagem saltou do “arquivo” e se
colocou diante dos meus olhos.
Fui até a cozinha passar um café enquanto fazia
algumas perguntas para Deus, pois para mim
estava ficando difícil. Alguém nos procurou alguns meses atrás
porque seu casamento estava passando por um período bastante
turbulento. Entre a esposa e a música, o marido preferiu a música.
Entre a esposa e a amante, ele ficou com a amante. Certo tempo
depois ele volta para casa, mas decidido manter uma vida dupla até
que um dia a esposa descobre e lhe dá uma surra, então ele decide
sair novamente de casa e voltar para a amante, pois esta já era a
segunda vez que eles se agrediam fisicamente. Ela então sai atrás da
vidente gospel da vida e a palavra que recebe vem satisfazer o seu
sentimento de vingança, afinal ela estava ferida e se sentindo
abandonada. A “vidente gospel” declara que seu ex-marido irá
morrer, então ela começa contar os dias e as horas para o seu
sepultamento e começa a divulgar a morte de seu ex-marido para as
pessoas mais próximas, pois afinal a vidente gospel já havia
profetizado (Is 8.19-22).
Do outro lado da linha ela pergunta se por acaso eu teria o telefone
particular do pastor da igreja onde congrego, pois o ex-marido estava
de volta. Aí começa a minha luta interna. Na mesma hora eu comecei
a pensar que se não houver uma regeneração de ambas as partes
estes pés serão colocados novamente em minha porta para serem
lavados e confesso com lágrimas nos olhos que senti vontade de
E
fazer como os discípulos fizeram em Jerusalém. Entraram na casa,
perceberam a bacia e o cântaro, mas ninguém se ofereceu para lavar
os pés. Eu perguntava a Deus se teria que lavar pés que poderiam
voltar a qualquer instante para a lama da prostituição, pés que se
encaminhariam para buscar previsão para futuro. Pés que talvez
voltassem com o vírus do HIV já que estão levando uma vida tão
promiscua.
Queria compartilhar a minha frustração com alguém, mas achei que
não deveria incomodar ninguém com este assunto. Neste momento o
telefone toca e do outro lado à voz suave e doce de uma amiga e
irmã em Cristo. Então ela me pergunta se está tudo bem, pois meu
nome havia surgido em sua mente de uma maneira tão forte que ela
precisou deixar tudo o que estava fazendo para ligar. Quem me ligou
é alguém que está nos ajudando a lavar os pés deste casal, então
pude falar da minha inquietação e sabia que ela iria entender. E entre
tantas coisas ela me disse algo que está ecoando até agora em minha
mente: “Nós fomos ensinadas a amar”. Ela disse: Eu também me
encontro cansada, pois não consigo ver postura neles, mas nós fomos
ensinadas a amar e Deus será justo.
Não há como retroceder, não há como viver de outra maneira. Ele
nos ensinou a amar.
Ontem ao sair coloquei no carro minha Bíblia e um dos livros de Max
Lucado (Simplesmente Como Jesus). Enquanto estava no trânsito
abri minha Bíblia e o que Deus tinha reservado para mim se encontra
no Salmo 31. O salmista declara: “Viverei feliz porque senti o teu
amor cuidadoso em ação na minha vida. Tu viste os meus
problemas, o meu coração apertado, e não permitiste que os
meus inimigos me dominassem. Pelo contrário. Tu me deste
um caminho largo e passos bem firmes. Sê bondoso comigo,
Senhor, porque estou confuso e cheio de problemas. Já estou
cansado de tanto chorar, já estou fraco de tanta tristeza”. (Sl
31.7-8)
Em muitos momentos não conseguimos entender direito a razão de
se dar graças a Deus por determinadas coisas que surgem no nosso
dia-a-dia, mas o salmista declara que viverá feliz porque sentiu o
amor cuidadoso em ação na sua vida. Isto é maravilhoso!
Durante a audiência com o Supremo Juiz, eu colocava as minhas
razões para deixar esta função. Sinto-me frustrada ao ver alguém
correndo atrás de previsões e querendo o tempo todo que alguém
decida a sua vida por não desejar dobrar os joelhos e buscar a face
de Deus. Alguém que prefere previsões ao invés de ter disciplina da
leitura da Palavra. Eles vivem olhando para todos os lados
procurando esperança, mas só encontram medo, tristeza e
desespero. Quem vive atrás destas coisas, vive como escravo,
cansado e morto de fome e quando a fome aperta, ofendem os
líderes e a Deus.
Dizia a Deus do meu cansaço pela falta de postura. Dizia a ele
quanto estava cansada de lavar toda esta sujeira. A bacia sempre fica
cheia de mentiras, prostituição, infidelidade, falta de compromisso
com Deus, negligência com sua filhinha que assiste as agressões
físicas, com os pais da esposa que também são obrigados a assistir
toda esta situação decadente. Nós desejamos ardentemente que eles
vivam de acordo com a Palavra de Deus e não conseguimos ver
esforço algum e como ser humano que sou muitas vezes me sinto
cansada e frustrada.
E sabe de uma coisa? Nós precisamos estar vigilantes, pois fomos
todos feitos do mesmo material. Precisamos nos esforçar a cada dia.
Ele me dá espaço para me sentir frustrada, mas não me dá o direito
de julgar. Ele me dá espaço para falar da minha indignação, mas não
posso julgar. Pois somente o sangue de Jesus Cristo nos purifica de
todo pecado.
Então, chego ao hospital e enquanto espero a minha hora de ser
atendida abro o livro de Max Lucado e Deus que me faz sentir o Seu
amor cuidadoso em ação em minha vida respondendo através do
autor: “Relacionamentos são bem-sucedidos não pela punição
dos culpados, mas pela misericórdia dos inocentes”. “De todos
os homens naquela sala, apenas um era digno de ter seus pés
lavados. E Ele foi o que lavou os pés dos outros. O que era
digno de ser servido serviu os outros. A genialidade no
exemplo de Jesus é que o fardo da construção da ponte recai
sobre o forte, não sobre o fraco. O único inocente foi o único a
tomar a iniciativa”. (Livro: Simplesmente Como Jesus –pág.
33)
O nosso Deus nos mostra como devemos dar graças por tudo e
também nos concede poder para fazê-lo. Ele nos mostra razões de
sermos gratos em qualquer situação, mesmo não compreendendo os
porquês da situação em si. Muitas vezes no instante em que as
coisas acontecem não conseguimos estar gratos e nem mesmo
manter a calma e a melhor coisa é parar e ser sincera com Ele e dar
graças mesmo sem entender.
O nosso Deus sabe quando estamos confusos, cheios de problemas e
cansados de chorar e quando conseguimos ser honesto conosco
mesmos e principalmente com Ele, a Sua luz vem, nos ilumina. E um
coração queixoso não pode sobreviver ao espírito de gratidão.
Quando parece que o dia tornou-se noite, podemos perceber que na
verdade é à sombra da Sua mão que se estende para nos afagar e
quanto mais vazio estiver o nosso cálice, mas espaço haverá para
recebermos do Seu amor. O Deus que nós servimos é santo. Ele é a
luz do mundo. Se nós o seguirmos, não vamos tropeçar na escuridão,
porque sobre o nosso caminho será derramado luz viva. Os ensinos
de Deus nos conduzem a vida eterna, mas todo aquele que o rejeita e
despreza a sua Palavra será julgado no dia do juízo pelas verdades
que Ele mesmo revelou. E a mim e você só cabe obedecer.
“Você pode estar certo de que Jesus conhece o futuro de cada
pé que está lavando”. Max Lucado
Graça e Paz
!
Regina Lopes

