HÁ SEMPRE UM ADVENTO
Cai neve pelo mundo,
esfria-se o calor,
amaina-se a dor
da terra queimada,
de negro frustada
no clamor profundo
que o desamor causou.
A brancura abundante
condoeu-se dos pecados,
quando o bafo crepitante
que um verão aceitou
e destruiu o verdejante
de montes e valados!
O negro, então lavado,
qual estrume a gorgitar
na terra, ora a dormir,
já branco, volta a sorrir
quando o quente TORNAR
ao verde esperado!
Num terno olhar de Deus
a natureza mensageira
testemunha conversão,
numa certa esperança,
dum vazio em construção.
Sem outra pretensão
só o feio quer mudar...
e, num advento, reparar
a pureza dum coração!
QUEM ESPERA, TUDO ALCANÇA!
Maria do Rosário Guerra
3 de dezembro de 2010
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