Com a Jacinta,
rezamos
e sacrificamo-nos
Papa Bento XVI visita Fátima em 2010
O dia 24 de Setembro de 2009 foi a
data do grande anúncio: o Santo Padre
visitará Portugal em Maio de 2010, e a
sua viagem tem como destino principal
o Santuário de Nossa Senhora de Fátima,
onde Bento XVI pretende presidir à Peregrinação
Aniversária, nos dias 12 e 13.
Esta notícia, de que Bento XVI havia
aceite o convite formulado pela Conferência
Episcopal Portuguesa e pela Presidência
da República de Portugal, foi recebida
no país com uma muita alegria.
Em comunicado, a Conferência Episcopal
Portuguesa manifestava “regozijo
por esta vista do Santo Padre a Portugal”
e sublinhava que “o amor dos católicos
portugueses ao sucessor de Pedro é um
elemento chave da nossa tradição católica
e da nossa fidelidade à Igreja”.
Nesse dia, em Fátima, o Bispo de Leiria-
Fátima e o Reitor do Santuário de Fátima,
a uma só voz, tornaram de imediato
pública a “alegria” sentida com a notícia
e pediram a Deus “para que, através desta
viagem pontifícia, a Igreja em Portugal e
o mundo saiam fortalecidos na fé”.
A comunicação social tomou nota das
diversas reacções ao anúncio e esta visita
papal a Portugal acabou por marcar os noticiários
do dia e dos dias seguintes.
Na ocasião foram várias as vozes que,
tal como a do Bispo de Leiria-Fátima,
D. António Marto, acentuaram que “de
entre todos os pontífices, Bento XVI é
aquele que mais penetrou no coração da
mensagem de Fátima e a soube interpretar
para os tempos de hoje. O melhor artigo
que existe sobre Fátima é o comentário
teológico que ele fez à terceira parte do
Segredo, no ano 2000”.
Em inícios de Outubro, em Fátima, em
reunião do Conselho Permanente da Conferência
Episcopal Portuguesa, os bispos
de Portugal escreveram a Nota Pastoral
“Visita do Papa a Portugal”.
Neste documento agradeceram de novo
ao Papa ter aceite o convite que lhe havia
sido formulado e reiteraram a intenção
principal que seria colocada no acolhimento
ao Papa: “A comunhão visível com
o Sucessor de Pedro, fi sicamente presente
entre nós, será, mais uma vez, ocasião da
expressão espontânea desse amor à sua
pessoa, ao seu magistério e ao seu serviço
universal e de fi delidade à Igreja”.
“Neste sentido, a visita do Santo Padre
quer também encorajar o empenho constante
e generoso na obra de evangelização,
ajudando a passar de uma religiosidade
tradicional a uma fé adulta e pensada,
capaz de testemunho corajoso em privado
e em público, que saiba enfrentar os
desafios do secularismo e do relativismo
doutrinal e ético, típicos do nosso tempo,
que Bento XVI lembra frequentemente”,
refere ainda o documento.
Na ocasião foi anunciado que o programa
da visita de Bento XVI a Portugal só
seria divulgado mais tarde, em princípio
no final da primeira quinzena de Novembro
de 2009, por ocasião da realização da
Assembleia Plenária da Conferência Episcopal
Portuguesa, também em Fátima.
Uns dias depois, durante a Peregrinação
Aniversária de Outubro, nos dias 12 e
13, de novo a Igreja Católica em Portugal,
através dos seus pastores e também dos
fiéis demonstrou publicamente o grande
carinho e ligação filial a Bento XVI (página
2).
Assim, como um grande dom de Deus
para Portugal, em Maio de 2010, 93 anos
após a primeira aparição de Nossa Senhora
em Fátima e dez anos depois da beatifi -
cação de Francisco e Jacinta Marto, o país
acolherá Sua Santidade Bento XVI, com
alegria e esperança.
O amor ao Papa faz parte da mensagem
de Fátima porque faz parte da
tradição católica da Igreja. Falar de
amor ao Papa é muito mais do que dizer
que ele é o sucessor de Pedro ou
o sinal visível da unidade da Igreja.
Trata-se de uma questão doutrinal,
mas também de uma questão afectiva,
de coração.
A nossa devoção ao Santo Padre
manifesta uma atitude de amor à Igreja,
uma amizade concreta e pessoal a
todos os membros da Igreja, a começar
por aquele que recebeu a missão
de confi rmar na fé os seus irmãos. É
um amor que não é só de palavras,
mas que tem a sua concretização e
visibilidade no amor aos irmãos e a
esse irmão, que assume as grandezas
e fraquezas de todos os outros.
No centenário do nascimento da
Beata Jacinta, que ocorre em 2010,
é uma grande graça receber o Santo
Padre no Santuário da Cova da Iria.
É uma feliz coincidência, sobretudo
pelo facto de a Jacinta ser de entre
os três Pastorinhos a mais devota do
Papa. Por ele se sacrificava, por ele
sofria e estava disposta a dar a sua
vida. Como boa filha de Deus mostrava
amar sempre em tudo a sua Igreja,
especialmente os pobres pecadores,
os mais precisados da misericórdia
de Deus e do auxílio da solidariedade
dos homens.
A sua expressão meiga, “coitadinho
do Santo Padre”, espelha uma
devoção, um amor e uma compaixão,
que nos enternecem. No meio de tantas
divisões, ideologias e perspectivas,
precisamos de voltar a uma atitude
pessoal de amor e compaixão por todos
os membros da Igreja, a começar
pelo Santo Padre.
Com a Jacinta, alegramo-nos por o
Papa vir ao nosso encontro e comprometemo-
nos a rezar e sacrificar-nos
por ele, figura de Cristo e sinal da unidade
dos cristãos.
