4 de abril de 2011

PUREZA


Criança que brincas

de balde na mão, fica comigo.

Toma a pá e escava no chão.

Num gesto amigo canta uma canção,

com voz de sereia.

Corre sobre areia, toma o cordel

e lança o pião.


Quero reaprender a fazer e a deitar papagaios de papel.


Quero tornar a voar nas asas nas asas da liberdade,

onde brincar é verdade,

transparência dum cristalino coração.


Com sapiência faz um barquinho

de casca de noz.

Mete-me dentro e diz baixinho:

"Cá vamos nós pelo mar adentro.

de Maria do Rosário Guerra

Sem comentários: