5 de março de 2010

SEJAMOS ALMAS REPARADORAS FACE ÀS OFENSAS À MÃE DO CÉU




HISTÓRIA DE NOSSA SENHORA ROSA MÍSTICA DE MONTICHIARI
Primeira Versão desta Lição:
“MONTICHIARI 1947: Maria Aparece como Rosa Mística. Montichiari, com o lugar de Fontanelle, é uma cidade situada na Itália setentrional. Dista de Bréscia uns vinte Kms. Nas imediações existe ainda o vetusto castelo de Maria com a antiga igreja de S. Pancrácio.

Primeira Aparição: Primavera de 1947. A então jovem Pierina Gilli, nascida em Montichiari a 3 de Agosto de 1911, empregada como enfermeira no hospital citadino, teve pela primeira vez a visão da Santíssima Virgem na primavera de 1947, num quarto do mesmo hospital. Viu uma Senhora muito bela, de vestido roxo, e na cabeça um cândido véu. O seu aspecto era de grande tristeza. E dos olhos brotavam grossas lágrimas que tombavam no chão. No peito iam cravadas três enormes espadas. A Virgem disse-lhe, então, só estas palavras: “Oração, sacrifício, penitência”. Depois, calou-se e desapareceu.

Segunda Aparição: Na manhã de um domingo apareceu de novo a Santíssima Virgem a Pierina Gilli, numa sala do hospital. Vestia de branco e, no peito, no lugar das espadas, tinha agora três rosas: uma branca, outra vermelha e amarelo-dourada a terceira. Pierina dirigiu-lhe estas palavras: “Dizei-me, por favor, quem sois Vós?”.
A Virgem sorriu e respondeu: “Sou a Mãe de Jesus e de todos vós”. Fez uma pausa e, a seguir, prosseguiu: “O Senhor envia-me a fim de promover uma devoção Mariana mais eficaz entre os institutos e congregações religiosos, masculinos e femininos, e entre todos os sacerdotes. Prometo a todos, os que me honrarem mais, a minha proteção, o florir de vocações, menos apostasias e sumo desejo de santidade nos ministros de Deus. Desejo que o dia treze de cada mês seja considerado como dia mariano a consagrar a preces especiais que se hão de iniciar doze dias antes”. Depois, com expressão de alegria no rosto, continuou: “Nesse dia farei descer abundância de graças e santidade de vocações sobre quantos me honrarem. Desejo que o dia 13 de Julho de cada ano seja festejado em honra da Rosa Mística”. Pierina perguntou à Senhora se queria demonstrar o seu poder com algum fato miraculoso. A Senhora respondeu: “O milagre mais evidente sucederá quando as almas consagradas, cujo espírito se relaxou, sobretudo na última guerra, com os seus graves castigos e perseguições, puserem termo às contínuas ofensas ao Senhor, regressando ao espírito primitivo dos Santos Fundadores”. Com estas palavras se encerrou o colóquio.
Eis agora o comentário referente às três espadas e rosas, comentário impressionante e que se não de tomar de ânimo leve: a 1ª espada simboliza a ruína da vocação sacerdotal e religiosa; a 2ª, a vida pecaminosa que levam muitos sacerdotes; a 3ª, a traição de Judas e o ódio contra a Igreja. Vejamos agora o simbolismo das três rosas: a rosa branca indica o espírito de oração; a vermelha, o espírito de sacrifício e de abnegação; a amarelo-dourada, o espírito de penitência.

Terceira Aparição: 22 de Outubro de 1947. A bela Senhora apareceu novamente a Pierina Gilli, não em um quarto, mas na capela do hospital, estando presentes só três pessoas, e, entre elas, o confessor de Pierina. A Virgem Santíssima voltou a pedir a prática da devoção recomendada noutras vezes e disse, entre outras coisas: “Coloco-me, qual medianeira, entre os homens e, em particular, entre as almas dos religiosos e o meu Divino Filho. Ele está cheio de tristeza com as ofensas que recebe diariamente e quer dar curso à sua justiça”. Pierina expressou, nessa altura, a sua devoção, também em nome dos presentes. Depois a Visão desapareceu, dizendo estas palavras: “Vive de amor”.

