17 de abril de 2010

SONHO OU REALIDADE?

SONHO OU REALIDADE?

Depois de um telofonema de alguém que deixou o lar porque não encontrou Caridade no seu seio, veio ter às minhas mãos uma parábola que vou contar:
-Um velhinho, já muito frágil, foi viver com o filho, a nora e o neto de cinco anos. Suas mãos tremiam muito, a vista estava gasta, seu ouvido quebrado, não se apercebia da nitidez das palavras, seu andar trôpego deixava somente que o andar fosse lento.
Tudo bem no início. Mas com o tempo, a estação mudou. Da Primavera passou-se para o Inverno em dias de temporal.O calor tornou-se gélido e os raios de sol deixaram de aquecer.
O facto do Pai ter tantos limites de saúde,deixava cair o leite no chão, sujava a toalha, falava muito alto. Com a vida agitada que levavam, filho e nora não tinham tempo para o ATURAR...
Toda aquela desordem, levou-os a colocarem uma mesa pequena ao canto da sala e para lá atiravam o bom velhinho.Deitavam o leite e o comer numa tigela de madeira para que não se partissem mais pratos nem canecas. Conversas, não eram com ele.Enquanto a família desfrutava o diálogo e uma boa refeição à mesa, ele limitava-se a comer sozinho o que lhe davam com lágrimas misturadas. De quando em vez deixava cair o garfo e logo vinha um ralhete.
Um dia, o neto foi encontrado a brincar com bocados de madeira e parecia fazer um jogo com eles.
Os pais perguntaram-lhe o que estava a fazer:
-Estou a ver se faço duas tigelas para um dia vós comerdes quando estiverdes como o avô!
O golpe daqueles pais foi tão grande que voltaram a colocar o velhinho à mesa, a comer em família, e começou a sentir que já não havia ralhos quando fazia disparates.
Um pai sábio percebe quanto uma criança pode construir a paz na família. Ela crescerá em paz ou guerra consoante o ambiente que a rodeia.

Quanto ao lar a que me referi, veja que ambiente cria junto de quem para lá vai.Os velhinhos são nossos irmãos . Façamos-lhes o que queremos que nos façam a nós, para quando tivermos de ir para lá.

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