SANTO ILDEFONSO
A virtude principal na vida de Santo Ildefonso foi sua extrema fidelidade aos preceitos da Igreja, o amor que nutria à Maria Santíssima e propagação constante das mais belas devoções marianas. Seu brilhante desempenho como pastor de Toledo por cerca de dez anos (de 657 a 667), fez com que administrasse a fé principalmente pela caridade a todos os homens, sem acepção de pessoas. São nebulosos os dados sobre sua origem, mas acredita-se que descendia da família real visigótica, sendo certo que possuiu muitos bens, dos quais grande parte empregou na construção de de um mosteiro religioso feminino. Ele mesmo, algum tempo depois abraçou a vida monástica ingressando no mosteiro de Agália, sob a direção dos beneditinos, onde acabou sendo eleito como superior da congregação por ocasião da morte do Abade desse mesmo mosteiro. Posteriormente é que veio a ser escolhido como arcebispo de Toledo.
Era, portanto, grande amigo e apóstolo da castidade, sendo a convicção católica uma das características de seu zelo. E foi com este caráter que militou valorosamente pela virgindade da Mãe de Deus, precisamente na defesa da doutrina da Imaculada Conceição, que cerca de onze séculos mais tarde viria a tornar-se dogma pela bula da Imaculada Conceição (8 de dezembro de 1854, pontificado de Pio IX).
Santo Ildefonso, passou sua vida trabalhando para a glória de Deus honrando Maria Santíssima, de quem era extremamente devoto. A iconografia cristã o representa recebendo das mãos de Nossa Senhora um paramento religioso como presente da sua terna afeição, devoção e apostolado incansável na exaltação do Seu nome. É por isso que, apesar da distância secular que nos separa, seu nome permanece ainda hoje, vivo como nunca, como um dos maiores apóstolos marianos da Idade Média.
REFLEXÕES
Em se tratando da Igreja de Cristo, não há como querer colocar o nome de Maria Santíssima em um plano menos elevado. Comparando-se Deus ao sol e Maria à lua, seria absurdo supôr que a lua pudesse eventualmente encobrir a luz solar. Assim como a lua, a Mãe de Deus nos transmite essa Luz de uma forma extremamente meiga, rogando pelos filhos que trilham no caminho do erro, ou pelos que pedem auxílio nas suas lutas diárias.
Aliás, Maria que trouxe a Luz ao mundo, Jesus Cristo, roga por nós e nos afasta das trevas; assim como a luz reflete magnificamente a luz so sol, Maria, com a mesma peculiaridade, aplaca a ira divina em favor dos pobres pecadores; é o elo de ligação entre o Céu e a Terra; é como um grande escada que conduz os pobres mortais à morada celeste. Foi o anjo Gabriel quem inaugurou esta escada, trazendo a saudação e o convite de Deus, para ser Ela a Mãe do Salvador. Aqui o céu se abriu para a terra. Se Jesus, portanto, chegou até nós através de Maria, não é difícil constatar que só chegaremos à Ele por meio d'Ela.
Jesus, Redentor do mundo, o Novo Adão que veio restabelecer todas as coisas. Maria a nova Eva pré-anunciada no Gênesis para esmagar a cabeça da Serpente:
"Porei inimizades entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela. Ela te esmagará a cabeça e tu lhe armarás traições ao seu calcanhar". (Gen 3, 15)
Quem persegue Maria no final dos tempos é a Serpente citada no Gênesis, mas quem tem a incumbência de socorrer somos nós, os católicos que recorrem a Ela nessa luta:
"A Serpente vomitou contra a Mulher um rio de água, para fazê-la submergir. A Terra, porém, acudiu a Mulher..." (Apoc, 12, 16) Este, então, (o Dragão) se irritou contra a Mulher e foi fazer guerra à sua descendência (Apoc 12, 17))
Maria pertence às Escrituras como um todo, sua missão está prescrita desde o Gênesis ao Apocalipse. Mesmo envolta em venerandos mistérios, por desígnio de Deus protagoniza a história da humanidade da Criação à Redenção e permanece conosco até o Fim do Mundo.
Peçamos a Santo Ildefonso para que como ele, nos ajude a defender e propagar o nome Maria intensamente e que possamos ser imitadores das suas virtudes e exemplos
24 de junho de 2010
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