Hoje a Igreja defende os nascituros, os seres mais inocentes e mais indefesos que possam existir. A eles se atribui culpa pela pobreza pelo subdesenvolvimento, pela violência nas grandes cidades, e agora são responsabilizados pela morte de mulheres pobres. Eles são condenados à morte. Na realidade, outros são responsáveis por esses males na aCtual sociedade. Outras deviam ser as providências para salvar a vida das mulheres pobres consideradas sem condições de ter um filho. Chamam-se políticas públicas as acções devidas a quem, sozinho, não consegue dar conta de suas responsabilidades naturais.
Elegeu-se um governo popular exatamente para defender a dignidade e a vida dos pobres e inocentes, não para eliminá-los.
A defesa da vida constitui uma conquista da civilização e seria muito grave retornar aos tempos quando nem todos os seres humanos eram considerados pessoas. Estes, então podiam ser comprados, vendidos, tratados como objecto, inclusive, mortos.
A vida humana não é um produto nosso; não é objeto de nossa fabricação, por isso não está a disposição de nosso arbítrio. Os Direitos Fundamentais da Pessoa Humana, a começar do Direito à Vida, não são outorgados por instâncias políticas. Eles vêm antes de qualquer legislação humana, são preciosos porque subtraem a pessoa ao arbítrio de qualquer poder e à tirania de circunstâncias adversas. Os Governos e os seus órgãos legislativos podem apenas reconhecer esses direitos e devem tudo fazer para garanti-los.
Abortar é medida que deixa a mulher sozinha com o seu drama, desonera o pai da criança, desonera a administração pública e a sociedade organizada da necessidade de acolher, cuidar, sustentar, juntamente com a mulher, a vida nova que está chegando.
Demoramos mais de 200 anos para tomar consciência de que não se pode violar a natureza, o ar, as águas, as florestas sem pagar alto preço, como o aquecimento global. A violação da vida humana nos trará consequências ainda piores!
A criação de lei e debate que a acompanha têm extraordinário poder “educativo”. As novas gerações aprendem que se alguém está incomodando, atrapalhando a vida, pode ser eliminado! Cria-se mentalidade comum segundo a qual o ser humano não é inviolável. É evidente o nexo entre essa mentalidade que se expande e o crescimento da violência.
Um embrião não é um grumo de células, mas indivíduo da espécie humana. Não se trata de verdade de fé e sim de verdade que a razão é capaz de reconhecer. O embrião contém a informação genética que presidirá ao seu desenvolvimento, desde a concepção até a morte. Desenvolve-se humanamente, pode ser submetido a tratamento terapêutico, para garantir o seu desenvolvimento. Existindo uma sequência de DNA típica e exclusivamente humana trata-se de um ser humano possuidor de subjectividade jurídica e inviolável direito à vida, à integridade física.
“Diante da vida que nasce e da vida que morre, o homem egoísta não se deixa interrogar sobre o sentido mais autêntico da sua existência. Preocupa-se somente com o “fazer” e, recorrendo a qualquer forma de tecnologia, para programar, controlar e dominar o nascimento e a morte” (J.Paulo II).
8 de maio de 2010
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