Mais uma vez fiquei sozinha.
No castiçal, a inspiração.
A alma segreda, mansinha,
fluidos poemas ao coração.
Os dedos ,beijando o teclado,
fazem esquecer as suas dores.
Tocam a montanha colorida
com as mais variadas flores.
Sentem frio, o rio calado.
Estancam lágrimas que espaçam.
os tempos ápices da vida.
Falam do céu acinzentado,
querem que as nuvens se desfaçam,
prescrutam o sol enfarruscado...
sem deixar ver o anel dourado
ligando terra e céu, ao sol-pôr.
O canto das aves dedilhado
torna-se premente oração
ao Nosso Deus, Pai e Senhor,
pelo teclado acompanhado
em tom valido, silenciado,
como num êxtase de Amor.
No cosmos do coração, passaram
as notas que os dedos soaram
dentre binários sucedidos
e sem batuta dirigidos...
num forum ancestral... quedado.
De Maria do Rosário Guerra e Graça
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