P. Virgílio Antunes
rezamos
e sacrificamo-nos
Papa Bento XVI visita Fátima em 2010
O dia 24 de Setembro de 2009 foi a
data do grande anúncio: o Santo Padre
visitará Portugal em Maio de 2010, e a
sua viagem tem como destino principal
o Santuário de Nossa Senhora de Fátima,
onde Bento XVI pretende presidir à Peregrinação
Aniversária, nos dias 12 e 13.
Esta notícia, de que Bento XVI havia
aceite o convite formulado pela Conferência
Episcopal Portuguesa e pela Presidência
da República de Portugal, foi recebida
no país com uma muita alegria.
Em comunicado, a Conferência Episcopal
Portuguesa manifestava “regozijo
por esta vista do Santo Padre a Portugal”
e sublinhava que “o amor dos católicos
portugueses ao sucessor de Pedro é um
elemento chave da nossa tradição católica
e da nossa fidelidade à Igreja”.
Nesse dia, em Fátima, o Bispo de Leiria-
Fátima e o Reitor do Santuário de Fátima,
a uma só voz, tornaram de imediato
pública a “alegria” sentida com a notícia
e pediram a Deus “para que, através desta
viagem pontifícia, a Igreja em Portugal e
o mundo saiam fortalecidos na fé”.
A comunicação social tomou nota das
diversas reacções ao anúncio e esta visita
papal a Portugal acabou por marcar os noticiários
do dia e dos dias seguintes.
Na ocasião foram várias as vozes que,
tal como a do Bispo de Leiria-Fátima,
D. António Marto, acentuaram que “de
entre todos os pontífices, Bento XVI é
aquele que mais penetrou no coração da
mensagem de Fátima e a soube interpretar
para os tempos de hoje. O melhor artigo
que existe sobre Fátima é o comentário
teológico que ele fez à terceira parte do
Segredo, no ano 2000”.
Em inícios de Outubro, em Fátima, em
reunião do Conselho Permanente da Conferência
Episcopal Portuguesa, os bispos
de Portugal escreveram a Nota Pastoral
“Visita do Papa a Portugal”.
Neste documento agradeceram de novo
ao Papa ter aceite o convite que lhe havia
sido formulado e reiteraram a intenção
principal que seria colocada no acolhimento
ao Papa: “A comunhão visível com
o Sucessor de Pedro, fi sicamente presente
entre nós, será, mais uma vez, ocasião da
expressão espontânea desse amor à sua
pessoa, ao seu magistério e ao seu serviço
universal e de fi delidade à Igreja”.
“Neste sentido, a visita do Santo Padre
quer também encorajar o empenho constante
e generoso na obra de evangelização,
ajudando a passar de uma religiosidade
tradicional a uma fé adulta e pensada,
capaz de testemunho corajoso em privado
e em público, que saiba enfrentar os
desafios do secularismo e do relativismo
doutrinal e ético, típicos do nosso tempo,
que Bento XVI lembra frequentemente”,
refere ainda o documento.
Na ocasião foi anunciado que o programa
da visita de Bento XVI a Portugal só
seria divulgado mais tarde, em princípio
no final da primeira quinzena de Novembro
de 2009, por ocasião da realização da
Assembleia Plenária da Conferência Episcopal
Portuguesa, também em Fátima.
Uns dias depois, durante a Peregrinação
Aniversária de Outubro, nos dias 12 e
13, de novo a Igreja Católica em Portugal,
através dos seus pastores e também dos
fiéis demonstrou publicamente o grande
carinho e ligação filial a Bento XVI (página
2).
Assim, como um grande dom de Deus
para Portugal, em Maio de 2010, 93 anos
após a primeira aparição de Nossa Senhora
em Fátima e dez anos depois da beatifi -
cação de Francisco e Jacinta Marto, o país
acolherá Sua Santidade Bento XVI, com
alegria e esperança.
O amor ao Papa faz parte da mensagem
de Fátima porque faz parte da
tradição católica da Igreja. Falar de
amor ao Papa é muito mais do que dizer
que ele é o sucessor de Pedro ou
o sinal visível da unidade da Igreja.
Trata-se de uma questão doutrinal,
mas também de uma questão afectiva,
de coração.
A nossa devoção ao Santo Padre
manifesta uma atitude de amor à Igreja,
uma amizade concreta e pessoal a
todos os membros da Igreja, a começar
por aquele que recebeu a missão
de confi rmar na fé os seus irmãos. É
um amor que não é só de palavras,
mas que tem a sua concretização e
visibilidade no amor aos irmãos e a
esse irmão, que assume as grandezas
e fraquezas de todos os outros.
No centenário do nascimento da
Beata Jacinta, que ocorre em 2010,
é uma grande graça receber o Santo
Padre no Santuário da Cova da Iria.
É uma feliz coincidência, sobretudo
pelo facto de a Jacinta ser de entre
os três Pastorinhos a mais devota do
Papa. Por ele se sacrificava, por ele
sofria e estava disposta a dar a sua
vida. Como boa filha de Deus mostrava
amar sempre em tudo a sua Igreja,
especialmente os pobres pecadores,
os mais precisados da misericórdia
de Deus e do auxílio da solidariedade
dos homens.
A sua expressão meiga, “coitadinho
do Santo Padre”, espelha uma
devoção, um amor e uma compaixão,
que nos enternecem. No meio de tantas
divisões, ideologias e perspectivas,
precisamos de voltar a uma atitude
pessoal de amor e compaixão por todos
os membros da Igreja, a começar
pelo Santo Padre.
Com a Jacinta, alegramo-nos por o
Papa vir ao nosso encontro e comprometemo-
nos a rezar e sacrificar-nos
por ele, figura de Cristo e sinal da unidade
dos cristãos.
P. Virgílio Antunes
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