25 de julho de 2010

DOMINGO XVII DO TEMPO COMUM

Evangelho segundo São Lucas Lc 11,1-13
1Jesus estava rezando num certo lugar. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: 'Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos
Domingo, 25 de Julho de 2010.
SANTO DO DIA: São Cristóvão, Mártir; São Tiago Maior, Apóstolo. Beato João Soreth, presbítero
Primeira Leitura: Gênesis 18,20-32
Leitura do Livro do Gênesis:
Naqueles dias: 20O Senhor disse a Abraão: 'O clamor contra Sodoma e Gomorra cresceu, e agravou-se muito o seu pecado.21Vou descer para verificar se as suas obras correspondem ou não ao clamor que chegou até mim'. 22Partindo dali, os homens dirigiram-se a Sodoma, enquanto Abraão ficou na presença do Senhor. 23Então, aproximando-se, disse Abraão: 'Vais realmente exterminar o justo com o ímpio? 24Se houvesse cinqüenta justos na cidade, acaso iríeis exterminá-los? Não pouparias o lugar por causa dos cinqüenta justos que ali vivem? 25Longe de ti agir assim, fazendo morrer o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio. Longe de ti! O juiz de toda a terra não faria justiça?' 26O Senhor respondeu: 'Se eu encontrasse em Sodoma cinqüenta justos, pouparia por causa deles a cidade inteira'. 27Abraão prosseguiu dizendo: 'Estou sendo atrevido em falar a meu Senhor, eu que sou pó e cinza. 28Se dos cinqüenta justos faltassem cinco, destruirias por causa dos cinco a cidade inteira?' O Senhor respondeu: 'Não destruiria, se achasse ali quarenta e cinco justos'. 29Insistiu ainda Abraão e disse: 'E se houvesse quarenta?' Ele respondeu: 'Por causa dos quarenta, não o faria'. 30Abraão tornou a insistir: 'Não se irrite o meu Senhor, se ainda falo. E se houvesse apenas trinta justos?'. Ele respondeu: 'Também não o faria, se encontrasse trinta'. 31Tornou Abraão a insistir: 'Já que me atrevi a falar a meu Senhor, e se houver vinte justos?' Ele respondeu: 'Não a iria destruir por causa dos vinte'. 32Abraão disse: 'Que o meu Senhor não se irrite, se eu falar só mais uma vez: e se houvesse apenas dez?' Ele respondeu: 'Por causa dos dez, não a destruiria'.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus

Segunda Leitura: Colossenses 2,12-14
Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses:
Irmãos: 12Com Cristo fostes sepultados no batismo; com ele também fostes ressuscitados por meio da fé no poder de Deus, que ressuscitou a Cristo dentre os mortos. 13Ora, vós estáveis mortos por causa dos vossos pecados, e vossos corpos não tinham recebido a circuncisão, até que Deus vos trouxe para a vida, junto com Cristo, e a todos nós perdoou os pecados. 14Existia contra nós uma conta a ser paga, mas ele a cancelou, apesar das obrigações legais, e a eliminou, pregando-a na cruz.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus




Salmo 137
Ó Senhor, de coração eu vos dou graças, porque ouvistes as palavras dos meus lábios! Perante os vossos anjos vou cantar-vos e ante o vosso templo vou prostrar-me.
R. Naquele dia em que gritei, vós me escutastes, ó Senhor!
Eu agradeço vosso amor, vossa verdade, porque fizestes muito mais que prometestes; naquele dia em que gritei, vós me escutastes e aumentastes o vigor da minha alma.
R. Naquele dia em que gritei, vós me escutastes, ó Senhor!
Altíssimo é o Senhor, mas olha os pobres, e de longe reconhece os orgulhosos. Se no meio da desgraça eu caminhar, vós me fazeis tornar à vida novamente; quando os meus perseguidores me atacarem e com ira investirem contra mim, estendereis o vosso braço em meu auxílio.
R. Naquele dia em que gritei, vós me escutastes, ó Senhor!
E havereis de me salvar com vossa destra. Completai em mim a obra começada; ó Senhor, vossa bondade é para sempre! Eu vos peço: não deixeis inacabada esta obra que fizeram vossas mãos!
R. Naquele dia em que gritei, vós me escutastes, ó Senhor!

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 11,1-13
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
1Jesus estava rezando num certo lugar. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: 'Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos.' 2Jesus respondeu: 'Quando rezardes, dizei: `Pai, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. 3Dá-nos a cada dia o pão de que precisamos, 4e perdoa-nos os nossos pecados, pois nós também perdoamos a todos os nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação'.' 5E Jesus acrescentou: 'Se um de vós tiver um amigo e for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: `Amigo, empresta-me três pães, 6porque um amigo meu chegou de viagem e nada tenho para lhe oferecer', 7e se o outro responder lá de dentro: 'Não me incomoda! Já tranquei a porta, e meus filhos e eu já estamos deitados; não me posso levantar para te dar os pães'; 8eu vos declaro: mesmo que o outro não se levante para dá-los porque é seu amigo, vai levantar-se ao menos por causa da impertinência dele e lhe dará quanto for necessário. 9Portanto, eu vos digo: pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto. 10Pois quem pede, recebe; quem procura, encontra; e, para quem bate, se abrirá. 11Será que algum de vós que é pai,se o filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra? 12Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? 13Ora, se vós que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem! '
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vos, Senhor!




Comentário ao Evangelho do dia feito por João Paulo II, Papa entre 1978 e 2005
Encíclica «Dives in Misericórdia», cap. 8, § 15 (trad. copyright © Libreria Editrice Vaticana)
«Se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu!»
Quanto mais a consciência humana, vítima da secularização, esquecer o próprio significado da palavra «misericórdia», e quanto mais, afastando-se de Deus, se afastar do mistério da misericórdia, tanto mais a Igreja tem o direito e o dever de apelar «com grande clamor» (Mt 15, 23) para o Deus da misericórdia. Este «grande clamor», elevado até Deus para implorar a Sua misericórdia há-de caracterizar a Igreja do nosso tempo. [...]
O homem contemporâneo interroga-se com profunda ansiedade quanto à solução das terríveis tensões que se acumulam sobre o mundo e se entrecuzam nos caminhos da humanidade. Se algumas vezes o homem não tem a coragem de pronunciar a palavra «misericórdia», ou não lhe encontra equivalente na sua consciência despojada de todo o sentido religioso, ainda se torna mais necessário que a Igreja pronuncie esta palavra, não só em nome próprio, mas também em nome de todos os homens contemporâneos.
É, pois, necessário que tudo o que acabamos de dizer no presente documento sobre a misericórdia se transforme continuamente em fervorosa oração, num clamor a suplicar a misericórdia, segundo as necessidades do homem no mundo contemporâneo. E que este clamor esteja impregnado de toda a verdade sobre a misericórdia que tem expressão tão rica na Sagrada Escritura e na Tradição, e também na autêntica vida de fé de tantas gerações do Povo de Deus. Com este clamor apelamos, como fizeram os Autores sagrados, para o Deus que não pode desprezar nada daquilo que criou (Sab 11, 24), para o Deus que é fiel a Si próprio, à Sua paternidade e ao Seu amor.
Com os Arautos do Evangelho

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