NO REFÚGIO DOS SANTOS

Quando a nossa pequenez toma consciência do seu valor, quando a escolha do último lugar ao longo de todo o Evangelho é um testemunhar de constante serviço,aprofundamos melhor o mistério de Jesus Cristo, que apesar da Sua condução divina não reivindicou o direito de ser equiparado a Deus para conquistar os homens. Pelo contrário"Despojou-se a si mesmo e tomou a condição de servo(Fil2,7) comparou-se com o mais pobre dos pobres, o mais desprezível e tornando-se semelhante a ele.
Quando Deus nos torna conscientes desta verdade, torna-se uma consolação podermos rezar como Santa Teresinha do Menino Jesus:...
"Mas ó Jesus, Vós conheceis a minha fraqueza;todas as manhãs tomo como resolução a prática da Humildade e, à noite reconheço ter cometido muitas faltas de orgulho. Ao ver isto sou tentada pelo desânimo, mas sei que o desânimo também é orgulho. Quero pois fundamentar a minha esperança unicamente em Vós. Já que tudo podeis, dignai-vos fazer nascer em minha alma a virtude que desejo"

Também S.S. João XXIII rezava:
" Ó doce Jesus! prostro-me a Vossos pés com a certeza de que Tu sabes cumprir o que eu nem sequer sei imaginar. Quero servir-Te até onde Tu quiseres a todo o custo, ao preço de qualquer sacrifício. Nada sei fazer; não sei humilhar-me; só sei dizer-te, e digo-o firmemente:-Quero humilhar-me, quero amar a humilhação, a indiferença da parte do meu próximo em relação à minha pessoa, Lanço-me cegamente com algum prazer, no dilúvio de desprezos, de sofrimentos de humilhações em que quiserdes colocar-me. Repugna-me dizer-Te isto, dilacera-me o coração ao dizê-lo, mas assim Te prometo: quero sofrer, quero ser desprezado por Ti. Não sei o que farei; mais ainda-não acredito em mim mesmo, mas não desisto de o querer com todas as energias da minha alma-pati, pati et contemni pra Te"

São estes os desejos das grandes almas e que tornam as miseráveis em publicanas sem outra ansiedade, que, rezando com as suas palavras no coração, alcancem , pela misericórdia, o agrado divino.