25 de maio de 2010

ORAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO DE SANTA MADALENA DE PAZZI

Secretariado Nacional de Liturgia
«Vós tendes palavras de vida eterna»



S. MARIA MADALENA DE PAZZI, virgem
25 Maio


Nota Histórica
Nasceu em Florença no ano 1566: teve uma piedosa educação e entrou na Ordem das Carmelitas; levou uma vida oculta de oração e abnegação, rezando assiduamente pela reforma da Igreja e dirigindo as suas irmãs religiosas no caminho da perfeição. Recebeu de Deus muitos dons extraordinários. Morreu no ano 1607.

Missa
ORAÇÃO
Senhor, que amais a virgindade e cumulastes de dons celestes Santa Maria Madalena de Pazzi abrasada no vosso amor, concedei-nos que, celebrando hoje a sua memória, imitemos o exemplo da sua pureza e caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Liturgia das horas
Dos Escritos sobre a Revelação e a Provação,
de Santa Maria Madalena de Pazzi, virgem

(Mss. III, 186.264; IV, 716: Opere di S. Maria Maddalena di Pazzi, Firenze, 1965, 4, pp. 200.269; 6, p. 194) (Sec. XVI)

Vinde, Espírito Santo

Verdadeiramente admirável sois Vós, ó Verbo de Deus, no Espírito Santo, ao fazer que Ele se infunda de tal modo na alma, que ela chegue a unir-se a Deus, conheça a Deus, saboreie Deus, e em nada se alegre fora de Deus.
O Espírito Santo desce à alma, marcado com o precioso selo do Sangue do Verbo, do Cordeiro imolado; mais ainda, é esse mesmo Sangue que o incita a descer, embora o Espírito já por Si tenha esse desejo.
O Espírito que assim deseja, é a substância do Pai e a substância do Verbo; procede da essência do Pai e do beneplácito do Verbo, vem como fonte que se difunde na alma, e a alma submerge-se n’Ele. Assim como dois rios, confluindo, de tal modo se misturam que o menor perde o seu nome e recebe o do maior, assim actua este Espírito divino, quando desce à alma para com ela Se unir. Mas é necessário que a alma, que é menor, perca o seu nome e o ceda ao Espírito Santo; e deve fazer isto transformando-se de tal modo no Espírito
que se torne com Ele uma só coisa.
Porém, este Espírito, distribuidor dos tesouros que estão no coração do Pai e guarda dos segredos entre o Pai e o Filho, introduz-Se tão suavemente na alma que não se sente a sua vinda e, pela sua grandeza, poucos O apreciam.
Com a sua densidade e a sua leveza entra em todos os lugares que estão aptos e predispostos para O receber. Na sua palavra frequente, como também no seu profundo silêncio, é ouvido por todos; com impetuosidade e prudência, imóvel e mobilíssimo, penetra em todos os corações.
Não Vos ficais, Espírito Santo, no Pai imóvel e também não Vos ficais no Verbo; estais sempre no Pai e no Verbo, e em Vós mesmo, e em todos os espíritos bem-aventurados e nas criaturas. Sois necessário à criatura, por causa do Sangue derramado pelo Verbo Unigénito, o qual, pela veemência do amor, se tornou necessário à sua criatura. Repousais nas criaturas que se predispõem com pureza a receber em si, pela comunicação dos vossos dons, a vossa própria semelhança. Repousais nas almas que recebem em si os efeitos do Sangue do Verbo e se tornam habitação digna de Vós.
Vinde, Espírito Santo. Venha a união do Pai e o beneplácito do Verbo. Vós, Espírito da verdade, sois o prémio dos santos, o refrigério das almas, a luz das trevas, a riqueza dos pobres, o tesouro dos que amam, a abundância dos famintos, a consolação dos peregrinos; enfim, Vós sois Aquele que contém em Si todos os tesouros.
Vinde, Vós que, descendo a Maria, realizastes a Encarnação do Verbo, e realizai em nós, pela graça, o que n’Ela realizastes pela graça e pela natureza.
Vinde, Vós que sois o alimento de todo o pensamento casto, a fonte de toda a clemência, a plenitude de toda a pureza.
Vinde e transformai tudo o que em nós é obstáculo para sermos plenamente transformados em Vós.

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