28 de agosto de 2009

MÃOS QUE REZAM



Por volta do século XV,uma família com vários fillhos,vivia com o dinheiro que o pai ganhava como mineiro, nas terra duma aldeia-Alemanha.
Dois dos filhos sentiram-se vocacionados para a pintura, mas sabiam que o pai não poderia abarcar com as despesas.
Pensaram e repensaram até que um dia solucionaram o caso.
Era num Domingo. Ao sair da Igreja, decidiram deitar uma moeda ao ar e ganharia o lado da moeda que cada qual escolhera.
Calhou a sorte a Albrecht Düres que foi estudar para Nüremberg.
O irmão, como combinado, fez-se mineiro como o pai e o que ganhava era para ajudar o irmão.
Findos quatro anos, Albrech terminou o curso com bons antecedentes, tornando-se um grande pintor, por vezes superior aos mestres. Ao longo do curso foi vendendo muitos dos seus quadros, arranjando uma fortuna razoável.
Regressa à sua aldeia. os familiares prestam-lhe uma homenagem com uma refeição festiva. Já quase no fim, enchem-se os copos de champanhe e fazem-se brindes ao artista.
Albrecht silenciou, olhou para o irmão e propôs um brinde a ele e disse-lhe:
- Agora, irmão, é a tua vez.. Vai até Nüremberg e concretiza o teu sonho. Eu pagarei as despesas que fizeres como combinámos.
O irmão, muito pausadamente e com um rosto feliz,lavado em lágrimas pelo irmão, respondeu:
-Este sonho está-me vedado, mas estou muito feliz por ti. Os quatro anos de mineiro trouxeram-me forte artrite nos meus dedos. Creio que nem um só dedo ficou sem partir pelo menos uma vez. e as dores são muitas. Para levantar a taça no brinde em tua honra, fiz um grande sacrifício entre jorros de alegria.Estou feliz por ti.
Então Albercht Dürer, numa homenagem ao irmão, pintou umas mãos maltratadas viradas para o Céu, hoje conhecidas em todo o mundo, a que chamou simplesmente "mãos".
Mas o mundo viu nelas algo de tão sublime, que de coração aberto, logo lhe chamou" Mãos que rezam".
Na vida não é o triunfo que importa. O que importa é que façamos tudo em função do outro. A vitória virá por acréscimo

Sem comentários: