Celebra a presença de Jesus Cristo na Hóstia de Deus, ao mesmo tempo que significa uma homenagem de fé e amor à presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo no Sacramento, com o Seu Corpo e Sangue, Alma e Divindade sob as espécies consagradas – o pão e o vinho.
A Festa do Corpo de Deus, ou Corpus Christi, feriado nacional, é solenizada na primeira quinta-feira após a comemoração da Santíssima Trindade, uma vez que a quinta-feira Santa representa um dia de tristeza e de luto – ainda que tenha sido nesse mesmo dia que Jesus Cristo celebrou a Última Ceia, ou a primeira e a sua única missa com os apóstolos. Ou seja, o acto que assinala a instituição da Santa Eucaristia, acrescido do pedido de Jesus aos apóstolos de a divulgarem e ministrarem em Sua memória: «E Jesus tomou o pão e disse: “Isto é o Meu Corpo (…).» E tomou também o cálice (…) dizendo: «Esta é a Nova Aliança no Meu Sangue (…).»
Pela importância de que se reveste um tal acontecimento, ele só poderia ser comemorado mais tarde, visto a quinta-feira da Paixão não dar lugar à solenidade triunfal deste dia. Assim, já numa data em pleno tempo de alegria, criou a Igreja esta festa para louvar o Corpo de Deus na Hóstia Consagrada ou a Consagração do Triunfo do Amor de Cristo Sacramentado, celebrada fora do tempo pascal, mas ainda relacionada com a comemoração da Páscoa.
Instituída no século XIII em Liège, por inspiração de Santa Juliana de Cornillon, nascida em 1192, perto de Liège, na Bélgica, a Festa do Corpo de Deus recebe a bula Transiturus do papa Urbano IV em 18 de Setembro de 1264, estendendo a festa à Igreja Universal. A decisão encontra alguma resistência entre a Cristandade, só ultrapassada nos inícios do século XIV (1312), quando por insistência do papa Clemente V a questão volta a ser levantada durante o Concílio de Viena (1311 e 1312). Pouco depois (1314 ou 1316), a bula Transiturus é confirmada sob a vigência do papa João X
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