30 de outubro de 2009

DIA NACIONAL DA LUTA CONTRA O CANCRO




Dia Nacional
Cancro da mama é o mais mortal no País
por LusaHoje


Todos os anos surgem 4500 novos casos de cancro da mama em Portugal que acabam por vitimar 1600 mulheres, alerta a Liga Portuguesa contra o Cancro a propósito do Dia Nacional contra esta doença, que se assinala hoje.

A incidência do cancro da mama continua assim a aumentar em Portugal e a ser a primeira causa de morte por cancro nas mulheres.

Segundo o presidente da Liga, Vítor Veloso, a doença vai ter ainda um "aumento exponencial" a nível mundial nas próximas duas décadas - "pelo menos mais 50 por cento de novos casos".

O aumento dever-se-á aos estilos de vida, mas também ao aumento da esperança de vida, explicou.

Atenta a esta situação, a Comissão Europeia voltou a apostar na necessidade da sensibilização, educação e rastreio. "Está justificado cientificamente que o rastreio do cancro da mama, feito com qualidade, permite reduzir em 30 por cento a mortalidade por cancro", diz Vítor Veloso.

O presidente da Liga assinalou os passos que têm sido dados a nível da realização de rastreios em Portugal: "Ainda não atingimos a população toda e ainda nos aparecem cancros da mama em estádios muito avançados, por não haver uma abrangência total da população, mas penso que esse número vai diminuir cada vez mais".

Vítor Veloso avançou que, neste momento, há uma "coordenação total" e protocolos entre a Liga e o Ministério da Saúde, através das suas Administrações Regionais de Saúde, que fazem com que a Liga tenha, nos próximos dois anos, necessidade de fazer o rastreio de todas as mulheres portuguesas.

Por outro lado, se há duas décadas nove em cada dez mulheres com cancro da mama eram mastectomizadas em Portugal, hoje apenas 30 por cento das doentes são submetidas a esta cirurgia, número que os especialistas esperam ainda baixar.

"Cada vez se fazem menos mastectomias, porque se verificou que muitas das que se faziam, principalmente em tumores mais pequenos, eram perfeitamente desnecessárias", segundo Vítor Veloso.

Para esta redução do número de cirurgias também contribuíram as acções de prevenção e rastreio que têm sido realizadas e a sensibilização das mulheres para o auto-exame de detecção do tumor que ainda mata cinco mulheres por dia em Portugal

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