No começo de mais um dia, venho, Senhor, oferece-Te não o que fizer em acto em agradecimento por tudo quanto me sucede e me dás. Venho principalmente oferecer-Te esta minha angústia de não servir, a bem dizer, num pessimismo tremendo,toda a minha inutilidade por não servir na utilidade. Sinto-me como que a chegar ao ponto de vegetar, de andar no meio deste mundo para sorrir aos que passam no caminho só porque me conhecem e sorriem como que a despachar-destes , Senhor, livrai-me pela Vossa bondade; por calar perante os sem tempo, demasiado ocupados,tantas vezes em futilidades que os tornam um "eu cá sou eu"; os insensíveis à existência duma humanidade anónima que sofre e que sinto profndamente na pele, num derrotismo total da minha existência.
Ai, Senhor, mas tudo isto Te ofereço na consciência valiosa do desprezo, que é afinal uma constante na vida de milhares de seres que criastes, muitas das vezes, sem saber porquê nem para quê e que cada vez mais conheçe o seu valor Mas como foste Tu o autor que permitu esta existência, eu Te ofereço o meu dia com todas as vicissitudes que dele fazem parte.Não canto Aleluia mas somente um "Aceita-me" como estou e com o que poderás moldar neste barro a nadar em tanta água.Amem
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