14 de junho de 2009

BEM EU SEI A FONTE QUE MANA E CORRE




BEM EU SEI A FONTE QUE MANA E CORRE,

EMBORA SEJA NOITE.

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AQUELA ETERNA FONTE NÃO A VÊ NINGÚEM.

E BEM SEI ONDE É E DONDE ELA VEM,

EMBORA SEJA NOITE.

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NÃO SEI A FONTE BELA, QUE NÃO HÁ.

MAS SEI QUE TODA A FONTE VEM DE LÁ,

EMBORA SEJA NOITE.

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NÃO PODE HAVER, EU SEI, COISA TÃO BELA.

E CÉUS E TERRA BEBEM DELA

EMBORA SEJA NOITE.

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PORQUE NÃO PODE ALI A FUNDO ACHAR,

EU SEI QUE NINGUÉM A PODE ATRAVESSAR,

EMBORA SEJA NOITE.

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A CLARIDADE SUA NÃO ESCURECE

E SEI QUE TODA A LUZ BELA AMANHECE,

EMBORA SEJA NOITE.

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TÃO CAUDALOSAS SÃO AS SUAS CORRENTES

QUE REGAM CÉUS, INFERNOS E GENTES,

EMBORA SEJA NOITE.

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E DESTA FONTE NASCE UMA CORRENTE

E BEM SEI EU QUE É FORTE E OMNIPOTENTE,

EMBORA SEJA NOITE.

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E DAS DUAS A CORRENTE QUE PROCEDE,

SEI QUE NENHUMA DELAS A PRECEDE,

EMBORA SEJA NOITE.

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E ESTA ETERNA FONTE ESTÁ ESCONDIDA

EM ESTE ETERNO PÃO A DAR-NOS VIDA

EMBORA SEJA NOITE.

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AQUI ESTÁ A CHAMAR AS CRIATURAS

QUE BEBEM DESTA ÁGUA, E ÀS ESCURAS,

PORQUE É NOITE.

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ESTA VIVA FONTE QUE DESEJO,

EM ESTE PÃO DE VIDA, AÍ A BEJO,

EMBORA À NOITE.

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De S. João da Cruz-Doutor da Igreja

1542-1591


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Este poema é alusivo à Santíssima Trindade. VOU SABOREÁ-LO, APROFUNDÁ-LO E ATÉ

PODEREI REZÁ-LO A DEUS TRINDADE, À SANTÍSSIMA TRINDADE

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