15 de junho de 2008

VITÓRIA DUM SOLDADO EM TEMPO DE GUERRA

Senhor,
meu coração em silêncio,
meu olhar íntimo, qual lâmpada aquecendo
neste momento de oração,
faz-me sorrir com Tua assistência.
perante um sofrer tremendo
que assiste à minha existência.

A angústia do meu olhar
num gesto de súplica,
regateia a Paz em mim mesma,
face á solidão pesada, de frustar,
e que põe a manifesto a minha catedral.

A Tua túnica vermelha,
que bem assumiste
e investiste desde o primo raiar
até ao momento de repartida
beijo-a com medo...

Tu que és o Senhor da Vida,
que me animas, que és a esperança,
não deixes que fuja desse lugar,
que ela não se volte a rasgar,
que disponha o retomar
até que tome o regressar.

Em cada momento,
seja qual fôr a idade,
que a minha atitude seja
a da Luz que viceja,
nesse encarnado sofredor,
por vontade do Salvador
sempre pronta a acolher.

Só, ou dentre a mulidão,
que os Dois, em unão,
partamos como enviados.

De túnica dividida,
com respeito assumida,
que nem um fio a reclamar
o sofrer oblativo do Amor,
num tranparecer indolor,
dentre fugas por meus pés.

Eu sei,Senhor, quem Tu és.
Meu profundo é morada de Deus.
consciente, volvida, intranquíla...

Sob o Teu siléncio, se aniquila,
penetro-ta com noites vazias.
Tu lhes levantas os véus
e ressurges a paz sem euforias.

A solidão aqui, é gente.
O desprezo é patente,.
A força impotente
Mas o céu limpo quer surgir.

Vamos pois, meu Comandante!
Vencerás! Sempre em frente.
sob densas nuvens no porvir
numa quietude exaltante.

de Maria do Rosário Guerra e Graça

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