27 de fevereiro de 2008

FILHOS DE DEUS

Os deficientes visíveis não são colunas deformadas do prédio populacional. Quando muito, são sim, pedras acrescentadas a FRÁGEIS colunas para que estas não caiam , destruindo o AMOR da MÃE IGREJA
Porquê sinalizá-los às vezes de forma tão marcante?
Já é humilhante para o próprio reconhecer que se torna claramente visível, física ou mentalmente uma deficiência, mas que o próximo lha lembre, não aceito.
Ainda há pouco li parte do Santo Evangelho de Jo 9.1-41 que dizia"Naquele tempo, Jesus encontrou no caminho um cego de nascença." Os discípulos perguntaram-lhe:"Mestre, quem é que pecou para ele ser cego? Ele ou os seus pais?" Jesus respondeu-lhes: "Isso não tem nada que ver com os pecados dele ou dos pais, mas aconteceu assim para se manifestar nele as obras de DEUS..."
Quantos com boa visão não vêem, mesmo com óculos? Quantos com excelente audição não ouvem, mesmo com aparelho auditivo? Quantos com um físico perfeito,capzes de caminhadas em seu proveito(e acho muito bem, pois que a conservação da saúde, é um dever) não são capazes, ainda que com todos os meios possíveis ao seu alcance, de ir em socorro do necessitado?
Eu pergunto: Quem é mais deficiente?
A sociedade já evoluiu muito neste campo, mas ainda há por aí muitas humilhações à prova de água e desnecessárias.
Acabemos com as alcunhas, com os "inhos"e outros acidentes que só desclassificam quem os pronuncia,não pensando na humilhação que possa causar ao SEU semelhante. Ainda que não possamos impedir que os olhos vejam o que não está oculto,não deixemos que da nossa boca saia algo frustante e que fere a personalidade do deficiente que ouve.
Pessoalmente ,muito tenho sofrido na carne nesse campo. Mas tenho uma consciência bem formada e olho para o alto donde me vem uma ordem: Se o teu olho é causa de pecado, arranca-o. Mais vale entrar cego no céu do que com os dois olhos a ver bem na condenação.
Mas infelizmente, muitos deficientes não entendem assim.
Há pois que dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Diferentes mas IGUAIS.

autora:Maria do Rosário Guerra e Graça

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