Não podemos olhar o silêncio como se ele não falasse.
O silêncio tem uma árdua tarefa
até que se instale,cómodo e
devidamente, no seu apogeu solitário.
Varrendo os diversos compartimentos da mente,
limpando-os dos pós alérgicos ou não,
afastando todo o buzinar de preocupações,
quedando o burburinho das memórias,
até consumir as muitas insistências do arado
que vão ficando para trás,
deixam o ar respirável
onde então o Agricultor lavra a terra.
A água cristalina passa,
leva as pedras das paredes sentimentais.
O céu abre-se, e o Silêncio -Palavra,
no vazio, é o diálogo
entre mim e Deus que
cria, alicerça, e constrói
num percurso da paz.
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De Maria do Rosário Guerra
22 de maio de 2010
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