5 de setembro de 2009

COMENTÁRIO AO DOMINGO XXIII DO TEMPO COMUM


COM GENTILEZA É QUE SE ACOLHEM OS POBRES

No antigo Israel, hospedar o outro com extremosa simpatia era, como relata o livro do Génesis, procedimento correcto e tradicional.
No decorrer dos tempos, esta meneira de ser tornou-se incómoda, já que se tornou hábito receber somente as pessoas de elevada condição social.
Daqui o aviso para modificar tais costumes, dos grandes mestres do povo escolhido:" Reparai que alguns dos nossos antepassados, sem saberem, hospedaram Deus", referindo-se aos patriarcas que acoitavam em suas tendas o Senhor dos Céus e da Terra.
Como perdurassem as práticas de tratarem os pobrs e ricos de forma diferente, São Tiago adverte que todos os seguidores de Cristo são irmãos entre si e, por isso, hão-de ser tratados de igual maneira.
Diz Isaías aos corações perturbados" Tende coragem. Não temais. Aí está o vosso Deus, vem para fazer justiça e dar a recompensa"
"A Fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, não deve admitir acepção de pessoas"na recepção dos irmãos que vêm à Assembleia.
Pode ser que o mais pobre seja o mais rico porque o mais santo e mais tarde possa ser escolhido para dirigente duma comunidade.
Sempre Jesus havia defendido a igualdade. repreendia os pretendentes aos primeiros lugares nos banquetes, os desejosos de serem importantes na sociedade, os ambiciosos do título de "Rabi"." SÓ UM É MESTRE"
Dizia então" O maior entre vós seja o servidor, pois aquele que se eleva será humilhado e o que se humilha será exaltado", "Aquele que quiser tornar-se grande no meio de vós faça-se servo de todos", " O Filho do homem não veio para ser servido mas para servir e dar a vida pela multidão"
Daqui a razão de São Tiago achar que a acepção de pessoas não se coaduna com a Fé em Jesus Cristo.
Os evangelizadores, os testemunhantes de Cristo não se devem deixar-se misturar com vaidades deste mundo porque a sua missão está no Senhor da glória em Jesus ressuscitado e sentado à direita do Pai.
A Igreja tem de ser tanto para o pobre como para o rico e demonstrar o seu testemunho caritativo para o rico e para o pobre.
Já no Antigo Testamento, Isaías profetizara que o Messia" Não julgará pela aparências, nem arguirá pelo que se diz ou ouve, mas julgará com justiça o pobre e com equidade os humildes da terra".
São Tiago vai apontando a maneira clara de Deus ao tratar o pobre:" não escolheu, Deus, os pobres deste mundo para serem ricos na Fé e herdeiros do reino que Ele prometeu àqueles que O amam?"
Muitas vezes na sua pregação, o Mestre divino alertou os discípulos acerca dos perigos da riqueza perante a salvação eterna. Os necessitados põem mais facilmente a esperança em Deus, pois não tendo nada, neste mundo, a que se agarrar, estão mais livres para amarem e se entregarem a Ele.
A primeira bem-aventurança irá dirigida aos pobres: "Felizes os pobres, que o são do íntimo do coração, porque verão a Deus".
Assim, Deus" levanta do pó o pobre e eleva da ralé o indigente para o fazer sentar entre os príncipes do Seu povo e dar-lhes um trono de glória".


Comentário extraído do jornal católico "A GUARDA"

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