13 de julho de 2010

ORAÇÃO DA TARDE-O SENTIDO DA VIDA

Sempre que a tentação da nossa inutilidade assola ao nosso espírito, geralmente tem a sua razão no amor próprio.


O facto de as nossas qualidades físicas irem enfraquecendo, não deixamos de continuar a ser úteis. Se fizemos muito, anos atrás, graças a Deus que quis precisar de nós e nos manteve na humildade de servos ao serviço dos outros e, somente, para Sua glória.


Agora, à medida que o TEMPO passa mas não a VIDA, há que estar igualmente com ou mais disponibilidade interior.


A Vida continua cada vez mais no silêncio mas mais no amadurecimento de que somos pó e ao pó voltaremos. Com esse pó se fez o barro e, dum pedaço, Deus criou uma nova criatura de corpo e alma. O corpo vai finando mas a alma poderá permanecer cada vez com mais força de servir, até que o corpo volte à terra.Basta que deixemos Jesus entrar.


Temos de fortalecer cada vez mais na Fé e na Humildade.


O Sofrimento despercebido de cada um de nós, perante o materialismo que nos cerca é um grande meio ao nosso alcance ao serviço dos outros.Este Dom também Deus nô-lo permite para nos equipararmos a Cristo que tudo sofreu pela nossa salvação.


Estou a lembrar-me duma panela que tinha e que muito usava para fazer sopa. Um dia reparei que furou e tornou-se inútil, com grande pena minha. Mas não a deitei fora. Um dia, passou um amola- facas e navalhas (Hoje profissão rara) e lembrei-me de lhe mostrar a dita panela.


Diz-me ele:- Minha senhora, não é este o meu trabalho mas vou ver se posso fazer alguma coisa.


Sei que lhe pôs como que um prego e depois martelou, martelou dum lado e do outro, até que o furinho ficou tapado. A verdade é que voltei a utilizá-la e bom geito me fez.


É assim a vida. Nunca somos inúteis. Mesmo que os outros mal pensem a nosso respeito, nunca


nos coloquemos na forja dos resíduos mas na da reciclagem, sempre prontos a recomeçar.


Grande exemplo foi a persistência do nosso querido papa João Paulo II , sempre ao SERVIÇO DA IGREJA, mesmo quando queriam que ele resignasse.

Maria do Rosário Guerra

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