1 de dezembro de 2008

UM SONHO PARA MEDITAR


Sonhei...

Estava numa capela e participava na Santa Missa. Entre o muito que ouvi, uma frase fixei-"Deus de bom que é, veio até à terra e viveu entre nós."

Acabada a cerimónia, o senhor Padre sentou-se no degrau do altar e começou a falar com crianças. Era um senhor padre muito interior, com uma calma e um sorriso de Paz.

Foi nesta altura, quando me preparava para sair da capela, que reparei que os seus sapatos estavam rotos. Aproximei-me e disse-lhe:" Vou comprar-lhe uns sapatos.".

Peguei na carteira e reparei que a carteira estava vazia e que não era a que eu levara comigo. Voltei ao lugar onde estivera e, lá estava a carteira que levara e mais pesada.

Saí da capela mas um pormenor me escapou- Não perguntara qual o número dos sapatos que calçava.

Voltei ao interior da capela mas o senhor padre já não estava.

Bati à porta que havia na capela. Uma vez aberta, deparo com um grupo de crianças felizes e uma dela olha-me. Eu pergunto-lhe:-Sabes que foi o senhor padre que há pouco celebrou?

Ela olha para os companheiros e disse que sabia e foi chamá-lo.

Passado um pouco de tempo, vejo aparecer alguns frades com hábito franciscano que ao tomarem conhecimento da minha preocupação, olham uns para os outros e sorrindo levantam os pés, com ar de felicidade ao mesmo tempo que dizem:"A sola está rota mas os pés estão cansados pelo bem que praticam e pelo muito que andam.

Sei que ao ver todos aqueles sapatos rotos, acordei apreensiva mas ao mesmo tempo pacífica pelo ar desprendido que aqueles rostos transmitiam.


Ao longo deste dia pensei muito nesta mensagem e veio-me ao pensamento a frase do Evangelho:

Que importa ao homem ganhar muitos tesouros se vier a perder a sua alma?

E uma outra: amealha tesouros que a traça não pode corroer.


Ao descrever "um sonho" tive em vista levar esta mensagem que pode conduzir-nos ao desprendimento ,ao Amor, à alegria, à humildade, à paz.

Nada somos, mas tudo converge para o Bem dos que AMAM.

AMA e faz o que quiseres ,como aconselha Santo Agostinho.


De Maria do Rosário Guerra

Sem comentários: