Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Bernardo (1091-1153), Monge cisterciense e Doutor da Igreja
Sermões diversos, n° 22, 5-6 (a partir da trad. de Brésard, 2000 ans, p. 104 rev)
«Mostrei-vos muitas obras boas da parte do Pai; por qual dessas obras Me quereis apedrejar?»
Deves toda a tua vida a Cristo Jesus, visto que Ele deu a Sua vida pela tua e suportou amargos tormentos para que tu não tivesses que suportar os tormentos eternos. [...] Quão doces te hão-de parecer todas as coisas, depois de teres compreendido no teu coração todas as amarguras do teu Senhor! [...] Tanto quanto os céus estão acima da terra (Is 55, 9), assim a Sua vida é mais alta do que a nossa vida e, no entanto, foi dada pela nossa. Tal como o nada não pode ser comparado a nenhuma outra coisa, assim a nossa vida não é proporcional à Sua [...].
Quando eu Lhe tiver consagrado tudo o que sou, tudo o que posso, isso será como uma estrela comparada com o sol, uma gota de água com o rio, uma pedra com uma torre, um grão de areia com uma montanha. Tenho apenas duas pequenas coisas, realmente mínimas: o meu corpo e a minha alma, ou antes, uma única coisinha: a minha vontade. E não a daria eu Àquele que proveu de tantos benefícios um ser tão pequeno como eu, Àquele que, dando-Se completamente, me resgatou inteiramente? Além disso, se guardo para mim a minha vontade, com que cara, com que olhos, com que espírito, com que consciência me poderei refugiar junto do coração, da misericórdia do nosso Deus? Ousaria eu atravessar essa muralha tão forte que guarda Israel, e fazer correr, pelo preço do meu resgate, não apenas umas gotas, mas os jorros de sangue que saem das cinco chagas do Seu corpo?
São Bernardo (1091-1153), Monge cisterciense e Doutor da Igreja
Sermões diversos, n° 22, 5-6 (a partir da trad. de Brésard, 2000 ans, p. 104 rev)
«Mostrei-vos muitas obras boas da parte do Pai; por qual dessas obras Me quereis apedrejar?»
Deves toda a tua vida a Cristo Jesus, visto que Ele deu a Sua vida pela tua e suportou amargos tormentos para que tu não tivesses que suportar os tormentos eternos. [...] Quão doces te hão-de parecer todas as coisas, depois de teres compreendido no teu coração todas as amarguras do teu Senhor! [...] Tanto quanto os céus estão acima da terra (Is 55, 9), assim a Sua vida é mais alta do que a nossa vida e, no entanto, foi dada pela nossa. Tal como o nada não pode ser comparado a nenhuma outra coisa, assim a nossa vida não é proporcional à Sua [...].
Quando eu Lhe tiver consagrado tudo o que sou, tudo o que posso, isso será como uma estrela comparada com o sol, uma gota de água com o rio, uma pedra com uma torre, um grão de areia com uma montanha. Tenho apenas duas pequenas coisas, realmente mínimas: o meu corpo e a minha alma, ou antes, uma única coisinha: a minha vontade. E não a daria eu Àquele que proveu de tantos benefícios um ser tão pequeno como eu, Àquele que, dando-Se completamente, me resgatou inteiramente? Além disso, se guardo para mim a minha vontade, com que cara, com que olhos, com que espírito, com que consciência me poderei refugiar junto do coração, da misericórdia do nosso Deus? Ousaria eu atravessar essa muralha tão forte que guarda Israel, e fazer correr, pelo preço do meu resgate, não apenas umas gotas, mas os jorros de sangue que saem das cinco chagas do Seu corpo?
1 comentário:
devemos amar a palavra pois é lá que ouvimos deus e o que tem a dizer para cada um de nós.
quem ama a palavra, pode considerar-se que ama deus, porque toda a palavra vem de deus.
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