olha-me, no barco perdida,
dentre mil ondas, duvidosa,
sem saber onde ancorar!
Sozinha, vem nos remos pegar,
toma o barco, vem-me buscar.
Tenho medo, não sei que fazer.
As vagas são altas, temo morrer.
À simplicidade da rosa...
que o Pai me concedeu,
só os espinhos não bastam.
Seja a Tua Mão carinhosa,
a Redentora deste temor
por tudo e de todos.
Ó Mãe, amaina o ondear.
Abraça-me em teu manto,
coroado no Amor...
e seca meu pranto.
Defende meu existir
acalma o seu barulhar,
e repõe a paz a espaçar.
Retoma meu prosseguir
pelo azul do céu
e ruídos sem furor,
tentado a desistir!
Leva-me a bom aprisco
onde os sustos não chorem,
nem o choro corra risco,
nem o amanhã devorem...
se o temporal voltar.
Meu navegar remanseia
pela mansidão das águas,
com risos sem mágoas.
O meu viver, apressa e rodeia
com o AMOR que Te norteia,
nestas horas de confusão.
Senhora dos Navegantes,
guia os barcos errantes,
revoltos,sem luz.
Não os deixes encalhar
no mar da humilhação. NÃO?
de Maria do Rosário Guerra e Graça
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