12 de fevereiro de 2012

A ÁGUA É INDISPENSÁVEL





Defesa da saúde: a água é indispensável


Sempre que dou aula de Clínica Médica a estudantes do quarto ano de Medicina, lanço a pergunta:
-Quais as causas que mais fazem pessoas com mais de 60 ANOS terem confusão mental?

Alguns arriscam: "Tumor na cabeça".
Eu digo: "Não".
Outros apostam: "Mal de Alzheimer". Respondo, novamente: "Não". A cada negativa a turma espanta-se.

E ficam ainda mais boquiabertos quando enumero os três responsáveis mais comuns: - diabetes descontrolado; - infecção urinária;
- a família passou um dia inteiro no shopping, enquanto os familiares mais velhos ficaram em casa.

Parece brincadeira, mas não é.
Constantemente, sem sentir sede, deixamos de tomar líquidos.
Quando falta gente em casa para lembrá-los, desidratam-se com rapidez.
A desidratação tende a ser grave e afeta todo o organismo.
Pode causar confusão mental abrupta, queda de pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos ("batedeira"), angina (dor no peito), coma e até morte.

Insisto: não é brincadeira. A partir dos 60 anos, temos pouco mais de 50% de água no corpo.
Isso faz parte do processo natural de envelhecimento.
Portanto, menor reserva hídrica..
Mas há outro complicador: mesmo desidratados, eles não sentem vontade de tomar água,
Pois os seus mecanismos de equilíbrio interno não funcionam muito bem.

Conclusão:
Pessoas com mais de 60 anos desidratam-se facilmente não apenas porque possuem reserva hídrica menor, mas também porque percebem menos a falta de água em seu corpo.
Mesmo que a pessoa seja saudável, fica prejudicado o desempenho
Das reações químicas e funções de todo o seu organismo.

