A tua benção, mãe!
No teu ventre me encontro.
microscópico mas pronto
a crescer...
se tu me deixares viver.
Mas...antes de mais,
fala-me dos veros sinais
desta encarnação?!
Amor?
Prazer?
Leviandade?
Violação?
Egoismo deformador?
Seja como fôr.
Qualquer que seja a verdade
não me queiras suicidar.
Não sejas osso duro de trincar...
A vida em primeiro lugar.
Eu existo,
sou uma unidade,
uma parcela da humanidade
desde a minha concepção.
Vem longínqua a idade da razão.
Mas...Deus pensa em mim
desde toda a eternidade!...
Como tal, tens obrigação
de me dares a liberdade
desde o instante em que nasci,
a um dia sair de ti
para ver a luz, o luar,
o dia, a noite,
as estrelas e o mar,
numa decisão que me afoite.
Quero na vida
encontrar o teu olhar,
descobrir,no teu bejar
a força do verbo Amar.
Não sou bola de ping-pong na política.
Sou agente da moral,
chama duma FÉ que implica
uma posição exigente
e um carácter radical.
Não queiras matar-me.
Não queiras abortar-me.
Não queiras impôr
a pena de morte a um inocente.
Deixa-me aparecer,
crescer,
orgulhar-me de ter Mãe
que me fecundou,
me exultou,
pelo ser humano que sou.
Nesta hora pendente
do senso do teu coração,
sou fruto do teu ventre.
Não importa suportar:
a miséria,indigência,
a carência,
o abandono, a rejeição...
Aceito os planos de salvação
e vai pela vera razão do viver.
Mesmo sem o teu querer
deixa-me nascer.
A seu tempo
serei o rebento,
a mais bela flor nascida
alegrando a tua vida
entre adubos acrescida.
Não me destruas.
Quero antes que constuas
comigo e por mim
a unidade afim
com DEUS, que resista
nesta sociedade egoista.
Na luta entre o bem e o mal
sê altruista
e luta pelo prémio vital.
Dá-me a consolação
do milagre da criação.
de Maria do Rosário Guerra
17 de março de 2008
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