Ser poeta
é ter dentro de nós
a palpitar
o fervilhar da voz:
nas energias solares,
nos fulgores dos mares,
no Adamastor desastroso,
nas potências fabulosas,
no silêncio pedregoso,
no sofrer atroz,
nas águas glaciares,
no deserto ardente.
incomplacente
......................................
que suaviza,
vitaliza,
aquenta,
recupera,
retempera,
profetiza
a engrenagem
dum mundo em transformação,
e sensível paragem
na Natureza sem dimensão.
Ser poeta
é dar, a cada sentimento
pujança ou lamento,
doçura na cor,
suavidade na dor.
O inatingível sonho
é marcha do tempo...
Ser poeta é levar alegria
a um coração tristonho ,
porque pela verdade
e sem liberdade...
com emoção,
se enebria
nos horizontes sem rumo,
percorre as estradas
entre fundas talhadas
por frisos de fumo
e silêncio medonho.
Ser poeta
é saber ensaiar
todo o plano orquestrar
numa sinfonia...
ora quente, ora fria,
pelas selvas mortais,
a alma de Bach, Mozart,
Beethoven, Liszt...
e tantos mais.
Ser poeta
é ter ensejo,
sem espectros nem pejo
de atingir,com eficiência,
a plenituda do bem,
o belo da competência
a ferver em cada consciência.
Ser poeta
é sorver a beleza dos ares,
povoar terras de Ninguém,
vestir de ouro os montes,
de prata as fontes,
de púrpura a Paixão.
e de branco a RESSURREIÇÃO.
Ser poeta
é nimbar a taça
dum fulcro ,que repassa
os lábios do cristal.
E
num apogeu final
e êxtase central,
brindar com elequência
o"DEO GRÁTIAS"com Reverência...
ao POETA Criador,
ao Jesus Cristo Redentor,
e ao Espírito Santo Santificador
que o poema inspiraram
e o mundo alertaram
dum CRER vivificador.
de Maria do Rosário Guerra e Graça
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