25 de março de 2010
A MORTE PEGOU NO HOMEM COMO NUM TRAPO
A morte pegou no Homem como num trapo,
cuspiu-lhe, bateu-lhe, rasgou-O,
pendurou-O pelos braços,
chamou-O mentiroso.
O céu crispou-se, vestiu-se de negro,
o sol arrefeceu, entrevou-se o coração,
o tempo caiu, chorou
e não quis contar mais.
Os mortos se agitaram
e a terra tremeu, nas suas
entranhas envergonhada.
Abortou a criação
recalcada de frustrações.
Pela nona hora, o Homem expirou,
em sangue se ensopou,
desidratado, água derramou.
Crucificado,roto,disforme e desprezível.
Só mas em Paz,
como se para ninguém existisse,
morreu, acabou.
UF! Finalmente!
Mas três dias passados tudo mudou.
O Perfume dEle exalado
correu a Terra inteira
e pelos séculos fora
ficou o incrível da loucura
de um Deus, que se constituiu
homem como um trapo
para reanimar os homens desactivados.
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