Especial - Doutrina católica
A CRIAÇÃO
Deus criou o mundo de tal forma que nele pudéssemos viver, a fim de garantirmos a continuidade dele e para continuarmos a obra criadora de Deus, ou seja, para partilharmos com os nossos descendentes (filhos, netos, bisnetos) as maravilhas da criação e a vida eterna. Em outras palavras: nossa missão principal nesta vida é ampliarmos o gênero humano e ensinarmos aos que nos vão substituir no governo deste mundo a amar a Deus, nosso criador, e a servi-lO com todo o nosso ser.O homem é um ser ao mesmo tempo corporal e espiritual. Temos todos os anos de nossa vida para decidir se aceitamos ou não o que Deus nos deu e nos quer dar. Se aceitarmos, seremos recebidos por ele no céu e por todos os seus anjos e santos.
Se não aceitarmos a Sua vontade, Deus permite que vivamos a nosso modo, tanto aqui como lá. A vida sem Deus, chamamos inferno.
Se, ao morrermos, ainda não estivermos preparados dignamente para viver com Ele, segundo escolhemos com nossa vida aqui na terra, passaremos um tempo preparando-nos. Damos o nome a esse tempo de purgatório. O tempo de purgatório já pode ser vivido antes da morte, com nossas renúncias, actos de caridade, esmolas, e aqueles sofrimentos que não conseguimos afastar, quando aceites e oferecidos por amor.
De que modo Deus criou o universo, não sabemos. A história contida no Gênesis de l a 11 é apenas simbólica, para nos mostrar que quem criou o mundo foi Deus, que esse mundo segue a evolução natural das coisas e que, a cada homem, Deus cria a alma no momento de sua concepção no ventre materno: Desconhecemos como foi realmente feito o pecado original. Sabemos que foi um acto de desobediência a Deus, ou seja, um acto de querer viver independentemente de Deus. Pelo Baptismo, ficamos livres da falta original, mas não ficamos livres de suas consequências (sofrimento e morte).Quanto aos anjos, foram criados na Graça de Deus, mas tiveram oportunidade de escolher se ficariam ou não com Deus. Alguns deles rejeitaram radical e irrevogavelmente a Deus e seu Reino. São chamados diabos, satanás, demônios. O nome "anjo", na verdade, é o nome do cargo desses espíritos, ou seja, "mensageiro". Enquanto criaturas puramente espirituais, são dotados de inteligência e de vontade: são criaturas pessoais e imortais. Superam em perfeição todas as criaturas visíveis.Cada fiel é ladeado por um anjo como protector e pastor para conduzi-lo à "vida": é o anjo da guarda. Em Mt 18,10, Jesus diz: "Não desprezeis nenhum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus vêem continuamente a face de meu Pai que está nos céus". No entanto, para receber a ajuda do anjo da guarda é preciso pedir. Ele não pode entrar em nossa vida e interferir nela sem o nosso consentimento; também não é obrigado a nos obedecer. Os anjos são submissos a Deus, e não a nós. Há pessoas que colocam um nome em seu anjo da guarda. Isso não é proibido, é até uma boa atitude.
Quanto a satanás, o seu poder é limitadíssimo. Ele não passa de uma simples criatura, poderosa, é verdade, pelo facto de ser puro espírito, mas sempre criatura: não é capaz de impedir a edificação do Reino de Deus. A permissão divina da actividade diabólica é um grande mistério, mas precisamos ter certeza de que Deus coopera em tudo para o bem daqueles que o amam (Rm 8,29).
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