26 de maio de 2008

DIA MUNDIAL DA CRIANÇA

QUE É SER CRIANÇA?
Sê-lo, é acreditar no amor, que tudo é simples, que tudo é pequenino e grande como ela, que transforma as abóboras em coches, que pode ir às festas com os melhores vestidos porque a mãe é uma fada, que já pode fazer um foguetão e ir a Marte.
Ser criança é aceitar os conselhos da mãe mas levar á palma as suas ideias, ainda que lhe custem algumas lágrimas.
Ser criança é por vezes, sinónimo de peste, destruíção dos nervos, barulhenta, travessuras. mas chegado o dia em que ela se aperceber de que todos os seus sonhos caíram por terra, chorar, encostar a cabeça ao peito materno e desabafar:"És a melhor! Amo-te muito".
A criança é aquele coração que abençoou, alegrou, encantou as almas e que consoante os valores nobres que for encontrando à medida que vai crescendo, continuará a alegrar quem sempre lhe distribuiu amor.
Como pode alguém dizer que não ama uma criança. Acaso esquece a mãe que ela é carne da sua carne e sangue do seu sangue?
Eu não trocaria o meu filho, a flor dourada, por qualquer outro tesouro mesmo carregado de amor.
Uma criança é a inocência cristalina a brincar na lama. Não deixemos nós, ou pelos menos procuremos, que essa lama não se introduza no seu coração. O coração é a mola de todo o mundo virtual em perspectiva num mundo real.
Ser criança não é olhá-la como ser menor, mas como a jóia mais querida bem colada ao nosso peito, sempre com medo de a perder. Ao vê-la crescer amemo-la, como desde o primeiro dia que o ventre exultou de alegria, ao aperceber- se da sua existência.
Ser Criança é reconhecer que a estrada da vida que a fascina é caminho sempre em frente. Os frutos que comer, a água que beber, as pedras em que tropeçar não sejam mais que pilares para construir a casa sobre rochas.
Ser criança é levar-nos a rever o tempo que por nós passou, incentivando o que foi bom e desviando-a das nossas maldades. Mas até neste ponto, há que, se em tal vierem a cair, mostrar lhe que o mundo é feito da águas puras e impuras, precisamente para nós escolhermos ou remediar o mal.

de Maria do Rosário Guerra e Graça

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