30 de março de 2008

CONTO-AS QUATRO VELAS



Num compartimento estavam quatro velas acesas. Dialogavam sobre a situação do mundo actual.
A certa altura diz a vela da Paz:
-Eu vejo o mundo com tanta guerra, tantas famílias em discórdias e divididas, que me sinto sem vontade de continuar acesa.Vou apagar-me. E assim fez
De seguida fala a vela da Fé:
-Também eu vou fazer o mesmo. Neste mundo materialista, hedonista, que põe a felicidade onde ela não existe , desgosta-me . E apagou-se
Diz a vela do Amor:
-Cada vez sinto este mundo mais insensível aos outros. Os pobres são cada vez mais. Os idosos estão cada vez mais sós. Os hospitais têm cada vez mais doentes abandonados. O egoísmo revela-se cada vez mais individualista, cada vez mais descarado. Vou apagar-me, pois já cá não sou precisa.
Nisto entra no compartimento uma criança. Olha e vê as velas apagadas.
-Mas o que é isto? As três velas apagadas?
E começa a chorar.
A quarta vela, a da esperança, ouve-a , conta-lhe o sucedido e acrescenta: Só eu é que continuo acesa.
A criança não faz mais nada. Com a vela da Esperança vai acender as outras velas e diz-lhes:
-Enquanto o mundo existir, todos fazemos falta. O mundo, ainda que nos pareça que não, está sempre à procura de valores.
A Paz, a FÉ e o Amor sentiram-se inaltecidas pela Esperança de um mundo melhor.
A criança enxugou as lágrimas, crente de que Jesus Cristo não veio ao mundo em vão e que, assim como triunfou da morte, também um dia, trará ao mundo a invejável Harmonia em todos os sectores da sociedade, por que anseamos.

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