Por isso, aqui vão dois alertas:O primeiro é para os MAIORES DE 60 ANOS:

Tornem voluntário o hábito de beber líquidos.
Por líquido entenda-se água, sucos, chás, água-de-coco, leite.
Sopa, gelatina e frutas ricas em água, como melão, melancia, abacaxi,
Laranja e tangerina, também funcionam.

O importante é, a cada duas horas, botar algum líquido para dentro.
Lembrem-se disso!

Meu segundo alerta é para os familiares:
Ofereçam constantemente líquidos aos familiares com mais de 60 anos.
Ao mesmo tempo, fiquem atentos.
Ao perceberem que estão rejeitando líquidos e, de um dia para o outro,
Ficam confusos, irritadiços, fora do ar, atenção.
É quase certo que sejam sintomas decorrentes de desidratação.
"Líquido neles e rápido para um serviço médico".

Arnaldo Lichtenstein (46), médico, é clínico-geral do Hospital das Clínicas e professor colaborador do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Gostou?
Então divulgue.
Seus amigos que estão perto, ou ultrapassam os 60, merecem saber.

Cuidados Médicos, depois dos 60 anos






Enviado por Mauro Ribeiro

11 de fevereiro de 2012

SALVÉ RAINHA EM GREGORIANO

O EVANGELHO É NOTÍCIA



O Evangelho é Notícia
Janeiro de 2012
Missão: Evangelho e libertação do mal
IV Domingo do Tempo Comum
Ano B – 29.01.2012
Deuteronómio 18,15-20Salmo 94
1Coríntios 7,32-35
Marcos 1,21-28
Reflexões
«Deus é médico e é também medicamento!», dizia justamente o santo capuchinho Leopoldo Mandic (1866-1942) aos seus penitentes no confessionário de Santa Cruz em Pádua. Palavras em total sintonia com o trecho evangélico de hoje. Desde o início do seu Evangelho, Marcos apresenta Jesus como uma figura extraordinária em palavras e gestos: um mestre que provoca admiração, porque ensina com autoridade moral (v. 22), isto é, com eficácia; um taumaturgo que com um simples gesto e uma ordem («cala-te, sai») expulsa de um homem um espírito impuro (v. 25-26). Temor, surpresa, fama, admiração, mas também muitas esperanças, são os sentimentos que aquele novo Rabi misterioso, convincente e poderoso, suscita no coração de todos «imediatamente por toda a parte» (v. 28). Dessa forma, toma corpo em Jesus aquele profeta ideal que Deus tinha prometido ao seu povo por meio de Moisés (I leitura). Em poucas linhas, Marcos lança as bases para que o catecúmeno – e hoje o cristão – possa fazer um progressivo caminho à descoberta de Cristo, um itinerário de escuta e de procura, caminhando da obscuridade para a luz, para a Páscoa e a missão.
O episódio do homem possesso por um espírito impuro, que grita e se contorce, induz a algumas reflexões sobre a existência dos espíritos do mal que, em formas múltiplas e dramáticas, atormentam as pessoas no corpo, na psique e no espírito. É sabido que algumas manifestações atribuídas ao diabo, eram, e são ainda hoje, simplesmente doenças, mesmo se pouco conhecidas. Este facto porém não deve justificar as dúvidas sobre a existência do espírito maligno ou sobre a acção negativa que tal espírito tem sobre as pessoas. Negá-lo seria ingenuidade, que serviria apenas para favorecer a expansão do mal no mundo. Os Evangelhos apresentam-nos numerosos milagres de Cristo sobre pessoas que eram vítimas de males estranhos de natureza psicossomática. A acção sanativa de Jesus abarca a pessoa de modo integral: Ele cura, simultaneamente, o corpo, a psique e a alma.
Para fazer frente ao mal, ao destino e às forças negativas em geral, todos os povos fizeram recurso a meios como o espiritismo, a adivinhação, o ocultismo, confiando-se a magos, bruxos, astrólogos, feiticeiros, videntes, adivinhos, horóscopos, etc… Deus tinha já proibido estas práticas ao seu povo (Dt 18,10-11). Porque se trata, demasiadas vezes, de um obscuro mundo de fraudes, que explora – em troca de chorudas compensações económicas – os receios, a ingenuidade, a credulidade das pessoas, a ignorância sobre Deus, gerando falsas consolações, seguidas rapidamente por frustrações e desespero. Segundo a experiência comum dos missionários que operam em várias partes do mundo, medos e enganos são sinais típicos de paganismo. Mas são realidades que continuam a serpentear entre os cristãos, quando estes não estão totalmente convertidos interiormente: quando não aprenderam, por um lado, a aceitar alguns limites conaturais à vida humana e, por outro, a confiar na orientação amorosa e providente do Pai da Vida. Frequentemente alguns resíduos de paganismo continuam a conviver em pessoas crentes, por vezes também em pessoas de vida consagrada.
