Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 28-02-2011, Gaudium Press) "A confiança no indefectível amor de Deus pode não parecer real diante das diversas situações de pobreza e de miséria. Porém, quem crê em Deus, Pai pleno de amor pelos seus filhos, coloca em primeiro lugar a busca de seu Reino, de sua vontade". A reflexão do Papa Bento XVI foi feita neste domingo, em seu discurso antes da cerimônia de recitação mariana do Ângelus aos fiéis na Praça de São Pedro.
Bento XVI dirigiu-se a uma multidão de 50 mil fiéis na Praça de São Pedro.
O Papa discursou a cerca de 50 mil peregrinos - como todas as semanas, refletindo sobre o Evangelho e a liturgia do dia. Segundo o Santo Padre, a então leitura hodierna do profeta Isaías destaca como o homem não pode servir a Deus e à riqueza e precisa ter confiança irrestrita na providência divina.
"Este convite a confiar no amor infalível de Deus é comparado com a página, também muito sugestiva, do Evangelho de Mateus, em que Jesus exorta seus discípulos a confiar na Providência do Pai celeste, que alimenta as aves do céu e veste os lírios do campo, e conhece todas as nossas necessidades (cf. 6,24-34). Assim diz o Mestre: "Não se preocupem, dizendo: O que comeremos? O que beberemos? O que vestiremos? De todas essas coisas vão em busca os pagãos. O Pai celeste sabe do que vocês necessitam", afirmou o Papa.
No entanto, ter fé na providência e acreditar nos desígnios de Deus não significa entrega e falta de empenho no dia-a-dia, explicou o pontífice. Bento XVI destaca que a "fé na Providência não dispensa a árdua luta por uma vida digna, mas liberta do afã pelas coisas e do medo do amanhã".
Além disso, diz o Papa, esta confiança necessita ser praticada segundo a própria vocação. "Um frade franciscano pode segui-la em maneira mais radical; enquanto um pai de família deve levar em conta os próprios deveres em relação a sua mulher e seus filhos. De qualquer maneira, porém, o cristão se distingue pela absoluta confiança no Pai celeste, como o fez Jesus".
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