O vento uiva e brama...
Faz revolto o rio,
Põe as folhas em rodopio.
As nuvens sem eira nem beira
galopam sem freio, em exaustão.
O quente, afaga o crispado frio...
a querer afogar o Verão.
Esperando o São Martinho
para vender o bom vinho
e terminar sua feira..
o Estio aguarda as colheitas,
esquece suas maleitas
no tempo inda quentinho.
Os dias colhem a bravura
de quantos fanam a dura
dos trabalhos que perduram
dos dias a "longo prazo".
Visível, a velha estação.
entre folhagem agridoce,
parece,por ora, enfurecida
com os muitos dissabores.
É que, a mãe natureza,
perdida dos seus amores
por causa de desamores,
deixou, ao tempo precoce,
terra queimada,enxofrada,
jazida de cinzas impudores
cerrando a áurea beleza
entre lutos arvoredos
dentre escuros medos.
E o Outono adverte
neste tom zangado,
que é preciso renovar
os ocos corações
massificá-los no amor,
que trará nova vida,
prepara a terra, quase inerte,
com novas criaturas...
Espalhando as sementes
vivas e prementes:
da bondade, amizade,
do belo e fraternidade!
E Deus fala por Suas humildes criaturas,
indefesas, silenciosas, respirando canduras
numa doação de misturas
multicores e de " stop" odores...
Que só Amam ...
Que só Amam...
Que só Amam...
de Maria do Rosário Guerra
8 de outubro de 2010
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