21 de abril de 2008

UM PACOTE DE BOLACHAS


Certo dia, Joana, rapariga simpática, moderna e bem vestida, sentou na sala de espera do aeroporto à espera do embarque. Levou consigo um pacote de bolachas e um livro para passar o tempo. Sentada ao seu lado, estava uma criança. Veio um cavalheiro que se sentou do outro lado e que também tinha comprado uma revista e um pacote de bolachas.
Joana abriu o livro e começou a ler. Sem tirar os olhos do livros começou a comer as bolachas. O sujeito fez o mesmo. Quando chegou a última bolacha, o sujeito partiu-a ao meio, comeu metade e deixou a outra metada para a Joana. Só aqui é que ela reparou e interiormente revoltada,pensando mal do sujeito, a Joana levantou-se e foi para outro lugar. A criança foi atrás dela.
A hora de partir aproximou-se e Joana abriu o saco para guardar o livro. Incomodada, reparou que tinha as suas bolachas guardadas e intactas. A criança sorriu e disse :- Eu vi o sucedido. O senhor sorria com o que a menina estava a fazer, mas não se importou. Eu também quis uma bolacha mas como não chegava lá, só olhava.
Joana, envergonhada, ainda quis pedir desculpa ao lesado, mas não o viu mais. De seguida deu o pacote de bolachas à criança , que feliz, pergunta: São todas para mim?
Moral da história: não julgues para não ser julgado e guardado está o bocado para quem o há-de comer.

de Ao sabor das ondas

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