Já não sei por onde ando...
Nem tão pouco onde me vou...
espalhada, vou voando
sob as Asas que me levou.
E sorrio ao avistar
sementinhas isoladas
que já nem sabia que existiam...
Creio bem, que guardadas
em cofres alivradas
à espera de germinar
sem qualquer outra iguaria,
que não fosse o Teu chamar.
Sem querer,os olhos pousando,
naquela tão oportuna,
viu-a e ficou pensando
na violeta nocturna
que se fecha com a escuridão
das folhas que a envolvem
numa paciente santidade.
Quem teria a semente afinal?
Porque foi ter àquele lugar?
Bendito sejas, ó Pai imortal
que tão bem me fazes entender
que o meu serviço é semear
sem de mais querer saber
dos frutos por nascer.
És o agricultor que saiu
bem cedo a lançar a semente.
A de hoje caiu certamente
do Teu coração que seduziu,
talvez até frutificou,
veio até mim e me beijou
com o mesmo carinho
com que lhe pegou.
de Maria do Rosário Guerra
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