1 de outubro de 2008

UM ANJO EM MINHA VIDA- HISTÓRIA

Certo dia, um moço caminhava pela floresta,como se quisesse fugir de alguma coisa ou de alguém.
De repente tropeçou em alguma coisa que lhe chamou a atenção. Era uma criança meia adormecida. Ela acordou, abriu os olhos e meia assustada, perguntou:
-É o senhor quem me vai levar?
- Levar para onde,minha querida?
- Para algum lugar onde possa morar, comer e dormir?
- Como posso fazer isso?
- É que meu pai deixou-me aqui, no meio da floresta e disse que se eu tivesse sorte, um anjo viria buscar-me; caso contrário ficaria aqui toda a vida até a morte chegar.
-Porque é que o seu pai lhe fez isso?
- O meu pai é muito agreste. Bebe, bate na minha mãe, é muito nervoso, todos lá em casa sofrem com o seu feitio.Minha mãe, que é muito doente , só chora de desgosto. O senhor é o meu anjo?
- Não,querida. Talvez seja...Não sei.Como Deus me colocou no teu caminho, talvez queira que o seja.
-Que é um anjo da guarda?
-É uma espécie...de santo, uns santos pequeninos, com asas enormes e brancas e que moram no céu... Para cada pessoa, Deus indica um anjo para que a vigie, tome conta dela e não deixe que nada de mal lhe aconteça.
- Mas então, onde está o meu anjo da guarda que me deixou sozinha e deixou ir o meu pai embora sem me querer levar?
- Ás vezes, o anjo da guarda ,lá de cima finge que não nos vê, finge que está dormindo para levar os homens na terra a fazer o Bem e ajudarem alguém.
O teu anjo da guarda está olhando por ti e então fez-me passar por este caminho para te vir a encontrar.
- Como é o teu nome?
- Eu chamo-me Nanda e qual é o seu nome?
-Sou josé Carlos. A minha história também me preocupa. Estava então muito triste e hoje pensei dar este passeio quando ,por acaso te encontrei.Minha mulher está muito triste e até se zangou com Deus porque acha que foi Ele quem lhe levou o filho que amávamos. Ele adoeceu e em poucos dias morreu. Hoje saí de casa sem saber que fazer e eis que te encontro desamparada e só.
- Então o senhor é o meu anjo da guarda.
-Talvez sim. Vais passar a chamar-te Regina, vou levar-te para minha casa, o teu pai não mais te maltratará,esquecerás o mau bocado da tua vida e passarás a ser tratada como uma raínha.
Em casa, a mulher do José Carlos recebeu a criança com todo o carinho e o casal voltou a ter motivos para viver.
Esta história foi contada por Jandya em 2001.

conto adaptado por Maria do Rosário Guerra

Sem comentários: