14 de fevereiro de 2009

NAMORO À ANTIGA-DOIS E MAIS NINGUÉM


Pelos lados de Albufeira
Um anjo por lá passou.
Feriu um coração à primeira
que logo em mim ali pensou
Eu, sem nada perceber
do que se estava a passar,
um chocolate vi derreter
nas mãos de quem me apanhou.
Era no dia de Natal
quando tudo aconteceu.
A gentileza foi tal
que meu coração pulsou.
Não pensei em mais nada
e só de ti quis fugir.
Mas os sonhos acurralaram
no momento de partir.
Às Lisboas fui parar,
esperando a ocasião
de tornar a encontrar
à sucapa, um João.
Levaste a malta a jantar
A um belo restaurante.
Colocaste-me a teu lado.
Eu fiquei muito importante.
Nova hora de despedida.
A tua mão gentil apertei.
Fiquei um pouco inibida
pois de ti me separei.
Queria ver-te sorrir,
Abraçar-te de verdade.
Dar-te um beijo a sorrir
com sabor de iternidade.
Me chamaste de amor.
Eu chamei-te amorzito.
Mas qual deles o maior?
O grande ou o pequenito.
Quem dera que este amor
nunca visse o seu fim.
A "Ito seria a flor
e o Graça um jardim.
Namôro belo, sem concerteza...
e repleto de beleza.
Mas nem tudo serão rosas.
Antes com espinhos a picar...
Certamente iremos lutar.
Entre ideais a lutar.
Por uma união de vidas,
corpos e almas também,
encheremos as medidas
de puro amor e mais ninguém.
Que bela seria a vida,
se este amor não mudasse.
Uma alma seria guarida
para quando a outra chegasse.
Não secariam as rosas,
haveria um mar sem fim...
onde as sereias vaidosas
invejavam uma ternura assim.
Mas afinal quem diria
que um amor ia surgir?
E por mera cortesia
já não o deixei fugir.
E para quem sabe agora
quanto o amor pode abarcar,
manda a nostalgia embora
com o sonho em seu lugar.
O telefone foi o Elo
da minha e da tua voz.
Tivemos romance belo
a ressoar sempre em nós.
Pelo telefone te ouvia,
pelo telefone te falava,
pelo telefone te beijava,
por ele te abraçava...
Só por ele não te via.
Se o trim-trim demorava,
e o silêncio não quebrava,
minha alma quase chorava
e só no pior pensava.
Mas ao ouvir tua voz.
meu coração palpitava.
Já não estávamos sós.
A amizade franca soava.
Assim chegou o casamento.
Tu e eu por Deus unidos
com a força do Sacramento
nunca nos sentimos perdidos
de Maria do Rosário Guerra

Sem comentários: