Foi por meio do Crucifixo de São Damião que Jesus falou a Francisco:
"Francisco, reconstrói minha Igreja".
Um artista desconhecido, natural de Úmbria, pintou o crucifixo no século XII.Foi pintado num pano colado sobre madeira (nogueira). Tem 1,90m de altura, 1,20m de largura e 12cm de espessura. O mais provável é que tenha sido pintado para ser posto no altar da Igreja de São Damião.
Em 1257, as Clarissas deixaram a Igreja de São Damião e foram para a de São Jorge, levando o crucifixo com elas. A cruz, cuidadosamente conservada por 700 anos, foi mostrado ao público pela primeira vez, na Semana Santa de 1957, sobre o novo altar da Capela de São Jorge na Basílica de Santa Clara de Assis.
A FIGURA DO CRISTO
A figura central do ícone é o Cristo, não só por seu tamanho, mas também por ser o Cristo a figura luminosa que domina a cena e transmite luz para as demais figuras. "Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida" (Jo 8, 12). Os olhos de Jesus estão abertos: Ele olha para o mundo que salvou. Ele vive e é eterno. A veste de Jesus é um simples pano sobre o quadril - um símbolo tanto do Sumo Sacerdote como de Vítima. O tórax e o pescoço são muito fortes. Atrás dos braços esticados do Cristo está seu túmulo vazio, representado pelo rectângulo preto.
A Família Franciscana vive um triénio de preparação para o grande jubileu do ano 2009. Nesse data celebram-se os 800 anos da conversão de São Francisco de Assis, do início do carisma franciscano e da aprovação da «forma de vida evangélica» por parte do Papa Inocêncio III.
Um dos passos decisivos nesta conversão foi o encontro do jovem Francisco com o Crucifixo de São Damião. Por isso, a Família Franciscana Portuguesa lançou, neste triénio de preparação, a peregrinação da Cruz de São Damião por todas as Fraternidades e Comunidades franciscanas de Portugal.
Francisco tornou-se cada vez mais capaz de fixar o seu olhar no rosto de Cristo e de ouvir a sua voz. Foi naquele momento que o Crucifixo de São Damião lhe dirigiu a palavra, chamando-o para uma missão ousada: “Francisco, vai e repara a minha casa que, como vês, está quase em ruína” (2 Cel 10). Ao parar hoje de manhã em São Damião, e depois na Basílica de Santa Clara, onde se conserva o Crucifixo original que falou a Francisco, também eu fixei o meu olhar naqueles olhos de Cristo. É a imagem de Cristo Crucificado-Ressuscitado, vida da Igreja, que fala inclusive em nós se estamos atentos, como há dois mil anos falou aos seus apóstolos e há oitocentos anos falou a Francisco. A Igreja vive continuamente deste encontro.
Sim: deixemo-nos encontrar por Cristo! Confiemos nele, ouçamos a sua Palavra. Nele não há somente um ser humano fascinante. Sem dúvida, Ele é plenamente humano e em tudo semelhante a nós, excepto no pecado (cf. Hb 4, 15). Todavia, é também muito mais: nele Deus fez-se homem e, portanto, Ele é o único Salvador, como diz o seu próprio nome: Jesus, ou seja, "Deus salva". A Assis as pessoas vêm para aprender de São Francisco o segredo para reconhecer Jesus Cristo e fazer a Sua experiência. Eis o que Francisco sentia por Jesus, segundo quanto narra o seu primeiro biógrafo: “Trazia Jesus no coração, Jesus nos lábios, Jesus nos ouvidos, Jesus nos olhos, Jesus nas mãos, Jesus presente sempre em todos os seus membros... Mais, indo ele de longada pelo mundo, quantas vezes, meditando ou cantando a Jesus, interrompia e esquecia a caminhada para convidar as criaturas todas a louvarem com Ele o Criador!” (1 Cel 115). Deste modo, vemos que a comunhão com Jesus abre também o coração e os olhos para a Criação.
Sim: deixemo-nos encontrar por Cristo! Confiemos nele, ouçamos a sua Palavra. Nele não há somente um ser humano fascinante. Sem dúvida, Ele é plenamente humano e em tudo semelhante a nós, excepto no pecado (cf. Hb 4, 15). Todavia, é também muito mais: nele Deus fez-se homem e, portanto, Ele é o único Salvador, como diz o seu próprio nome: Jesus, ou seja, "Deus salva". A Assis as pessoas vêm para aprender de São Francisco o segredo para reconhecer Jesus Cristo e fazer a Sua experiência. Eis o que Francisco sentia por Jesus, segundo quanto narra o seu primeiro biógrafo: “Trazia Jesus no coração, Jesus nos lábios, Jesus nos ouvidos, Jesus nos olhos, Jesus nas mãos, Jesus presente sempre em todos os seus membros... Mais, indo ele de longada pelo mundo, quantas vezes, meditando ou cantando a Jesus, interrompia e esquecia a caminhada para convidar as criaturas todas a louvarem com Ele o Criador!” (1 Cel 115). Deste modo, vemos que a comunhão com Jesus abre também o coração e os olhos para a Criação.
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