"Maria guardava todas as coisas em seu coração".
Olho-Te e parece que as tuas grandes dores
foram, principalmente na via - crucis de Jesus ,
o teu querido Filho e de Deus também.
Num frente a frente, carregaste o Seu mistério.
Foi na obscuridade da tua Fé, na incógnita solidão,
numa perfeita unão com o Pai Gerador,
é que a bendita cortina divina, em Ti se abriu.
Quero crer que o Teu Fiat, em actos de Amor,
sucedeu-se dia a dia, no longo caminhar,
num silêncio angustiante, calado, a esperar.
A Mãe do Filho gerado, sofredor, crucificado,
morto, sepultado, ressuscitado, da morte vencedor...
tinha presente aquela espada de Simeão.
Autêntico gume promissor...
Sem perguntar como, nem porque tudo acontecia,
pelo silêncio da Tua Fé ,a mola crescente da Santidade ,
és o Sacrário vital da realidade.
Aprofundo a morte de Jesus e vejo Tua angústia de dor.
Aprofundo a Sua Ressurreição e revejo Tua Alegria.
Acompanho-te pelas ruas onde Ele passou e olho-te serena.
Observo-Te agora na hora da Ascensão, e perplexa:
-Que sente o Teu coração?
-A dor da separação?
-O continuar da missão?
-Afins na Esperança doutra aurora?
-A vinda do Espírito Director?
Chamada a viver num canto afora,
no encanto dum activo despercebido,
extasias de alma enamorada
e prossegues a missão de espalhar
o reino que salva pela união.
do elo, entre cada ser e o Salvador.
Vendo Teu filho subindo ao Céu
não duvidaste em persistir
na tarefa obscura de servir,
cada vez, a Ele mais abraçada.
Agora ainda mais ditosa,
porque acreditaste.
E porque Deus é pura verdade
aguardas o Espírito Santificador ,
asseguras o posto que Te foi confiado,
na longitude renovada de sofrer,
no amor dum silente calado.
de Maria do Rosário Guerra e Graça
3 de maio de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário