História do Cristo Rei
Espoletar de um desejo
Foi ao contemplar a imponente imagem de Cristo Redentor do Corcovado, no Rio de Janeiro, em 1934, que nasceu em D. Manuel G. Cerejeira, então Cardeal Patriarca de Lisboa, o desejo de construir semelhante obra frente a Lisboa. Em 1936, a ideia é acolhida entusiasticamente pelo “Apostolado de Oração” e proclamada oficialmente, no ano seguinte, na Pastoral Colectiva da Quaresma, altura em que o Cardeal recebe a necessária aprovação e apoio de todo o Episcopado Português. Monumento de gratidão nacional a 20 de Abril de 1940, em plena II Guerra Mundial, os Bispos, reunidos em Fátima, fizeram um voto que conferiu um novo sentido ao Monumento: “Se Portugal fosse poupado da Guerra, erguer-se-ia sobre Lisboa um Monumento ao Sagrado Coração de Jesus, sinal visível de como Deus, através do Amor, deseja conquistar para Si toda a humanidade”. Portugal não entrou na Guerra, o que deu um novo vigor à Campanha Nacional de angariação de fundos para a construção do Monumento.
A Construção
A construção do Monumento a Cristo Rei, da autoria do Mestre Francisco Franco, inicia-se a 18 de Dezembro de 1949, data em que é lançada a 1ª Pedra, terminando cerca de uma década depois. A imagem de Nossa Senhora da Paz, que se encontra na Capela do Monumento, é do Mestre Leopoldo de Almeida e o projecto do Arquitecto António Lino e do Engenheiro D. Francisco de Mello e Castro.
No 25º Aniversário do Santuário de Cristo Rei, em 1984, é aprovado o Plano Geral de Ordenamento para os terrenos do Santuário, a cargo dos Arquitectos Luiz Cunha e Domingos Ávila Gomes. É nesta altura que nasce o Edifício de Acolhimento do Santuário.
A Inauguração
O Monumento a Cristo Rei inaugurou-se a 17 de Maio de 1959, Dia de Pentecostes, perante a imagem de Nª Srª de Fátima, com a participação de todo o Episcopado Português, os Cardeais do Rio de Janeiro e de Lourenço Marques (Maputo), autoridades civis e 300 mil pessoas. Sua Santidade o Papa João XXIII fez-se presente por Rádio-Mensagem. Nas palavras do Cardeal Cerejeira: "Este será sempre um sinal de Gratidão Nacional pelo dom da Paz".
A entrada no novo milénio
Com a entrada no novo milénio, deu-se prioridade ao restauro e alargamento das valências do Santuário, desde Junho de 1999 sob a alçada da Diocese de Setúbal. De Maio de 2001 a 1 de Fevereiro de 2002, o Monumento foi alvo de obras, que contaram com o apoio técnico da U.N.L – F.C.T. e a ajuda monetária dos ofertórios de todo o país de 23 de Novembro de 2003, um sinal de reforço do cariz nacional do Santuário. Destas obras, nasceu, em 2004, um refeitório com capacidade para 150 pessoas e camaratas, em 2005, o Salão Polivalente João Paulo II com outro refeitório de dimensões semelhantes e sala para 80 pessoas, assim como um Espaço Jovem para
alojamento e alimentação de mais de 50 pessoas. Foram também remodeladas, por altura do aniversário, em 2006, a Capela de Nossa Senhora da Paz e, em 2007, a Sala Beato João XXIII, ambos com a colaboração, entre outros, do Arquitecto João de Sousa Araújo. Do mesmo ano é a colocação da Cruz Alta, uma oferta do Santuário de Fátima. Mais recentemente, têm sido levados a cabo outros projectos, com destaque para o arranjo do miradouro frente à cidade de Lisboa, a Via-Sacra alusiva às Doze Promessas de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque e aos Mártires do século XX e uma escultura em bronze para a base do pedestal de Cristo Rei.
Mais informações em http://www.cristorei.pt/
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