24 de janeiro de 2010

OS OBLATOS DE SÃO FRANCISCO DE SALES

COMO TUDO COMEÇOU...


OS OBLATOS DE SÃO FRANCISCO DE SALES

Ela tinha 50 anos; ele, 26. Ela era uma religiosa de clausura. Ele, sacerdote diocesano.
Ela já tinha celebrado o seu Jubileu de Prata. Ele foi ordenado havia só 3 anos. Ela era a
Madre Maria de Sales Chappuis da Ordem da Visitação de Santa Maria. Ele, Padre Luís
Brisson, um sacerdote da Diocese de Troyes, na França.

Seria interessante conhecer os pensamentos que cruzavam a mente deles naquela
manhã do dia 1 de outubro de 1846, quando Padre Brisson se apresentou à Madre Maria
de Sales, a Superiora do mosteiro da Visitação em Troyes. Ele era o capelão,
recentemente nomeado para as freiras e as meninas do pequeno pensionato, ligado ao
mosteiro. Infelizmente, nenhum dos dois parece ter-se tomado o tempo para registrar
os seus pensamentos daquele dia. No entanto, não há dúvida que, a partir daquele
momento, durante os 32 anos seguintes até a morte dela aos 82 anos de idade, as suas
vidas haviam de estar muito relacionadas uma com outra.

Se a gente teria que descrever o relacionamento dos dois em poucas palavras &emdash; pelo
menos no começo &emdash; poderia-se dizer que era um relacionamento de persistência e
resistência. Ela persistindo, ele resistindo. Não é que não a estimasse muitíssimo, uma
senhora de fé profundíssima, uma santa vivente. O problema era que ela tinha um
sonho, uma inspiração que mudaria radicalmente a vida dele, e ele não estava para
mudá-la. O sonho dela poderia ser traçado para trás quase 200 anos até encontrar um
outro sacerdote e uma outra freira. O sacerdote era o Bispo São Francisco de Sales. A
religiosa foi Santa Joana Francisca de Chantal. Os dois foram os fundadores da Ordem
da Visitação da qual a Madre Maria de Sales era um membro. Eles também tinham um
sonho, um sonho de fundar um grupo de sacerdotes e irmãos. Depois da morte dele em
1622, Santa Joana resolveu começar um grupo assim, uma congregação de homens que
levariam adiante o trabalho de São Francisco de Sales. Ela trabalhava muito para
executar essa visão de um grupo de homens que, acima de tudo, seriam formados pelos
ensinamentos de São Francisco de Sales. Os sonhos de Santa Joana não haviam de
realizar-se; ficou reservado para os outros dois: Padre Brisson e Madre Maria de Sales.



Há uma quantidade de pequenas informações, uma série de diversos elementos que
poderiam ser lembrados referente aos anos iniciais dos Oblatos, alguns empolgantes,
outros constrangentes. É interessante olhar os primeiros 5 membros que se associaram
a Padre Brisson, compondo a primeira comunidade dos Oblatos: um teólogo
esperançoso, e um pregador inflamado - um eremita retirado, e um homem doentio,
entregue a Padre Brisson pelo Bispo de Troyes, para que o homem tivesse "um lugar
para morrer" &emdash; e, finalmente, um jovem enérgico, pronto para conquistar o mundo.

Exteriormente tinham pouco em comum. Interiormente, tinham tudo em comum: o
sonho, a inspiração, a visão deles. E esse sonho, essa inspiração e visão tem sido
passada adiante durante mais de um século para milhares de homens na Europa, África,
América do Sul e do Norte e Ásia. E aquele sonho, aquela inspiração e visão, encarnada
cada vez de novo em cada membro novo da comunidade forma a história contínua dos

Oblatos de São Francisco de Sales

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