Quarta Aparição: 16 de Novembro de 1947. Na paroquial ou Sé de Montichiari voltou Nossa Senhora a aparecer a Pierina Gilli. Estavam presentes alguns fiéis e alguns sacerdotes. A Virgem repetiu a admoestação anterior, dizendo que o seu Divino Filho estava sobremaneira exacerbado com as grandes ofensas que recebe dos homens e com os pecados contra a santa pureza. Após ligeira pausa, continuou: “Ele está para enviar um dilúvio de castigos...” A Virgem calou-se por instante e, depois, disse: “Intervim para implorar ainda a misericórdia e, em reparação, rogo oração e penitência”. Entretanto Pierina acenava com a cabeça. Depois a Senhora retomou a palavra e insistiu em recomendar vivamente aos sacerdotes que se empenhassem em combater, o mais possível, as faltas contra a pureza. “Eu, disse ela, encherei de graça os que repararem estes pecados”. Pierina, então, ousou perguntar: “Seremos perdoados?” E a Virgem, em resposta: “Sim, contanto que se combata em toda a parte o pecado da impureza”. E, ditas essas palavras, desapareceu.

Quinta Aparição: 22 de Novembro de 1947. Nesta Aparição, sucedida na paroquial, diante de algumas pessoas, quis a Senhora que Pierina desenhasse com a língua quatro pequenas cruzes sobre as lajes do pavimento, no meio da catedral e, precisamente, sob a cúpula. Depois, a visão veio colocar-se sobre as cruzes, pronunciando estas palavras: “Desci a este lugar sagrada, onde acontecerão grandes coisas”. E acrescentou com amar: “Os cristãos do teu país são os que, agora, mais ofendem o Senhor com os pecados contra a santa pureza” (os italianos, sendo na totalidade batizados na Igreja católica, têm maior responsabilidade perante Deus). “Por isso, o Senhor pede orações, generosidade no sacrifício e penitência”. Então Pierina disse: “Que devemos fazer para executar as vossas ordens?” E a respostas foi: “Aceitai diariamente todas as pequenas cruzes e os trabalhos em sinal de penitência”.
A Virgem, retomando toda a expressão da sua realeza, disse: “No dia 8 de Dezembro, pelo meio dia voltarei aqui à igreja, onde será a Hora da Graça”. E Pierina interrogou: “Que significa Hora da Graça?” A Visão: “Conversões em massa”. E acrescentou: “Almas endurecidas, gélidas como o mármore, serão tocadas pela graça divina, tornando-se fiéis ao Senhor e apaixonadas por Ele”. Foi esta a única vez que a Senhora avisou Pierina da Sua próxima vinda, enquanto que, das outras vezes, se tratou sempre de aparições inesperadas.

Sexta Aparição: 7 de Dezembro de 1947. Durante a aparição, na catedral, cima descrita, estiveram presentes só três pessoas, e, entre elas, o confessor de Pierina. A Senhora estava envolta num alvo manto, que, a um e outro lado, sustinham um menino e uma menina, vestidos de branco. Desta vez a Senhora exprimiu-se assim: “Quero mostrar o meu Coração Imaculado, que dos homens tão pouco é conhecido”. E prosseguiu: “Em Fátima desejei propagar a devoção da Consagração ao meu Coração Imaculado”. Depois, com mais vivacidade e efusão de sentimento, acrescentou: “Em Bonate procurei inculcar esta devoção nas famílias cristãs”. (Bonate fica na província de Bérgamo e lá aparecera Nossa Senhora durante a guerra de 1940 1945). Nesta ocasião a Virgem fez uma pausa mais larga, para, em seguida, retomar a palavra: “Em Montichiari desejo, porém, que a devoção, já indicada, à Rosa Mística, unida à do meu Coração, se aprofunde e propague nos Institutos religiosos, a fim de que as almas consagradas possam atrair do meu Coração materno graças mais abundantes”. Pierina fez então a pergunta; “Quem são os meninos que tendes a Vosso lado?” “São Jacinta e Francisco, respondeu a Virgem, e eles te acompanharão nas tribulações, pois que também eles, embora mais pequenos que tu, sofreram bastante. Eis o que eu te quero: bondade e simplicidade como as destas crianças”. Ao pronunciar estas palavras, a Virgem alargou os braços num gesto de proteção, ergueu os olhos ao céu e exclamou: “Seja louvado o Senhor”. E desapareceu.