O caminho de conversão é necessário para todos e dura toda a vida, porque cada pessoa humana nasce pagã, isto é, não cristã. Uma pessoa não nasce cristã: torna-se cristã. O caminho de conversão recomeça com cada pessoa que nasce: de facto, o Baptismo não é senão o início de um processo de crescimento espiritual. A conversão cristã consiste na progressiva libertação dos medos, dos ídolos e das múltiplas formas de falsidade. Expondo-se sem véus à verdade do Evangelho, cada pessoa faz experiência e dá testemunho da liberdade interior que brota da adesão a Cristo. Os santos são pessoas que, com a graça divina, atingiram um maior grau de libertação das formas de paganismo. De facto, a adesão a Cristo gera liberdade, porque só Ele é a verdade que torna livres (Jo 8,32; 14,6). Porque Jesus, com o seu sofrimento ajuda-nos a dar sentido ao nosso sofrimento e a enfrentar as provações com serenidade. (*)
A pregação evangelizadora, embora sempre benévola e compreensiva para com as pessoas que erram ou são doentes, deve ser vigorosa e acutilante contra o mal. O facto que o endemoninhado do Evangelho, esteja primeiro tranquilo na sinagoga e, depois do ensinamento autorizado de Jesus, comece a rebelar-se e a gritar contra Ele (v. 22-24), convida a reflectir sobre a força e autenticidade da nossa pregação. Esta não pode ser indulgente ou branda para com o mal, por medo de incomodar, mas deve sacudir as consciências, estimular as pessoas a uma mudança de vida e indicar o caminho que conduz ao encontro verdadeiro com Deus e com os irmãos, na comunidade dos crentes em Cristo. Só assim o anúncio missionário do Evangelho de Jesus exerce o seu poder libertador e salvador: expulsa os demónios, cura as feridas, renova e transforma as pessoas desde dentro.
Palavra do Papa
(*) «Jesus sofre e morre na cruz por amor. Desse modo, vendo bem, deu sentido ao nosso sofrimento, um sentido que muitos homens e mulheres em cada época compreenderam e assumiram, experimentando serenidade profunda mesmo na amargura de duras provas físicas e morais… Tenhamos a certeza: nenhuma lágrima, nem de quem sofre, nem de quem lhe está próximo, se perde diante de Deus».
Bento XVI
Angelus dominical, 1 de Fevereiro de 2012
No encalço dos Missionários
- 29/1: Jornada Mundial dos Doentes de Lepra, fundada por Raoul Follereau em 1954. Tema para a 59ª Jornada 2012: «Faz da tua vida algo que valha».
- 29/1: S. José Freinademetz (1852-1908), da Sociedade do Verbo Divino.
- 30/1: Memória de Mohandas Karamchand Gandhi, conhecido como «Mahatma» (alma grande) da Índia (1869-1948), líder da «não-violência-activa», assassinado em Deli.
- 31/1: S. João Bosco (1815-1888), fundador da família Salesiana; enviou os primeiros missionários salesianos para a Argentina.
- 31/1: B. Candelária de S. José (Susanna Paz-Castillo Ramírez). Nasceu e viveu na Venezuela (1863-1940) e fundou uma congregação ao serviço dos doentes e necessitados.
- 1/2: B. Luís Variara (1875-1923), missionário salesiano italiano, que viveu entre os leprosos e morreu em Cúcuta (Colômbia).
- 2/2: Apresentação do Senhor Jesus, proclamado como «salvação oferecida a todos os povos, luz para se revelar às nações» (Lc 2, 31-32). – Dia da Vida Consagrada.
- 2/2: S. João Teofano Vénard (1829-1861), sacerdote da Sociedade para as Missões Estrangeiras de Paris, mártir em Hanoi (Vietname). As suas cartas inspiraram também Santa Teresa de Lisieux no amor e dedicação às missões.
- 3/2: B. Maria Helena Stollenwerk (†1900): juntamente com S. Arnoldo Janssen (15/1) e a B. Josefa Stenmanns (20/5) fundou em Steyl (Holanda) as Missionárias Servas do Espírito Santo.
- 4/2: S. João de Brito (1647-1693), missionário jesuíta português, conseguiu muitas conversões e morreu mártir na Índia.
- 4/2: Em 1974 foi aprovada no Haiti a primeira lei que abolia a escravatura na América Latina/Caraíbas.
Colaboração e agradecimentos
Coordenação: P. Romeo Ballan - Missionários Combonianos (Verona)
Sítio Web: «Palavra para a Missão»






Enviado por MAURO RIBEIRO