3 de maio de 2011

MISTÉRIOS DOLOROSOS DO SANTO ROSÁRIO



Os Mistérios Dolorosos do Rosário
Meditações tiradas de A Verdadeira Vida em Deus






A Agonia no Getsemani

A Flagelação

A Coroação de Espinhos

Jesus com a Cruz às Costas

A Crucificação













1. A Agonia no Getsemani (Mt 26,36-50 ; Mc 14,32-46 ; Lc 22,39-48 ; Jo 18,1-8)


“Ó Getsemani! Que revelaste tu senão medos, angústias, traições e abandonos! Getsemani, tu tiraste aos homens toda a coragem. Tu albergaste, em teu ambiente, dominado pelo silêncio, as Minhas Angústias, por toda a Eternidade. Getsemani, que tens tu para revelar que não tenhas já revelado? No silêncio da Santidade, tu foste testemunha da traição ao teu Deus; tu deste testemunho de Mim (...)


Quando o Amor rezou no Getsemani, milhares de demônios foram sacudidos; demônios, aterrorizados, fugiram. Havia chegado a hora: o Amor glorificava o Amor. Ó Getsemani, testemunha do Atraiçoado, testemunha do Abandonado: levanta-te, testemunha e dá testemunho! Judas traíu-Me; mas quantos mais, agora mesmo, Me atraiçoam ainda como Judas? Naquele mesmo instante, Eu sabia que o seu beijo iria ser repetido por muitos, nas gerações futuras; que esse mesmo beijo Me iria ser dado sem tréguas, renovando a Minha Angústia, lacerando o Meu Coração” (17.5.1987)




2. A Flagelação (Mt 27,26 ; Mc 15,15 ; Jo 19.1)


“Quando Me flagelaram, cuspiram sobre Mim e deram-Me tantas e tão violentas pancadas na Cabeça, que Me deixaram atordoado. Deram-Me pontapés no estômago que Me tiraram a respiração e me fizeram cair por terra, trespassado pela dor. Fizeram de Mim um verdadeiro joguete dos seus divertimentos, dando-Me pontapés, um após outro. Estava irreconhecível. O Meu Corpo estava trespassado, tal como estava também o Meu Coração. A Minha Carne, esquartejada em pedaços, pendia de todo o Meu Corpo. Um deles levantou-Me e arrastou-Me, porque as Minhas pernas já não podiam sustentar-Me”. (9.11.1986)






3. A Coroação de Espinhos (Mt 27,27-301 ; Mc 15,16-20 ; Jo 18,37 ; Jo 19,2-15)


“Depois, vestiram-Me com um dos seus vestidos, atiraram-Me para a frente e, continuando a dar-Me pancadas, bateram-Me no Rosto, esmagaram-Me o Nariz e torturaram-Me. Eu ouvia as suas injúrias. As suas vozes ressoavam com um tal ódio e zombaria, que aumentavam o Meu Cálice! Ouvia-os dizer: “Onde estão os teus amigos, agora que o seu rei está aqui, conosco? Todos os Judeus serão assim tão traidores como eles? Olhai para o seu rei!” E coroaram-Me com uma Coroa entrançada de espinhos. “Onde estão agora os teus Judeus, para te saudar? E tu és mesmo rei, não é verdade? Poderás, então, imitar um rei? Ri! Não chores. Tu és rei, não é verdade? Então, porta-Te como tal” (9.11.1986)





4. Jesus com a Cruz às Costas (Mt 27,31-33 ; Mc 15,20-22 ; Lc 23,26-32 ; Jo 19,16-17)


“Ligaram-Me os Pés com cordas e obrigaram-Me a caminhar na direção da Minha Cruz. Mas Eu não podia caminhar, porque Me tinham ligado os Pés. Lançaram-Me, então, por terra e arrastaram-Me, pegando-Me pelos cabelos, até à Minha Cruz. O Meu Sofrimento era intolerável. Alguns pedaços da Minha Carne, que haviam ficado pendentes, depois da Flagelação, foram-Me arrancados. Aliviaram, então, os laços dos Meus Pés e deram-Me pontapés, para obrigar-Me a levantar e a levar o Meu fardo aos Ombros. Eu nem sequer podia ver onde estava a Minha Cruz, uma vez que os Espinhos, que Me haviam enterrado na Cabeça, Me enchiam os Olhos de Sangue, que se colava no Meu Rosto. Levantaram, então, a Minha Cruz, puseram-Ma aos Ombros e empurraram-Me para a porta (...).


Óh Meus filhos, como era pesada a Cruz que Eu tive de levar! Avancei, às apalpadelas, para a porta. O Meu caminho era traçado apenas pelo azorrague que Me batia. Procurava ver o Meu caminho através do Sangue que me queimava os Olhos. Senti, então alguém que Me enxugava o Rosto, inchado. Ouvi-as chorar e lamentar-se; ouvi-as: “Benditas sejais!”, disse lhes Eu. “O Meu Sangue lavará todos os pecados da humanidade. Olhai, Minhas filhas, o tempo da vossa salvação chegou”. Endireitei-Me com dificuldade. A multidão tinha-se enraivecido. Eu não via nenhum amigo à Minha volta; ninguém estava ali, para Me consolar. A Minha agonia parecia aumentar e caí por terra. Receando que Eu morresse, antes da Crucificação, os soldados deram ordem a um homem, de nome Simão, para que levasse a Minha Cruz. Meus filhos, não se tratava de um gesto de bondade ou de compaixão, mas de uma simples forma de Me poupar para a Cruz. (9.11.1986)




5. A Crucificação (Mt 27,34-61 ; Mc 15,23-47 ; Lc 23,33-56 ; Jo 19,18-42)



“Chegados ao Monte, lançaram-Me por terra, arrancaram-Me os vestidos e deixaram-Me nú, para assim Me exporem à vista de todos. As Minhas feridas reabriram-se e o Meu Sangue corria pela terra. Os soldados deram-Me vinho misturado com fel. Eu recusei-o, porque tinha já no Meu íntimo a amargura que Me haviam provocado os Meus inimigos. Pregaram-Me, primeiro os Pulsos e, depois de Me terem fixado à Cruz com os Cravos, estenderam o Meu Corpo já trespassado, atravessaram-Me os Pés com violência. Meus filhos, ó Meus filhos, que sofrimento! Que agonia! Que tortura para a Minha Alma! Abandonado pelos Meus bem-amados, renegado por Pedro, sobre o qual Eu mesmo havia fundado a Minha Igreja; renegado pelo resto dos Meus amigos; deixado só, abandonado pelos Meus inimigos. Chorei. A Minha Alma estava repleta de dor. Os soldados levantaram a Minha Cruz e colocaram-na no buraco preparado. De onde Me encontrava, contemplei a multidão. Tentando ver, com dificuldade, com os Meus Olhos inchados, observei, então, o mundo. Não vi amigo algum, por entre aqueles que escarneciam de Mim. Ninguém viera para Me consolar: “Meu Deus! Meu Deus! Por que Me abandonaste?” Abandonado por todos os que Me amavam. O Meu Olhar pousou, então, sobre a Minha Mãe. Contemplei-A e os Nossos Corações falaram: “Dou-te os Meus filhos bem-amados, para que sejam também Teus filhos. Tu serás a sua Mãe”. Tudo estava consumado, a salvação estava próxima. Vi os Céus abrirem-se e todos os anjos estavam petrificados e em silêncio. “Pai, nas Tuas Mãos entrego o Meu Espírito. Agora, estou contigo” (9.11.1986


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