19 de novembro de 2008

"AMA E FAZ O QUE QIUSERES"


O novelo redondo, de fios unidos,
com nós enlaçados, coloridos,
espelham graça no seu conjunto.

Uns lisos, outros mesclados,
ora mais finos, ora mais torcidos.
retêm o olhar, o pensamento,
com a missão de o aplicar.

O amor nasce na contemplação.

Dele pode sair calor para o frio;
um brinquedo apalhaçado,
um mimo na mangedoura,
um tapete axedrezado.
uma bola para o cão brincar,
um cachecol que a criança adora!...
ou um enredo, que o gato explora...

E quantas mais invenções
não poderão aparecer
neste néctar florescente
dum coração efervescente,
entre milhentas ocasiões?

Do aparente, da inutilidade.
Muito de útil irá nascer.

Brincando aprende-se a crescer...
...e a fazer algo, por motivo.

Mas ama e faz o que quiseres
com desenrolar criativo.

Tudo quanto de ti sair,
será o botão perfumado,
no amor inovecido
numa intenção de bem acrescido.

Num presente a construir,
porque bem acompanhado
pela vontade e pelo bem,
do novelo com fios em nosaria,
recheado de ideias e fantasia,
surgirá o real apetecido.

"AMA E FAZ O QUE QUISERES."

de Maria do Rosário Guerra

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