JESUS POETA
Para que canto eu, num poema,
Com palavras adocicadas
E já um pouco esfarrapadas
O natal do Bebé Jesus?
Sabendo o Poeta que surgia
Do seio da Virgem Maria…
Sabendo da dor e dilema
Que seu nascimento trazia…
Sabendo Ele que a poesia,
Na profecia proclamada,
Por um Homem se cumpriria…
Sabendo que à Virgem sorria
E no seu manto se aquecia…
Num esquecer a noite fria
Que o Amor de Mãe afligia…
Sabendo que nEle espinhavam
Os males, pelo mundo criados,
As mãos que Pilatos lavavam
Entre louvores mal estrumados…
Sabendo que o versar luzia
A sã remissão do pecado,
Que o cordeiro na cruz augia
Perante o corpo ensangrado…
Sabendo seu rimar crescente,
Numa mangedoura deitado…
Sorria a todos de contente
Em seu nascimento plangente
Apascentando já o seu gado.
Sabendo da noite estrelada,
Antevia trevas e dramas
Por entre hipócritas chamas
Queimando a Paz tão desejada.
Em sublimação total
Só Jesus é poeta real.
Num íntimo saber filial
Ninguém fará poema igual.
Festejando cada Natal
O lírico,por excelência
Espera que o primo sofrido
Supra do mundo a má vivência.
Pelos animais aquecido
Por certos homens esquecido.
Que Deus Pai seja louvado
Por neste Poeta encarnar.
Entre palhas aconchegado
E numa cruz crucificado.
É Natal!…Saibamos ouvir
Jesus Poeta com seu poema
Na mensagem tendo por tema
Melhores grutas a construir.
Se O soubermos imitar!…
Cantaremos louvores sem par
Ao Amor que inda quer sorrir
Ouvindo os anjos a pregoar:
Glória a Deus num hino sem par...
Santa paz aos homens na Terra
Que varreram do mundo a guerra,
A fome,a nudez,o desabrigo
Só ficando um viver fraterno
Onde cada um tem abrigo...
Num Amén eterno .
POEMA FEITO EM 1999
em homenagem a João Paulo II
De Maria do Rosário Guerra
2 de abril de 2010
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