A verdadeira Cruz não é aquela que nós julgamos que nos dá tempo de dizer, em tom de desabafo:
- Porque hei-de ser tão sacrificada ao ter de fazer isto ou aquilo?,
A verdadeira cruz é aquela que não tem palavras para a definir, que é invisível, que se LEVA, como que aperfeiçoando o nosso silêncio, as nossas palavras, o nosso sorriso, a nossa oferta interior,sem lembrança de nada. Num estado de abandono, à maneira do riacho que só beija as pedras, numa intimidade plena com o verdadeiro SOFREDOR, a cruz é Caminho no deserto. Num segredo de Deus que nos ama. a verdadeira cruz é como um cesto sempre vazio, e que dum momento para o outro se enche com as cores do arco-íris em contínua transformação na luz branca da pureza das açucenas.
É a cruz que não se projecta, porque qual infinidade de estrelas no Céu da alma , misturadas no espaço celeste, só Deus conhece o brilho, muito longínquas porque nascidas no "AGORA". É no "AGORA"que o vem buscar para tecer um cordão santificante, de côr peroleada com perfume de rosas com espinhos.
É a cruz, um feixe de vimes que, sempre tenrinhos, porque improvisados pelo "AGORA" divino,que leva o Espírito Santo a gritar-nos aos ouvidos do coração( a surdez física aqui é só um apêndice dum boneco articulado, que faz parte da tal cruz visível):-"Acautela-te que o Meu Fogo agora queima! Não O apagues com os teus alaridos que O não deixam ruborizar, deitando tudo a perder.
Ele, a essa cruz transparente, com côr da chama sangue que arde, que queima e que cobre os limites sem BASTA, chama-lhe o" ESCUDO DA PAZ".
O MAR DA CRUZ É INFINITO.COMEÇA NO MAIS ESCONDIDO SEIO DA TERRA E CONTINUA NA ETERNIDADE DOS BEM-AVENTURADOS.
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De Maria do Rosário Guerra
21 de maio de 2010
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