Sétima Aparição: 8 de dezembro de 1947. Dada a seqüência das aparições, reuniram-se em Montichiari uma grossa multidão, de alguns milhares de pessoas que, em parte, se achavam congregadas nesse dia na catedral, de sorte que Pierina Gilli teve dificuldade em penetrar no lugar sagrado. Quando chegou ao centro da nave, no lugar habitual das vezes anteriores, ajoelhou-se e deu início à reza do santo terço. De súbito, Pierina exclamou: “Oh! A Senhora!”. Fez-se em seu redor um silêncio enorme e o próprio Mons. Francesco Rossi, pároco da catedral, afirmou que, apesar da multidão ingente, o silêncio era tão absoluto que se poderia ouvir um vôo de mosca. A Virgem estava hirta, em pé, ao cimo de uma escadaria branca, enfeitada, a um e outro lado, com rosas brancas, vermelhas e amarelas. Sorriu, enquanto dizia: “Eu sou a Imaculada Conceição”. Depois, baixando alguns degraus, ajuntou: “Sou a Mãe da Graça, Mãe do meu Divino Filho Jesus Cristo”.
Desceu mais alguns degraus, prosseguindo: “Aqui, em Montichiari, quero ser chamada Rosa Mística. Desejo que todos os anos, no dia 8 de Dezembro, tenha lugar, ao meio dia, a Hora da Graça universal, com que se hão de obter numerosos favores para a alma a para o corpo”. Depois acrescentou: “O Senhor, o meu Divino Filho, concederá grande misericórdia, contanto que os bons não deixem de orar pelos seus irmãos pecadores. Comunicai rapidamente ao Santo Padre da Igreja Católica, o Papa Pio XII, o meu desejo de que esta Hora da Graça se difunda a pratique em toda a terra. Os que não puderem ir à igreja obterão as graças desde que orem em suas casas. A quem orar e derramar lágrimas de arrependimento nesta igreja, ser-lhe-à indicada uma via segura para obter do meu Coração graça e valimento”. Nesse momento Pierina pôde contemplar o Coração resplandecente da Virgem e ouvir as palavras seguintes: “Eis o Coração que tanto ama os homens, mas da maior parte deles é pago com ultrajes”. Calou-se então para, daí a instante, continuar: “Quando os bons, como também os maus, se reunirem todos em oração, hão-de alcançar do meu Coração misericórdia e paz... Até agora os bons, graças à minha intercessão, obtiveram do Senhor um ato de misericórdia, que lhes valeu o ser afastado um grande flagelo”. E, a sorrir, continuou: “Dentro de pouco há de o mundo conhecer a grandeza desta Hora da Graça”. Pierina deu-se conta de que a Visão estava a desvanecer-se e disse: “Bela Senhora, obrigada; abençoai-me, abençoai a minha pátria, a Itália, o mundo inteiro, de forma especial o Santo Padre, os sacerdotes e religiosos e também os pecadores”. A Senhora retorquiu: “Já está pronta a abundância de graças para todos os filhos que escutam a minha voz e tomam a peito as minhas súplicas”. Com estas palavras a Visão desapareceu. Nesta aparição a Virgem confiou também a Pierina um segredo com a promessa de que voltaria para a avisar quando era chegada a hora de o levar ao conhecimento dos superiores eclesiásticos.

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